Mais um ótimo livro que recomendamos aos leitores, em homenagem às origens búlgaras de nossa presidente Dilma Roussef.
Com o título acima, foi publicado pela Rocco, 2001, 220 páginas. Autoras: Catherine Clément e Julia Kristeva. A primeira é francesa, professora de filosofia na Universidade de Paris, desde 1978.
A segunda, Júlia Kristeva, nasceu na Bulgária e reside na capital francesa desde 1966. É professora de Lingüística na Universidade de Paris. Seu trabalho é abrangente e aborda psicanálise, filosofia, semiologia, teoria literária e psicologia.
O livro em questão foi idéia de Kristeva e consiste na troca de cartas entre as duas, nas muitas e diferentes viagens que fizeram. Tratam das grandes religiões mundiais, mas também de Madonna, Madre Teresa de Calcutá, Catarina de Siena, Eva Perón, Diana Spencer, algumas mulheres da Bíblia, Tara, divindade budista etc.
“(...) Foi assim que compreendemos, que sendo profanas, as verdadeiras preocupações tem a ver com o Sagrado. Não estávamos mais “fora”, estávamos “dentro”. É a vida – com efeito” - afirmam as duas.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Literatura e Sociedade na Bulgária - Primórdios
Em homenagem à nossa presidente eleita Dilma Roussef, transcrevemos um pouco do excelente capítulo sobre a Literatura e a Língua da Bulgária, país de origem dos pais de nossa eleita Chefe de Estado.
Fonte: História das Literaturas Universais, editorial Estampa, Lisboa, 1974.
“Os búlgaros residem na zona oriental do território ocupado pelos eslavos do sul e viveram, durante séculos, nas vizinhanças dos centros de poder dos grandes impérios bizantino e otomano, sofrendo portanto intensamente a sua influência.
“De entre todos os povos eslavos, o búlgaro é o povo que possui as tradições políticas e estatais mais antigas. No século VII, uma elite de origem turguemena – os chamados proto-búlgaros – unificou a população eslava, numericamente bastante forte, num sólido organismo estatal de tipo militar que, na sua rápida expansão, logo conseguiu ameaçar o império romano do Oriente. Com o andar dos tempos, esta aristocracia proto-búlgara misturou-se com a população local, que acabou por adotar o seu nome. Assim nasce o povo dos “búlgaros”. O processo de fusão é acelerado pela conversão ao cristianismo (Kan Boris foi batizado no ano de 864) e, por seu turno, a adesão à Igreja do Oriente reforçou a influência bizantina sobre o primeiro reino búlgaro.
“A assimilação da obra dos apóstolos eslavos elevou rapidamente a Bulgária a um alto nível cultural. Os discípulos de Cirilo e Metódio transmitiram aos búlgaros a linguagem literária culta da Igreja, que se revelou um instrumento de valor extraordinário para a rápida realização dos seus objetivos políticos, estatais e eclesiásticos. É a este conjunto de condições favoráveis que se deve o fato de a literatura búlgara antiga ter atingido, ainda no tempo do Czar Simeão (falecido em 927), o seu primeiro florescimento, a sua “idade de ouro”, desenvolvendo-se assim consideravelmente antes das outras literaturas eslavas.
“A língua popular que, desde o século XII, se estava a afastar progressivamente da língua escrita e que, na época do domínio turco começou a manifestar todas as características do “búlgaro moderno” mantém-se viva na poesia popular. Pela extraordinária riqueza do seu patrimônio de cantos, nela abundam sobretudo os cantos mitológicos (cantos de fadas e de dragões) e as canções épicas antigas.”
Fonte: História das Literaturas Universais, editorial Estampa, Lisboa, 1974.
“Os búlgaros residem na zona oriental do território ocupado pelos eslavos do sul e viveram, durante séculos, nas vizinhanças dos centros de poder dos grandes impérios bizantino e otomano, sofrendo portanto intensamente a sua influência.
“De entre todos os povos eslavos, o búlgaro é o povo que possui as tradições políticas e estatais mais antigas. No século VII, uma elite de origem turguemena – os chamados proto-búlgaros – unificou a população eslava, numericamente bastante forte, num sólido organismo estatal de tipo militar que, na sua rápida expansão, logo conseguiu ameaçar o império romano do Oriente. Com o andar dos tempos, esta aristocracia proto-búlgara misturou-se com a população local, que acabou por adotar o seu nome. Assim nasce o povo dos “búlgaros”. O processo de fusão é acelerado pela conversão ao cristianismo (Kan Boris foi batizado no ano de 864) e, por seu turno, a adesão à Igreja do Oriente reforçou a influência bizantina sobre o primeiro reino búlgaro.
“A assimilação da obra dos apóstolos eslavos elevou rapidamente a Bulgária a um alto nível cultural. Os discípulos de Cirilo e Metódio transmitiram aos búlgaros a linguagem literária culta da Igreja, que se revelou um instrumento de valor extraordinário para a rápida realização dos seus objetivos políticos, estatais e eclesiásticos. É a este conjunto de condições favoráveis que se deve o fato de a literatura búlgara antiga ter atingido, ainda no tempo do Czar Simeão (falecido em 927), o seu primeiro florescimento, a sua “idade de ouro”, desenvolvendo-se assim consideravelmente antes das outras literaturas eslavas.
“A língua popular que, desde o século XII, se estava a afastar progressivamente da língua escrita e que, na época do domínio turco começou a manifestar todas as características do “búlgaro moderno” mantém-se viva na poesia popular. Pela extraordinária riqueza do seu patrimônio de cantos, nela abundam sobretudo os cantos mitológicos (cantos de fadas e de dragões) e as canções épicas antigas.”
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