domingo, 29 de maio de 2011

Comunismo = Espiritualidade

Professor de Filosofia e amigo do pedagogo Allan Kardec, o fundador do Kardecismo, Leon Denis (1846-1927) em seu livro Socialismo e Espiritismo, ao discordar dos métodos da então nascente URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, faz a apologia do Socialismo Cristão Espiritista e às páginas 78 e 79 ele declara:

“Longe de nós a intenção de criticar os comunistas de convicção sincera que desejavam estabelecer sobre a Terra o regime social que reina provavelmente nos mundos superiores, (o grifo é nosso), onde todos trabalham para cada um e para todos, com um espírito de abnegação, de devotamento absoluto a uma causa comum. Esse regime exige qualidades morais e sentimentos de altruísmo que só se vêem em raras exceções nesse nosso mundo egoísta e arcaico.

“Poderia-se fazer, nas teorias comunistas, a comunicação das aspirações grandiosas, mas seria fácil demonstrar o quanto elas são prematuras e inaplicáveis na sociedade atual. Seriam necessário séculos de cultura moral e de educação popular para levar o espírito humano ao estado de perfeição necessária a uma tal ordem de coisas (...) imbuídos de fé e espírito de sacrifício”.

Mundos superiores, são os planos celestiais invisíveis para muitos, que existem no astral, onde moram anjos, arcanjos, iluminados, espíritos de luz e afins. São mundos paradisíacos, tipo o Nirvana dos budistas e o Reino dos Céus dos cristãos.

Por isso o comunismo ainda não aconteceu neste planeta terra. Segundo o professor de filosofia francês, só daqui a muitos séculos... gostei quando ele iguala o comunismo a um estado de perfeição...

Por isso, registramos, o comunismo ainda é uma utopia religiosa... se vai se concretizar no plano físico... quem sabe daqui a alguns milênios... e se não existir mais espécie humana, é confortante saber que ele já existe nos mundos superiores...

O livro em questão foi publicado em 1998, pelo CELD – Centro Espírita Leon Denis, Bento Ribeiro, RJ.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Profecias de Chico Xavier... ou... já era Brasil !

Devido a minha formação kardecista acredito em Chico Xavier. Acredito também na Folha Espírita, fundada por um grande brasileiro, o deputado espírita, do antigo MDB autêntico, Freitas Nobre (1923-1990).  A edição de maio/2011, revela a entrevista que o famoso médium mineiro concedeu em 1986, mas que só agora foi publicada.

Entre outras Chico afirma que a América do Norte, deduzimos os EUA, vão invadir com “mano militari” (palavras do médium) o Brasil e ocupar o norte do país, leia-se Amazônia, a partir daí Pindorama será dividida em quatro nações.

Faz sentido, li alhures que os EUA não iriam permitir que, no quintal deles, surgisse outra grande nação.

O médium também disse que a Petrobras se tornará a maior empresa do mundo no setor, pena que – deduzo – os pobres não vão poder auferir grandes coisas haja vista a ganância, inveja, vaidade, apego que grassa em nosso rincão.

Também faz sentido. Foi só aparecer a notícia do pré-sal e “o grande irmão do norte”, como se dizia lá nos anos 1960, fez um refil da IV Frota, bem em nossas barbas, como se comenta por aí.

A longa entrevista permite várias leituras, interpretações. Cá com os meus botões vejo que, quem nasceu para colônia, o máximo que chega é a semi-colônia. Chico Xavier pondera que nós, povão, temos ainda muito o que aprender.

Certo – comentário meu: nosso carma coletivo é muito grande. Exterminamos milhares de índios, fomos os últimos a abolir a escravidão de uma forma discutível, cujos reflexos negativos estão nos preocupando até hoje. As inteligentíssimas classes dominantes brasileiras brilham há 511 anos. É como se nós, o povo, ficássemos reprovados na História. E, a se confirmar as previsões do médium, parece que sim.

