segunda-feira, 13 de abril de 2009

O Capitalismo de Desastre

Em um artigo no site Entre Textos (www.dilsonlages.com.br), um leitor me questionou porque eu falava mal do capitalismo. Democraticamente respondi e o parabenizei, porque expressou o seu pensamento, ainda que discordante do meu.

Mas agora, o texto abaixo não é meu. É apenas uma micro-resenha. Inclusive o título, trata-se, na verdade, do livro A Doutrina do Choque, cujo subtítulo é “A Ascensão do Capitalismo de Desastre”, de autoria da jornalista canadense Naomi Klein, editora Nova Fronteira, 592 páginas. Confira www.novafronteira.com.br/adoutrinadochoque

A autora, que ficou famosa por estar à frente do chamado “movimento antiglobalização”, defende a tese de que estamos assistindo à ascensão do “capitalismo de desastre”, uma mutação do velho colonialismo que encontra nas tragédias ocorridas em países em desenvolvimento uma ótima oportunidade para aumentar a margem de lucro das corporações.

Naomi Kleian também é autora de outro polêmico livro: “Sem logo: A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido”.

Depois do caos, o lucro... informa o anúncio da editora.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Obama e o Lingüista

O Portal Vermelho, do PC do B, (www.vermelho.org.br) que é da base aliada do governo Lula, traz uma entrevista com o conceituado lingüista norte americano Noam Chomsky. A entrevista foi publicada originalmente no jornal Rússia Today e, entre outras, o conhecido escritor declara: “Em minha opinião, Obama parece mais violento e agressivo que Bush... Os EUA precisam da OTAN para expandir a guerra...”.

O citado portal informa que “o professor Chomsky é um encarniçado crítico da OTAN e da política dos EUA”.

- A matéria lembra um ótimo artigo do professor Rogel Samuel, publicado em Entre Textos (www.dilsonlages.com.br) com o título “Obama vai a guerra”.

- um dos problemas de se levar tropas da OTAN para o Afeganistão é que a guerra pode explodir no colo da Europa. Resta saber se os europeus querem isso.

domingo, 5 de abril de 2009

Salve Artur da Távola

Salve Artur da Távola, as pessoas estão dizendo que você morreu, mas nós, budisticamente, sabemos que você continua vivo, e bem vivo, na dimensão espiritual em que agora se encontra.

Lembro de você, Artur, no antigo Auditório Gil Vicente, da antiga Faculdade de Letras, da UFRJ, na antiga Avenida Chile, onde hoje estão construindo dois espigões.

Lembro de você, nesse auditório, fazendo palestras para nós, estudantes de Literatura Brasileira, em diálogos literários e lingüísticos e entre outras, criativamente, nos declarando que, uma das funções do escritor é “levantar a saia da palavra para ver o que está escondido ali” tal e qual um menino descobrindo os primeiros prazeres.

Lembro de você em conversas com o CA, o Centro Acadêmico, nos primeiros encontros pró Anistia Ampla, Geral e Irrestrita.

Lembro de você quando Leonel Brizola voltou do exílio e o repórter perguntou ou comentou algo sobre Artur da Távola e o depois governador eleito disse que conhecia Paulo Alberto, uma referência a você quando era deputado e foi cassado pelas posições nacionalistas.

Lembro de você em recente crônica no jornal O Dia, com o título: “Tal como o petróleo, o bondinho é nosso”, associando a histórica campanha dos anos 50: “O Petróleo é Nosso”, com a heróica luta da Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, RJ, pró-bondinho-social.

Lembro de você nos memoráveis, educativos e excelentes programas da Rádio MEC sobre música clássica, a vida e a obra dos grandes compositores.

Salve Artur, por essas e por outras é que, budisticamente, reafirmamos, você continua vivo e bem vivo, na dimensão espiritual em que agora se encontra.

Obrigado, reverências, muita paz e muita luz !

- texto publicado originalmente no boletim “Adote Uma Árvore” que circula no bairro carioca de Santa Teresa, em maio de 2008, ocasião do falecimento deste grande brasileiro.