domingo, 25 de junho de 2023

Estrofes Femininas

Antonio Carlos Rocha

 

Todas as mulheres são Deusas

Deus assim as criou

Bonitas de contemplar

Belíssimas de amar, das mais

Diferentes formas desejar.

 

Umas são amigas

Outras musas inspiradoras:

Consortes repaginadas, professoras,

Mestras, doutoras

Médicas éticas

Infinitas até onde não sabemos.

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Chapeuzinho Vermelho converte Lobo Mau ao Budismo.

Antonio Carlos Rocha

 

- Ô menina !  O que você está fazendo com este chapéu vermelho?

 

- Oi seu Lobo, é que eu sou budista, pertenço a uma linhagem Tibetana chamada de Gorros Vermelhos. E o inverno começou ontem.

 

- Budista? O que é isso?

 

- Ah ! seu Lobo, Budismo é uma Filosofia muito bonita.

 

- E o que gente aprende lá?

 

- Por exemplo: “toda ação tem uma reação”, ou seja, se o sr. praticar o mal, pensar mal ou falar mal de alguém, o mal volta para o sr.

 

- Então quer dizer que eu tenho de deixar de ser Lobo Mau?

 

- Certo, isto é, daqui pra frente o sr. tem que ser o Lobo Bom.

 

- Mas e a minha cadeia alimentar?

 

- Ah ! use a criatividade, deixe de ser violento, torne-se vegano, vegetariano.

 

- E o que é que eu ganho com isso?

 

- O sr. vai para o Nirvana, para o Céu, para o Paraíso que é lindíssimo !

 

- Menina, você está começando a me convencer, se desse jeito eu vou para o Céu é uma boa, quero ser budista também.

 

 

 

 

 

domingo, 4 de junho de 2023

 

Buda Shiki – o Iluminado que veio antes de Sidarta.

 

Antonio Carlos Rocha

 

“Oyá – Shiki – Ri” é um mantra de uma única palavra, em japonês, podemos entender como: “Louvado seja o Buda Shiki que veio antes de Gotama”.

 

O grande pensador japonês Daisetz Teitaro Suzuki, em seu livro Mística Cristã e Budista, página 162, (editora Itatiaia, 1976) afirma que Oyá “é tanto maternidade quanto paternidade, não no sentido biológico, mas como símbolo de benevolência”, por isso Oyá Samá é Buda.

 

No Dicionário Budista, página 310, (editorial Kier, Buenos Aires, 1989) lemos que Shiki é o nome de um antigo Buddha, em japonês, bem antes de Sidarta Gautama.

 

Ainda no livro Mikkyo – Budismo Esotérico Japonês, página 656, ficamos sabendo que Shi em japonês é a famosa meditação plena atenção, Dhyana e Ki, página 650, é a energia vital, o prana. Então este famoso Buddha da Antiguidade, grandioso Shiki tinha esse nome porque ele utilizava a energia vital durante as práticas de meditação, ou seja, com plena atenção o Bem Aventurado Shiki manuseava o poder do prana para ajudar as pessoas e desenvolver seus caminhos espirituais. Por fim, a última sílaba Ri quer dizer Princípio, origem, página 655. (livro citado publicado em 2007, na Espanha).

 

Portanto, “Oyá-Shiki-Ri” quer dizer “o Buddha Shiki, que desde o princípio, através do prana, a energia vital da vida, nos ajuda na meditação de plena atenção com os seus poderes búdicos”.

 

“Oyá-Shiki-Ri” é uma oração, uma palavra sagrada, uma prece de palavra única, uma recitação constituída das 5 sílabas que estudamos acima. Repita, declame (como se fosse uma poesia) com fé, em tudo o que você fizer e veja uma energia de alegria tomar conta e te envolver desde o princípio de todas as origens.

 

O símbolo deste Buda Shiki é um sol com 21 raios, a saber: as 4 nobres verdades (1 – a existência da dor holística, 2 – a origem desta dor ou sofrimento, 3 – o término desta dor e 4 – o caminho que leva ao fim desta dor), o caminho óctuplo (1 – palavra correta, 2 – ação correta, 3 – meio de vida correto, 4 – esforço correto, 5 – plena atenção correta, 6 -  concentração correta, 7 – pensamento correto, 8 – compreensão correta) , as 6 perfeições (1 – caridade, generosidade, 2 – plena atenção, 3 – tolerância, 4 – perseverança, 5 – meditação, 6 – sabedoria) e as 3 gemas (o Buddha, o Darma e a Sangha).

 

E, por que 21 ? Porque você pode fazer um retiro espiritual de 21 dias (conforme antigas orientações do Budismo Theravada do Sri Lanka, que refere-se ao Buda Shiki, citado por Sathya Narayan Goenka, professor leigo de Meditação Vipassana (plena atenção, mindfulness), conforme linhagem leiga de Myanmar, antiga Birmânia onde ele aprendeu esta técnica.

 

No livro de sua autoria “Jóia sobre Ouro – Cânticos do Dhamma”, editora Dhamma Livros, 2015, Goenka escreve na pág. 25 “homenagem a Sikhi, compassivo com todos os seres”.

 

É interessante que a Filosofia japonesa PL – Perfect Liberty, fundada por um monge zen-budista da linha Obáku Zen e outro xamã leigo do Budismo Esotérico Shingon, no princípio do século 20, eles também usam a palavra “Oyashikiri” como sagrada prece. E o símbolo da PL é o sol com 21 raios que se encontra na frente de um templo desta linhagem, no Japão.

 

Comecei com Suzuki, vou terminar com ele. No livro ‘O Buda de La Luz Infinita’ , página 11, ele afirma: “O budismo fala de 84 mil caminhos distintos para a iluminação suprema”. (editorial Paidós, Barcelona, 2001).

 

Com certeza, “Oyá-Shiki-Ri” é um desses !