sexta-feira, 24 de junho de 2011

Partidos já eram !

Nas manifestações juvenis que aconteceram nas praças da Espanha, recentemente, um cartaz me chamou a atenção: “Nossos sonhos não cabem em vossas urnas”.

É um recado bem claro de que o tradicional sistema de representação parlamentar está falido, em todo o mundo, e no Brasil também. Os jovens não são bobos e sabem que após eleitos, os melhores sonhos acomodam-se e se esquecem do povo em geral.

Nada como um poderzinho para empurrar com a barriga as filas nos hospitais públicos, nos transportes coletivos, no salário dos bombeiros, dos professores e demais servidores públicos, no salário mínimo...

A classe política se torna a casta eleita e os demais os párias, o povão, a massa. O povão, também é muito inteligente, sabe que não tem condições de mudar, de fato, o sistema. Sabe que as maquiagens feitas são matéria de propaganda, de publicidade, no horário político obrigatório, só isto e mais nada.

Votamos porque somos obrigados. Qualquer um que chegar lá faz o mesmo, dizem, porque o sistema também é muito inteligente (para o lado das elites) e não joga para perder.

Trabalho em área de periferia do Grande Rio e vejo isso. Há um desencanto generalizado. E, como ninguém é ferro... um joguinho de futebol aqui, um bailezinho funk ali... até que Aquele Lá De Cima (Deus) nos leve para outra melhor.

A violência econômica, física, educacional e outras é tão grande, há 511 anos, tão massacrante que a morte banalizou-se...

Até inventaram uma piada que caracteriza bem a luta de classes: “Um Legacy (jato) encontra os ricos pela frente... a bala perdida encontra os pobres pelas costas”.

Não há luz no fim do túnel. Ou apagou, queimou, ou roubaram.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dicionário Castelar

Geralmente falamos Dicionário Aurélio, Dicionário Houaiss, Dicionário Sacconi, agora chegou a vez do Dicionário Castelar.

Trata-se de uma obra original, é o Dicionário de Machado de Assis – Língua, Estilo, Temas. Autoria do professor doutor adjunto, aposentado,  Castelar de Carvalho, da Faculdade de Letras da UFRJ. Dono de um extenso currículo, vamos apenas citar que é membro da Academia Brasileira de Filologia e atualmente coordena os cursos de pós-graduação, especialização e extensão do Liceu Literário Português.

Lançado recentemente em regime de co-edição pela editora  Lexikon e Faperj, o volume em questão tem 328 páginas.

É obra de consulta, é livro para se saborear o prazer da leitura. O objetivo é tratar de três aspectos fundamentais da pena (naquele tempo, as obras eram manuscritas) machadiana: Castelar estuda a língua portuguesa em sua vertente gramatical, os recursos expressivos caracterizados pelo estilo do nosso escritor maior e os assuntos explorados em sua narrativa de ficção.

Há um maravilhoso apêndice com o resumo e a análise dos nove romances de Machado de Assis: Quincas Borba, Ressurreição, Yayá Garcia, Dom Casmurro, Braz Cubas, Esaú e Jacob, Memorial de Ayres, Helena, A mão e a Luva.

Professores, alunos, pesquisadores e o público em geral tem no Dicionário Castelar um manancial de conhecimentos.


domingo, 19 de junho de 2011

Poesia Atual

Esquerda Empoderada
Esquerda Empoeirada
Esquerda Endinheirada.

Trocaram a Luta de Classes
Pelo Empoderamento
Perderam o movimento
Ficaram só no
Entretenimento.

Das elites coniventes
Comportadas, conformadas
Há 511 anos reinando
Desregradas, desreguladas.

Nós, o povo, perdemos.
Vocês venceram
Bom trabalho rapazes !
Direitistas disseram.

E a Esquerda Empoderada
Endinheirada
Se faz de direita
Eita !

Perderam o coração
Esqueceram o povão
O negócio deles
Agora é só bilhão !



sábado, 18 de junho de 2011

Diabo Perdoa Almas no Inferno

Por motivos de superlotação, obsessores, espíritos malignos e afins estão renascendo, reencarnando e tornando o nosso mundo muito mais complicado, confuso e violento. Haja vista as tragédias que acontecem, diariamente, em qualquer quadrante do planeta.

