A língua dos ciganos é o romani (ou romanês, romaneske, romanê), que possui inúmeros pontos de correlação com o sânscrito e é somente oral, já que os ciganos não escrevem em romani com vistas a publicação. Na Europa, por causa das inúmeras organizações representativas do povo cigano, existem algumas publicações que divulgam a língua por meio de cartilhas de alfabetização, gramáticas, além de diversas revistas e jornais dessas organizações que, mesmo escritos na língua local (espanhol, francês, italiano, inglês, russo etc), apresentam vocábulos ciganos.
Por meio de formas dialetais (manuche, calão), ciganos das mais diversas partes do mundo podem, contudo, se entender razoavelmente, considerando-se que tem como base lingüística o romani.
A língua romani possui um sistema de declinações que não difere muito do latim ou do grego clássico, e menos ainda do sânscrito, com que, como já vimos, ela é aparentada.
Quando o romá saiu da Índia, havia no romani três gêneros, como em alemão, mas o neutro desapareceu durante a Idade Média, provavelmente por influência do persa.
Os parágrafos acima encontram-se nas páginas 48 a 52, do livro Os Ciganos Ainda Estão na Estrada, recém lançado pela editora Rocco, de Cristina da Costa Pereira, graduada em Letras pela UFRJ.
Cristina afirma, logo no início que, embora não tenham pátria, nem pertençam a uma nação, os ciganos constituem uma etnia reconhecida pela União Romani Internacional, reconhecida pela ONU, em 28 de fevereiro de 1979.
A origem dos ciganos encontra-se no noroeste da antiga Índia, onde hoje é o Paquistão. Eles não aceitavam o sistema de castas e então, em 1500 antes de Cristo começaram a deixar o solo indiano.
Especialistas em Ciganologia afirmam que a Bíblia faz referência a este povo nômade.
São 176 páginas bem escritas e bem pesquisadas por esta contista e poetisa que já representou o Brasil no Congresso Internacional de Ciganos, em 2006, na Itália.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Heidegger e o monge Theravada
Em 27 de setembro de 1964, o monge budista da linhagem Theravada da Tailândia, Venerável Bhikkhu Maha Mani visitou o pensador Martin Heidegger em sua cabana, na Floresta Negra. Foi uma conversa agradável e animada.
Combinaram então que, no dia seguinte, os dois se encontrariam para um diálogo acadêmico nos estúdios da TV Alemã. O encontro durou duas horas e falaram sobre a filosofia de Heidegger, o papel da religião e o pensamento budista. Tudo filmado, gravado e depois transmitido para o grande público.
O monge era um conceituado professor de filosofia da Universidade Budista de Bangkok.
Maiores detalhes você encontra no excelente livro El Oriente de Heidegger, de Carlo Saviani, editora Herder, 2004, Barcelona, 174 páginas.
Saviani é professor de História e Filosofia, e pesquisador da Universidade Oriental de Nápoles, Itália.
Combinaram então que, no dia seguinte, os dois se encontrariam para um diálogo acadêmico nos estúdios da TV Alemã. O encontro durou duas horas e falaram sobre a filosofia de Heidegger, o papel da religião e o pensamento budista. Tudo filmado, gravado e depois transmitido para o grande público.
O monge era um conceituado professor de filosofia da Universidade Budista de Bangkok.
Maiores detalhes você encontra no excelente livro El Oriente de Heidegger, de Carlo Saviani, editora Herder, 2004, Barcelona, 174 páginas.
Saviani é professor de História e Filosofia, e pesquisador da Universidade Oriental de Nápoles, Itália.
sábado, 4 de julho de 2009
A Bíblia como Literatura
Traduzidos no Brasil, existem dois livros diferentes, com o título acima. O primeiro é da dupla de professores John B. Gabel e Charles B. Wheeler, da Universidade Estadual de Ohio, EUA, publicados em São Paulo por Edições Loyola, em 1993, uma editora jesuíta.
O livro aborda a Bíblia a partir de uma perspectiva histórico-literária, estudando-a como um conjunto de escritos produzidos por pessoas reais que desejavam transmitir mensagens a um público real.
São 264 páginas apresentando a dimensão literária da Bíblia.
O segundo livro, com o mesmo título, vem da franciscana Vozes, de Petrópolis, o autor é o padre espanhol José Pedro Tosaus Abadia, publicado em 2001, com 240 páginas.
Trata-se de estudar a Bíblia como uma narrativa literária e neste sentido, o principal livro sagrado do Ocidente, inspirou autores em quase todos os países do nosso hemisfério.
É algo, realmente fascinante. Quer católicos, quer protestantes, a Bíblia esteve presente nos primórdios das Literaturas dessas nações.
A recomendação é saborear a leitura da Bíblia como um romance, independente dos postulados religiosos (com todo o respeito) e lá também vamos encontrar excelentes textos poéticos.
O livro aborda a Bíblia a partir de uma perspectiva histórico-literária, estudando-a como um conjunto de escritos produzidos por pessoas reais que desejavam transmitir mensagens a um público real.
São 264 páginas apresentando a dimensão literária da Bíblia.
O segundo livro, com o mesmo título, vem da franciscana Vozes, de Petrópolis, o autor é o padre espanhol José Pedro Tosaus Abadia, publicado em 2001, com 240 páginas.
Trata-se de estudar a Bíblia como uma narrativa literária e neste sentido, o principal livro sagrado do Ocidente, inspirou autores em quase todos os países do nosso hemisfério.
É algo, realmente fascinante. Quer católicos, quer protestantes, a Bíblia esteve presente nos primórdios das Literaturas dessas nações.
A recomendação é saborear a leitura da Bíblia como um romance, independente dos postulados religiosos (com todo o respeito) e lá também vamos encontrar excelentes textos poéticos.
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