Chico também diz que Jesus e os Espíritos de Luz estão na maior bronca com a espécie humana. O tal apocalipse já começou e as grandes mudanças vão aumentar a partir de 2019.

Se eu não estiver por aqui, fisicamente, estarei do outro lado, no astral, assistindo com pipoca e guaraná – espirituais é claro !

Nem todos morrerão, a entrevista lembra um antigo livro de Ramatis, psicografado, que já comentei aqui. Ficará só um terço da humanidade.





sábado, 21 de maio de 2011

Jesus e os Partidos

Um livro ótimo, o título correto é: Os Partidos Religiosos Hebraicos da Época Neotestamentária, autoria de Kurt Schubert, da Universidade de Viena, 1979, está esgotado, se pode encontrar em sebos, mas será bom a Vozes reeditá-lo.

O leitor vai ficar sabendo: “Entre os discípulos de Jesus encontravam-se, porventura, membros dos ambientes radicais anti-romanos? Que atitude assumiu Jesus diante dos grupos religiosos de seu tempo? Terá ele sofrido influência dos essênios que, em Qumrã, levavam uma vida de tipo conventual?

“A resposta a tais perguntas pressupõe que se conheçam os partidos religiosos hebraicos da época neotestamentária. O presente estudo trata desses partidos: da história que os precedeu, do nascimento deles e do significado que tiveram. Mostra como, do movimento dos assideus, que se opôs a helenização do mundo hebraico, nasceram os fariseus e os essênios”.

Ficamos sabendo também que existiam essênios radicais (página 10), os saduceus também constituíam um partido (página 15), idem para hasidim apocalípticos, macabeus, companheiros fariseus, haviam dissidentes e secessionistas, diversos grupos (página 29), sediciosos, zelotes, sicários, insurretos.

“É difícil reduzir a um denominador comum os grupos hebraicos que se sublevaram contra Roma, porque eles lutaram violentamente não só contra Roma, mas também entre si” (página 77).

O historiador Flávio Josefo, da época, fala em um grupo “homens com punhal” que usavam táticas de guerrilha.

Alguns grupos eram “partidos revolucionários anti-romanos”. Certa feita foi registrado um documento por Ananias, de descendência sacerdotal: “Reza pela paz do império (isto é, de Roma) porque, sem o temor que ele incute, qualquer um já haveria devorado vivo o seu próximo” (página 79).

Perguntamos o que significa a frase acima: canibalismo?

Uma obra reveladora !

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Qual é o plural de gol?

Parabéns ao ministro da Educação que manteve a distribuição do livro em questão, parabéns aos autores da obra Por uma Vida Melhor, que colocou na mesa um tema ótimo: a questão da gramática e da lingüística; parabéns ao Marcos Bagno, professor da UnB na área, parabéns aos alunos que vão estudar no citado volume, parabéns aos pais e responsáveis por esses alunos, e... como sou budista... parabéns aos que são contra.

Veja no magnífico Dicionário Houaiss o vocábulo gol, entrou para a nossa língua portuguesa em 1904. Mestre Houaiss esclarece quanto ao plural: “gols é um barbarismo consagrado pelo uso”

Já outro mestre, Aurélio, em seu também excelente Dicionário ensina que “barbarismo é erro de pronúncia, grafia, forma gramatical ou significação”.

Interessante que todo mundo lê, fala, escreve, comenta os “gols da partida” e ninguém fica escandalizado.

Ainda sobre o plural de gol, o Dicionário Aurélio afirma as duas formas certas: “gois e golos. É incoerente o plural gols, para uma palavra aportuguesada. Contudo, parece-nos difícil que se venha a fugir desse barbarismo, tão arraigado está”.

Para colocar mais lenha nessa fogueira do barbarismo, os professores gaúchos Édison de Oliveira e Maria Elyse Bernd, em Escreva Certo, L&PM Pocket, 2002, explicam:

“O vocábulo inglês goal, há muito tempo, foi aportuguesado para gol (ou golo). Mas... e o plural?
Goles, gois, golos ou gols?

