Salve Artur da Távola, as pessoas estão dizendo que você morreu, mas nós, budisticamente, sabemos que você continua vivo, e bem vivo, na dimensão espiritual em que agora se encontra.
Lembro de você, Artur, no antigo Auditório Gil Vicente, da antiga Faculdade de Letras, da UFRJ, na antiga Avenida Chile, onde hoje estão construindo dois espigões.
Lembro de você, nesse auditório, fazendo palestras para nós, estudantes de Literatura Brasileira, em diálogos literários e lingüísticos e entre outras, criativamente, nos declarando que, uma das funções do escritor é “levantar a saia da palavra para ver o que está escondido ali” tal e qual um menino descobrindo os primeiros prazeres.
Lembro de você em conversas com o CA, o Centro Acadêmico, nos primeiros encontros pró Anistia Ampla, Geral e Irrestrita.
Lembro de você quando Leonel Brizola voltou do exílio e o repórter perguntou ou comentou algo sobre Artur da Távola e o depois governador eleito disse que conhecia Paulo Alberto, uma referência a você quando era deputado e foi cassado pelas posições nacionalistas.
Lembro de você em recente crônica no jornal O Dia, com o título: “Tal como o petróleo, o bondinho é nosso”, associando a histórica campanha dos anos 50: “O Petróleo é Nosso”, com a heróica luta da Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, RJ, pró-bondinho-social.
Lembro de você nos memoráveis, educativos e excelentes programas da Rádio MEC sobre música clássica, a vida e a obra dos grandes compositores.
Salve Artur, por essas e por outras é que, budisticamente, reafirmamos, você continua vivo e bem vivo, na dimensão espiritual em que agora se encontra.
Obrigado, reverências, muita paz e muita luz !
- texto publicado originalmente no boletim “Adote Uma Árvore” que circula no bairro carioca de Santa Teresa, em maio de 2008, ocasião do falecimento deste grande brasileiro.
domingo, 5 de abril de 2009
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