Na verdade, isso é uma estratégia do Demônio-Chefe. Ao que parece ele está vencendo a partida. Fato, aliás, confirmado na Bíblia:

“... o mundo está no maligno”, 1 João 5:19.

Vejam agora a seguinte nota:

“As Escrituras não ensinam que Deus hoje controla diretamente este mundo...”

Confirmem as duas citações na página 1965 da Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

Deduzimos nós, se Deus não está no controle, como se pensava, então “danou-se tudo”, com aquele sotaque maravilhoso do nosso querido povão.

Pesquisas mediúnicas descobriram que um dos motivos de superpopulação no Inferno é que, há tempos, eles inauguraram um ótimo sistema central de ar condicionado: no verão refresca e no inverno aquece.

Pelo andar da carruagem... Oremos !

terça-feira, 14 de junho de 2011

As bananas e a Educação

Os professores e demais servidores da Rede Estadual de Belford Roxo, Baixada Fluminense fizeram hoje, pela manhã, na Praça da Prefeitura, no centro do citado município, uma interessante manifestação.

Distribuíram bananas para a população.

É uma forma de denunciar os baixos salários da classe e também resgatar uma criativa campanha publicitária que, nos anos 1990, o SEPE – Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação realizou, quando informava que cada profissional da educação recebia, por hora trabalhada, o equivalente a três bananas.

Confira em   www.seperj.org.br

Nosso total apoio aos colegas professores de todo o Brasil.



domingo, 12 de junho de 2011

Uma Vaca no Restaurante

Belo dia, Estrovêncio e Estrovência (nomes fictícios) começaram a namorar e depois casaram. Gostavam de freqüentar bons restaurantes.  Até que, certa feita, Estrovência começou a desenvolver uma curiosa forma de mediunidade.

Ela passou a incorporar o espírito de uma vaca. Sim, isso mesmo. Não vai aqui nenhum desdouro ao sexo feminino, até porque, na Índia a vaca é sagrada, então lá é um elogio e não um desaforo, chamar a mulher de vaca, da mesma forma que no Brasil chamamos as mulheres queridas de gata, gatinha, gatona etc.

O espírito da vaca se chama Briosa e, cada vez mais, a esposa de Estrovêncio ora se comportava como Estrovência e ora como Briosa.

Para completar a lenha na fogueira, Briosa começou a influenciar Estrovência para se tornar vegetariana e, condoída com o destino de suas irmãs - o frigorífico – Estrovência passou a mugir igual a Briosa. Era só não gostar de algo que Estrovência entoava o tal MMMOOOOOOMMMM ! ! !

Era assim, alto e bom som, em qualquer lugar.

Mas como o casalinho (como dizem os portugueses) se amava muito, foram comemorar o Dia dos Namorados em um restaurante de gente chique.

Sentaram-se felizes à mesa e eis que:

- Ai Estrô (só para os íntimos) estou sentindo aquelas sensações estranhas da mediunidade...

- Ah ! não Vência (idem), logo hoje, no nosso dia...

- Tô sentindo que a Briosa quer passar uma mensagem vegetariana para os freqüentadores desse lugar aqui.

- Pelo amor de Deus, Vência, aqui só tem gente chique, colunável... já pensou o vexame...

- Ninguém tem nada a ver com a minha vida e nem com a minha religião...

Nisso, Estrovência começa a se balançar e acontece a incorporação. Dando o ar de sua graça, Briosa entoa um MMMOOOOMMM bem baixinho e o rapaz cochicha:

- Deus te salve, Bri-Bri (idem, idem), mas não dá para ser outra hora não, lá em casa, em outro lugar pôxa !?

 - É seu carnívoro, boicida, vaquicida, tourocida? Os espíritos dos demais bois e vacas aqui presentes querem fazer uma manifestação à altura deste genocídio, digo gadocídio.

Então aparece o garson e, cortesmente pergunta:

- Madame, a senhora prefere algum prato especial?

Despistando, Briosa, digo Estrovência interfere e diz, polidamente:

- Uma salada bem levinha, por favor.

Ocorre então algo inesperado. A mediunidade do rapaz manifesta-se pela primeira vez, e ele incorpora um espírito do reino vegetal:

- É ? Suas vegetocidas, couvecidas, fruticidas, vocês pensam que nós não sentimos dor, quando vocês nos arrancam lá da horta ou do pomar?