Todas essas formas, exceto a última, são coerentes com os processos de formação do plural segundo nossa gramática. Goles ajusta-se à norma pela qual substantivos terminado em L podem formar o plural com o acréscimo de es. Exemplos: Cônsul, cônsules; mal, males; gol, goles.

Gois enquadra-se no princípio de acordo com o qual os substantivos terminados em L também podem formar o plural em ois. Exemplos: farol, faróis; álcool, álcoois; gol, gois.

Golos, supondo-se para o singular a forma golo, é também perfeitamente aceitável. Exemplos: rolo, rolos; bolo, bolos; golo, golos.

A única forma incoerente em relação à nossa tradição gramatical é, infelizmente, aquela que o uso consagrou: gols. Em Português é tão absurdo dizer gols como dizer farols e álcools. Entretanto, esse fato está tão arraigado em nossa língua, que será muito difícil superá-lo. (páginas 83 e 84)”.

Como dizia o grande poeta Manuel Bandeira: “a língua certa do povo, a língua errada do povo”.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Linguística no Astral

Ontem à noite, na sessão espírita costumeira, tivemos a honrosa visita de dois grandes e esclarecidos espíritos: Ferdinand de Sausurre (1857-1913), conhecido como o pai da Lingüística Moderna e Pânini (520-460 antes da Era Comum), o mitológico gramático lá da Índia.

Sorridentes e felizes estão adorando esse qüiproquó que andam fazendo no Brasil a partir de um livro didático distribuído pelo MEC. Foi uma noite rara, onde conversamos com dois amigos e irmãos espirituais: um lingüista e um gramático.

Como antiguidade é posto, primeiro ouvimos o mestre Pânini: “o que os irmãos brasileiros não estão entendendo, é que aquelas louçanias da linguagem, típicas de um Coelho Neto, Olavo Bilac e outros que tais, não existem mais, simplesmente porque este Brasil não existe mais, está acabando, está mudando, está dissolvendo-se, pois tudo o que é sólido desmancha no ar e a língua não é sólida e mesmo que fosse, meus colaboramores”.

“Meu contemporâneo e conterrâneo, mestre Sidarta Gautama, o Buda” – continuou Pânini -, “certa feita declarou que tudo muda e é preciso olharmos as coisas como elas são, logo as mudanças existem. Para o bem ou para o mal é outra coisa, como antigamente vocês falavam aí, são outros quinhentos. E a língua e a grafia vão acompanhar essas mudanças, para o bem ou para o mal, de forma construtiva ou destrutiva, quem decide é o povo, por ser maioria”.

 “Está nascendo um novo Brasil meus irmãos – disse o espírito Saussurre – e eu vejo nessa arte de falar e grafar “errado” uma certa ideologia, uma certa luta de classes. Já que não nos permitem há 511 saborear as belezas dessa nação, vamos fazer uma danação a começar pelo idioma. Antevejo outros brasis e não só o atual.

“Na minha qualidade de vidente – continuou o filósofo suíço -, a persistirem estes sintomas, como dizem os reclamos da publicidade, teremos em futuro não muito distante, o início de duas línguas, quiçá mais, em vosso país. A língua dos ricos, mais para o quinhentismo Camoniano, Eça de Queiroz e outros galardoados; e a língua do povão, da massa mais para a anarquia lingüística modernista-antropofágica. Breve as classes sociais estarão falando os seus idioletos e iremos todos nos entender através da telepatia. O que vai ser um maná para os pesquisadores”.

Não crucifiquem o ministro da Educação, nem os autores da referida obra, nem os professores, nem os alunos - disseram os dois doutos irmãos – sinal dos tempos, queridos !

Oremos.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Heidegger e o Pensamento Asiático

Será muito bom quando, uma editora do Brasil ou de Portugal, traduzir e publicar Heidegger and Asian Thought, organizado por Graham Parkes, 1987, University of Hawai´i Press, 282 páginas. Em nossa língua portuguesa este ótimo livro está atrasado vinte anos.

