Antonio Carlos Rocha
Quem sabe em milênios vindouros. Se não houver vida física no planeta Terra, talvez vida invisível como já é em Marte, dizem os espiritualistas.
Não tem nada a
ver com ditaduras e muito menos com as chamadas “esquerdas brasileiras”. Está
no plano das Utopias e como tal insere-se no âmbito das Filosofias, Religiões
Saudáveis, Artes, Literaturas (entendendo-se por tal, ficções).
O jornalista Carlos
Newton foi muito feliz em seu artigo de domingo, 27/11/16, na Tribuna da
Internet, ao afirmar que, desde Krishna, todos os grandes mestres da
Humanidade praticaram em seus ensinamentos este Comunismo Religioso, que eu
chamei de CN – Comunismo Neohumanista, Comunismo Neorreligioso, Comunismo
Neopacifista, homenageando a sigla do nome do editor do referido blog.
Na verdade, de
novo não tem nada, é antiqüíssimo e se perde na noite dos tempos.
No livro “O Caminho
da Perfeição”, do filósofo indiano Prabhupada (1896-1977) editora Iskon,
divulgador da Consciência de Krishna no Ocidente, ele afirma que na antiga
Academia de Ciências da URSS, os cientistas estavam estudando o Pensamento de
Krishna, pois identificaram semelhanças entre a proposta Comunista Primitiva e
os ensinamentos védicos de 5 mil anos antes de Cristo, na Índia. Ele diz mesmo
que é uma forma de “comunismo espiritual”.
Muitos autores
espiritualistas já falaram em “comunismo espiritual” e o texto que melhor
apresenta Krishna é o livro Bhagavad Gita.
Em português
temos várias traduções da “Bhagavad Gita = A Canção do Senhor”, uma que eu
destaco hoje é da editora Shakti, de São Paulo, 1994, com uma bela introdução
do escritor inglês Aldous Husley (1894-1963).
À página 135, a encarnação divina
Krishna é chamado de “meu camarada”. E esta obra, depois da Bíblia é a mais
traduzida do mundo, informa do editor.
“Notável
Literatura”, a Bhagavad Gita faz parte da Filosofia Perene, diz-nos Aldous:
“Mais de vinte
e cinco séculos passaram-se desde que a chamada Filosofia Perene foi posta no
papel; e, no curso destes séculos, encontrou expressão repetidamente, ora
parcial, ora completa, ora nesta forma, ora naquela. Na Vedanta e na profecia
Hebraica, no Tao Te King e nos diálogos Platônicos, nos Evangelhos segundo São
João e na teologia do Budismo Mahayana, em Plotinus e no Aeropagita, entre os
Sufis Persas e os místicos Cristãos da Idade Média e da Renascença – a
Filosofia Perene falou quase todas as línguas da Ásia e da Europa e fez uso da
terminologia e tradições de cada uma das religiões mais elevadas”.
Huxley é autor
do livro “A Filosofia Perene”, 448 páginas, editora Globo. O prefácio é do
professor da USP, Janine Ribeiro, que foi Ministro da Educação de Dilma, diz
ele:
“A Filosofia
Perene é um cerne comum a várias religiões e sociedades que nos permite superar
os males deste mundo”.
O termo
“Filosofia Perene” foi usado pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz
(1646-1716), mas na multimilenar Índia já era conhecido como Sanatana Dharma =
Verdade Eterna.
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