O garson volta sorridente com a bonita salada. O espírito de um Abacaxi que atuava no jovem afirma:

- Desculpe amigo, mudamos de idéia, hoje vamos fazer jejum, só água mineral sem gás, por gentileza.

Então o garson, que também era médium, incorpora o Espírito da Água Doce:

- Olhaí oh!, eu sou de Água Doce, mas posso muito bem falar com os meus amigos salgados e provocarmos um tsunami hem?

sábado, 11 de junho de 2011

De Chico Xavier para os Políticos

Vejam o que disse o médium Chico Xavier. A referência está na página 28, da Agenda Chico Xavier, 2010, editora Eme, http://www.editoraeme.com.br/

“Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande... A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual...”.



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Em apoio aos Bombeiros - RJ

Estivemos hoje, à tarde, lá na ALERJ, apoiando a luta pacífica do bombeiros e suas famílias. As senhoras preparando o almoço e tudo muito ordeiro, muito limpo; dois meninos de aproximadamente 1 ou 2 anos de idade brincando sob os olhares das mães. Também uma senhora idosa, mãe de um dos bombeiros presos, em Niterói.  E o pai de um dos policiais presos. Vi alguns mendigos e moradores de rua recebendo caridosamente pratos de comida.

Ao longo da tarde sindicatos como o Sindipetro-RJ e movimentos sociais como o MRLB – Movimento de Resistência Leonel Brizola, uma senhora falou representando os brizolistas. O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), chegou de Brasília e mostrou um abaixo assinado de apoio que ele mesmo iniciou, com as assinaturas de representantes de todos os partidos. Os deputados estaduais Marcelo Freixo e Janira Rocha (PSOL-RJ) e Saulo Ramos (PDT-RJ) que é oficial reformado da PM. Muitos militantes do PSTU e PCB com suas bandeiras.

O Sindicato da Polícia Civil veio apoiar o movimento. Foi informado que a PM estava solidária e o Partido Militar Brasileiro, ora em formação também veio se solidarizar.

No âmbito estudantil: ANEL – Associação Nacional dos Estudantes Livre; e MEP – Movimento dos Estudantes do Povo. Todos de caras pintadas. Meus cabelos brancos sentiram falta dos representantes da UNE – União Nacional dos Estudantes e da UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas.

Um grupo do movimento Gay estava lá com sua bandeira.

No final da tarde chegou a passeata dos professores e alunos caras pintadas, vindos da Candelária e foram recebidos com um bonito coro: “Oooooô Educação chegou”. Era o apoio do SEPE – Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação.

O ato público teve início com o Hino Nacional Brasileiro, o Hino do Corpo de Bombeiros e o Hino da PM, no caminhão de som, acompanhados por todos.

Então foi falado que os 439 bombeiros presos tinham sido libertados e iriam responder em liberdade os processos administrativos.

Foi esclarecido que a mobilização ia continuar e a luta idem, até que todos sejam anistiados.

O deputado Chico Alencar disse que no Congresso Nacional já teve início os procedimentos para a Anistia, mas que por motivos burocráticos e de tramitação demora um pouco, então um bombeiro esclareceu “Anistia Ampla Geral e Irrestrita”.

Os ônibus passavam, nas janelas os passageiros acenavam sorrindo, automóveis idem. Transeuntes pediam uma fitinha vermelha ou um adesivo para as suas roupas. Uma tarde belíssima !



quarta-feira, 8 de junho de 2011

O exemplo de JK

Eu era criança, tinha três anos, naquele tempo não existia TV, mas ouvi no rádio, e também vi a minha família comentando sobre a “Revolta de Jacareacanga”, quando um grupo de militares da Aeronáutica se amotinou naquela região do Pará. Durou de outubro de 1955 a janeiro de 1956.

Com sabedoria, o então presidente Juscelino Kubistchek sugeriu e o Congresso aprovou uma “anistia ampla e irrestrita” para os revoltosos que voltaram aos seus quartéis.

Lembro desse fato agora, com o episódio dos Bombeiros do RJ e também dos 13 militantes do PSTU que foram presos durante a recente visita do presidente Obama.

Penso que, a bem da democracia, os dois grupos, merecem ser anistiados. E todos, lucraremos com o diálogo.