Nele ficamos sabendo sobre as relações entre a obra do famoso pensador alemão com o Budismo Mahayana, com o Zen-Budismo, com o Vedanta da Índia, com as teorias do Karma, com o Taoísmo, com o Tao Te King, com os pensadores chineses Lao Tsé e Chuang Tzu, com a filosofia japonesa do século XX etc.

Fruto de um seminário que aconteceu na Universidade do Hawaii, com Heidegger ainda vivo, ele foi convidado mas, por estar muito idoso não compareceu.

Este volume, inexplicavelmente ainda inédito em nosso idioma, traz novas luzes para a leitura, interpretação e compreensão do pensamento e da obra do filósofo da Floresta Negra, Martin Heidegger.

domingo, 8 de maio de 2011

Pare - Projeto Atenção e Relaxamento na Escola

DEFINIÇÃO – Atenção é um conjunto de técnicas respiratórias para desenvolver a concentração naquilo que se está fazendo, no que se está realizando no momento para não nos dispersarmos, consequentemente, aos poucos vai-se desenvolvendo o relaxamento físico, mental, emocional e também em outras áreas. Importante: são técnicas de repouso e não tem conotação religiosa, podendo ser praticadas por qualquer um.

JUSTIFICATIVA – O corre-corre da vida moderna e as múltiplas solicitações nos impelem à falta de atenção, com isto perdemos a concentração, temos a tendência de tentar fazer e pensar várias coisas ao mesmo tempo gerando cansaço, estresse, desgastes de energias as mais diversas, como foi citado acima. O trabalho passa a render pouco, pois a pessoa se sente como se estivesse sendo sugada. Com a chegada da concentração começa a acontecer um gradual relaxamento e melhor aproveitamento naquilo que se está fazendo, então o trabalho passa a render melhor.

METODOLOGIA – Consiste em oferecer aulas práticas e teóricas, com técnicas de Atenção e Relaxamento. A pessoa pode ficar sentada em uma cadeira, deitada em uma esteira ou tapete. Quando se senta no chão, encosta-se na parede. São 20 (vinte) minutos de atenção e relaxamento, no máximo meia-hora. A seguir há sempre uma “mesa-redonda”, onde os participantes fazem perguntas, depoimentos, vivências etc. Só utilizo a voz, não preciso de equipamento de som. Salvo se for um auditório, neste caso, um microfone. Cada aula dura no máximo 1 hora e, eventualmente, 1 hora e meia.

OFICINA – Começamos com um encontro de hora e meia. Depois, observando-se a receptividade, podemos fazer reciclagens de um dia. Solicitando sempre que os participantes escrevam relatórios sobre o que foi realizado. O nome PARE indica uma parada, uma reflexão, alguns momentos de pausa e descanso em atividade. A pessoa aprende a descansar estando em atividade.

PÚBLICO ALVO – Professores e demais servidores interessados, no âmbito do Estado. Mais adiante, em uma outra etapa podemos fazer com os alunos. A proposta é no sentido de que, colegas professores e servidores tenham melhores condições e qualidade de vida e de trabalho nas escolas. Nos cursos de Pedagogia é uma ferramenta para preparar o futuro docente a orientar a turma em sala de aula.

AUTOR – As aulas do PARE são ministradas pelo professor Antonio Carlos Pereira Borba Rocha (matrícula: 09607276), doutor e mestre em Ciência da Literatura formado pela UFRJ, 11 livros publicados e cerca de mil artigos dispersos em jornais, revistas e web. Pesquisador do tema há 40 anos, tendo já realizado conferências e similares em colégios, faculdades, escolas e afins. Sua pesquisa já o levou a Inglaterra, França, Portugal e Espanha.

