Deste mês de janeiro que está findando, fiquei 25 dias na Espanha, viajando, como diria Cecília Meireles, isto é: passeando, visitando lugares, conversando com as pessoas, andando nas ruas, lendo, estudando, enfim, aprendendo.
Entre outras, aprendi que, após a morte do ditador Franco, nos anos 1970, o rei assumiu e juntamente com o povo e os partidos políticos (esquerda, direita e centro) promoveram as reformas de base, sem violências. Fizeram a distribuição de renda e a reforma agrária de forma pacífica.
Demoraram pouco mais de 20 anos para implementar as mudanças estruturais.
Ora, deduzo eu. Se a Espanha precisou de 20 anos para as transformações sociais e, considerando que no mapa do Brasil cabem 10 Espanhas ou mais, podemos então esperar pouco mais de 200 anos. Se fizermos o cômputo pelo número de habitantes. Teremos de esperar pouco mais de 100 anos...
Aprendi também que não podemos comparar as direitas espanholas e as direitas européias com as direitas (plural) no Brasil. Vez por outra, as mídias brasileiras informam que na Europa a direita (no singular) anda vencendo pleitos.
Me pareceu que as direitas, por lá, são menos egoístas, mais nacionalistas e querem, de fato, ajudar o seu país. Já aqui, impera o Capitalismo Selvagem (como se dizia nos anos 1970) há 510 anos.
As diferenças entre pobres e ricos lá são poucas, aqui são astronômicas...
Considerando o dito popular: antes tarde do que nunca, melhor assim, preparemo-nos para, na melhor das hipóteses, no mínimo, pouco mais de 1 século e, na pior, pouco mais de 200 anos...
Quem sabe, na minha próxima reencarnação...
domingo, 30 de janeiro de 2011
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