BIBLIOGRAFIA – A bibliografia na área é extensa, em nossos encontros podemos indicar mais obras, citaremos apenas o livro do Dr. Herbert Benson, “A Resposta do Relaxamento, para se livrar do estresse e da hipertensão”, editora Record, 1995.  Benson é médico e professor da Universidade de Harvard, EUA, considerada a melhor do mundo, em recente listagem. antoniocpbr@ibest.com.br ;                 http://estudoliteraturas.blogspot.com


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Falta de Troco

Um dos sinais “chatos” de que, lamentavelmente, a inflação está voltando é o fato de que pequenos comerciantes, trocadores e motoristas de ônibus não tem as moedinhas de 5 ou 10 centavos para completar o troco. Não estou generalizando, mas com freqüência tenho observado isso por onde ando.

Justiça seja feita, durante os 8 anos do presidente Lula, o troco era corretamente passado ao cliente, freguês ou passageiro. Já agora, o mesmo não está acontecendo.

Essa prática da embromação do troco é antiga, o tal jeitinho brasileiro. A inflação começa a voltar e ela também.

Sugiro que o SEST – Serviço Social do Transporte que realiza um bom trabalho através dos cursos de formação de Motorista Cidadão que, por favor, explique a eles e aos cobradores que o troco deve ser a expressão da verdade, isto é, matematicamente certo. E assim, eles saiam das garagens com suficiente quantidade de moedinhas.

Por outro lado, recomendo às instituições correspondentes que abrigam pequenos comerciantes, que façam o mesmo, o troco deve ser exato.

Se, no caso dos transportes coletivos, é uma indicação para o passageiro usar o cartão bilhete único, é preciso que se divulgue que, por exemplo, no posto de atendimento que há na Central do Brasil, Rio, a fila é longa, diariamente. E nas agências bancárias indicadas nem sempre tem o bilhete único, mas o cartão do próprio banco, só que sem o desconto.

Mas, como sou otimista e estou torcendo pela presidenta Dilma, para fazer um ótimo governo, vamos falar com o pessoal para voltar à prática do troco certo.

Todos lucrarão e o Brasil idem.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Informe do PSB

Agricultura Orgânica: incentivo para a sustentabilidade

Por Aline Guedes

Você sabe o que são agrotóxicos e conhece os efeitos de seu uso? São produtos de natureza física, química ou biológica, utilizados para combater pragas e doenças maléficas à agricultura. Entretanto, o uso irrefreado dessas substâncias no processo de produção dos alimentos que chegam à nossa mesa destroi os micronutrientes do solo, contamina a água dos lençois freáticos, evapora, voltando com as chuvas. Eles se incorporam aos alimentos e nós acabamos ingerindo pequenas doses permanentes de veneno, que vão se acumulando no nosso organismo, afetam o sistema neurológico, podendo degenerar células e se transformar em câncer.

Preocupado com essa realidade, o senador Antonio Carlos Valadares, líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Senado Federal, apresentou requerimento de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, para discutir o uso de agrotóxicos no Brasil, bem como, obter de especialistas dados atualizados sobre o consumo desses produtos no país.

“Alguns tipos [de agrotóxicos] podem resistir na natureza e no organismo humano por mais de trinta anos, tornando-se num dos piores poluentes da história e o modelo de agronegócio baseado nessa cultura provoca a concentração do mercado de insumos. Com um controle absoluto do mercado, essas empresas no mundo todo dominam os governos e impõem o seu padrão alimentar às populações. É isso que desejo verificar” – ressalta Valadares.

Para contrapor a utilização de agrotóxicos, o senador defende incentivos para a expansão da Agricultura Orgânica, ou Agroecologia, que, além de contemplar o tripé da sustentabilidade (Ambiente, Econômico e Social), incorpora em sua proposta concreta a cultura, as relações humanas, a agrobiodiversidade, além da valorização dos conhecimentos tradicionais e da construção coletiva de conhecimentos, por meio da interação entre saber popular e científico.

Embora tenha crescido nos últimos anos e existam muitas experiências bem sucedidas em todo o país, o uso desse sistema ainda é tímido, quando comparado à escala nacional do agronegócio, como lembra Paulo Pedro, coordenador do Caatinga, entidade que promove a agroecologia junto às famílias agricultoras do sertão nordestino. “Quando tratamos de produtos certificados – que são os oficialmente reconhecidos - há muita dependência das certificadoras, que cobram valores altos pela certificação e, consequentemente, ficam fora da capacidade financeira da grande maioria dos agricultores familiares” – ressalta Paulo.

O principal benefício da agricultura orgânica é a sustentabilidade. De acordo com o pesquisador em Meio Ambiente, do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), ligado ao Ministério da Ciencia e Tecnologia (MCT), Aldrin Martin Perez, o uso intenso de agrotóxicos leva à degradação dos recursos naturais como solo, água, flora e fauna, em alguns casos de forma irreversível, levando a desequilíbrios biológicos e ecológicos.

“Toda atividade que minimiza efeitos negativos ao ambiente pode ser considerada agroecológica. Esse modelo é caracterizado, principalmente, pela manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos, e utiliza estercos animais, adubação verde, compostagem, rotação de culturas e controle biológico” – explica o pesquisador.

Em 2007, o senador Valadares apresentou um Projeto nas Comissões de Assuntos Econômicos e de Agricultura e Reforma Agrária para estímulo ao desenvolvimento do sistema orgânico de produção agropecuária. O problema é que, para adotar as técnicas sustentáveis de cultivo, como a eliminação do uso de agrotóxicos e de adubos químicos, a produção orgânica é mais onerosa, em comparação com a agricultura tradicional.

“Daí, a necessidade do apoio governamental, para facilitar o acesso ao crédito rural, a programas de incentivo à infraestrutura rural, assistência técnica pública e gratuita, dentre outros aspectos. É essa bandeira que eu defendo” – afirma Valadares.

O projeto de Lei apresentado propunha a alteração da Lei Agrícola Brasileira, de forma a prever a possibilidade de concessão de incentivos especiais aos produtores rurais, que adotarem o sistema orgânico de produção, bem como, destacar o estímulo ao desenvolvimento da agricultura orgânica entre os objetivos do crédito rural.

Para obter informações sobre o uso de agrotóxicos no Brasil, o senador solicita que sejam convidados para uma audiência pública no Senado representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (SINTOX), da Fundação Oswaldo Cruz, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e em Defesa da Vida e da Associação Nacional de Defensivos (ANDEF).




Aline Guedes
Jornalista - Liderança do PSB
Senado Federal
Tel.: (61)3303-1866 / 8127-5726

domingo, 1 de maio de 2011

comunisTAO

Certa feita, lá em Tempos Idos, em emotivo debate, me defini como um “comunistão”, apesar de, na infância, adolescência e juventude me chamarem de baixinho, tampinha, tamborete de prostituta. Hoje, com os cabelos brancos, me chamam de barrigudinho, gnomo, etc (é isso que, atualmente, chamam de bulling, naquele tempo era gozação mesmo, e falavam logo: quem não agüenta encarnação é melhor cair fora, diziam...).

À noite, na sessão espírita, o espírito de Mao Tsé Tung me psicografou a seguinte mensagem:

“Camarada Antonio, digo, irmão Antonio, é melhor tirar o til, fica mais contemporâneo. ComunisTAO é a feliz união do nosso utópico Comunismo com o também bonito Taoísmo, da minha querida e multimilenar China.

“Por outro lado – ponderei – “comunistão” lembra a bela união entre o nosso Comunismo Espiritual e o Cristianismo propriamente dito.

“Então, fica combinado o seguinte – tornou o Guia dos Povos, digo, Irmão Mao Tsé Tung – no Oriente continuaremos psicografando ComunisTAO e aqui no Ocidente vocês escrevem com til”.

Oremos.