domingo, 26 de fevereiro de 2012

Schopenhauer e o Carnaval Brasileiro

No afã de humildemente colaborar com o criativo carnaval nacional, sugiro para um dos próximos anos que, alguma escola ou bloco conte um período da vida do grande filósofo Schopenhauer, façam um antológico e ontológico corte epistemológico. E assim, estaremos todos contribuindo para abrilhantar mais ainda a cultura cósmica.

Em determinada época, Schopenhauer era professor e, como tal, não devia ganhar grandes coisas (começa aí já a crítica social no futuro desfile). Morava em uma pensão, quarto alugado. Nessa mesma pensão moravam umas solteironas (nada contra) cuja diversão predileta (dica para o carnavalesco, existe marca de café chamado predileto, tente um apoio financeiro, olha o tema do café filosófico aí gente) era falar mal da vida alheia e investigar as amantes que visitavam a cama do saliente docente indecente (parece que o cara era bom na pegada).

Existe no Rio uma escola de samba ou bloco que se chama “Vizinha Faladeira”, fica ali próximo a Gamboa, Cais do Porto Maravilha, Santo Cristo e adjacências... quem sabe se inspiraram no conhecido filósofo?

Pois bem, o conceituado Pensador vivia às voltas com as fofocas da vizinhança.

Certa feita, coitado, perdeu a paciência, flagrou uma vizinha espiando pelo buraco da fechadura, enquanto ele transava com uma madame de aluguel. Interrompeu o ato e eis que num gesto impensado levantou-se pelado, abriu a porta e empurrou a vizinha escada abaixo.

Conclusão: a vizinha não morreu, apenas escoriações leves, mesmo assim ele foi condenado a pagar uma quantia tipo cesta básica, pelo resto da vida da vizinha, que ainda viveu mais de 20 anos.

Nosso herói sofria constantemente de depressão e declarava que o problema não era o dinheiro, mas a aporrinhação da pensão.

Outra dica para o carnavalesco que topar a parada: Schopenhauer, introduziu (!!!???) na Filosofia Ocidental os temas da Filosofia Oriental, mormente as correntes do pensamento indiano.

Mais um problemão para desespero, desânimo e depressão do conhecido escritor, é que sua digníssima progenitora ficou viúva cedo e passou a escrever, com relativo sucesso, romances populares bem folhetinescos, freqüentando as rodas profanas e nada santas da sociedade local, fato que ele abominava.

Apesar de todo conhecimento, Schopenhauer revelou-se, neste item, preconceituoso, machista e elitista. Acabou brigando e afastou-se da mãe, mas isso Freud explica...
 


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Literatura Espírita

A Literatura Espírita é muito bonita e importante. É só entrarmos em uma livraria e verificarmos as bancadas e estantes de livros espíritas abarrotadas de obras as mais diversas.

Mesmo para quem não é espírita de carteirinha, apenas, pesquisador, simpatizante, estudioso, salta aos olhos a qualidade editorial espírita. Bons livros, bons textos, ótimos conteúdos, esmerados acabamentos gráficos.

Falando nisso, quero sugerir aos leitores o pequeno volume de bolso Coragem, de Francisco Candido Xavier, que psicografou vários autores, vários Espíritos, várias Energias.

Editado em 2002 pela Comunhão Espírita Cristã, de Uberaba, MG. Está na 31ª edição e mais de 35 mil exemplares impressos.  É pena que os tradicionais suplementos literários dos jornais e revistas falem tão pouco desta indústria que ajuda a gerar empregos para muitos brasileiros.

Coragem tem 160 páginas, 50 mensagens-reflexões escolhidas a dedo para todos os momentos da vida.

E uma coisa interessante, que os livreiros gostam, obra espírita não encalha.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ilusão Democrática


Leiam na íntegra, o artigo do escritor português, Miguel Urbano Rodrigues, no jornal lisboeta O Diário. No site do PCB – Partido Comunista Brasileiro=  www.pcb.org.br

Urbano comenta o livro de 104 páginas de Jean Salem, professor de História da Filosofia, na Universidade de Sorbone, Paris.

“O sufrágio universal foi instituído por Napoleão III depois de ter liquidado a República. Não para entregar o poder ao povo, mas como sublinhou Lênin em O Estado e a Revolução – para o utilizar como instrumento de dominação da burguesia”.

“O sistema não tem conserto possível. Não pode ser reformado. A burguesia não entregará o poder através de eleições”.

Como não estamos mais em tempo de revoluções armadas, vale o que Jesus certa feita declarou: “Os pobres, sempre os tereis”.

Por mais bem intencionadas que sejam as esquerdas e os sindicalistas (em qualquer país do mundo), eles são membros da burguesia e não vão prejudicar a si mesmos.

Quem puder se esforçar, melhorar um pouquinho de forma ética e honesta ótimo. É por aí...

A democracia capitalista super vencedora está contaminada pelo neoliberalismo. Socialismos mortos dificilmente vão reencarnar.

O citado professor informa o que todos já sabem: quem manda no mundo é o “Deus Dinheiro”.

Oremos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ecos da Matrix


Leia-se: Pragmatismo

“Como disse Karl Marx, o dinheiro transforma tudo em mercadoria que pode ser comprada e vendida. Todos os demais valores são apagados – honra, integridade, verdade, justiça, lealdade, até os laços de sangue. Nada permanece, senão a torpe ganância”.

- Paul Craig Roberts, economista, secretário-assistente do Tesouro dos Estados Unidos no governo Reagan.

Fonte: Tribuna da Imprensa on Line, 20/02/2012.



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Corrente do Bonde de Santa Teresa

Corrente do Bonde de Santa Teresa:
"Queremos urgentemente de volta o nosso querido bondinho: ecológico, eletricidade não polui; preço acessível para todos que justifique a manutenção do bonde; o bonde que todos os residentes e visitantes amam; Santa Teresa sem bondinho é um corpo sem alma. Santa Teresa rogai por nós" Por favor, não modifique os termos da Oração.
 
Se você enviar para 12 pessoas será muito abençoado(a).
 
Se enviar para mais de 20 sua vida será muito feliz.
 
Se enviar para 30 será a Glória, que fica ali pertinho.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Santeria em Santa

Terminou ainda há pouco, sexta-feira, dia 17/02/2012, nas Escadarias de Santa Teresa, RJ, transversal à Rua Joaquim Murtinho, local do acidente com o bondinho a apresentação do “Grupo Cultural Treme Terra: Esculturas Sonoras” e a Casa de Candomblé Omoaro-Okuabó que em yorubá significa “Filhos do Caçador”. Os preparativos começaram às 10 da manhã:


Liderados pelos sacerdote Aderbal Ashogun fizeram uma oferenda musical aos falecidos no trágico acidente, aos familiares, aos Espíritos, à natureza, aos moradores em geral. Esta oferenda musical serviu também para varrer e lavar, através do som e dos cânticos, as Escadarias.

Foi um Ato de Conscientização contra os desmandos que assolam o nosso tempo. Contra a Intolerância Religiosa, contra a corrupção, contra a homofobia, contra o consumismo para que as pessoas acordem e evitem manifestar só o Ego que está levando o mundo ao colapso. O Ato também era contra os egoísmos, a egolatria e em prol do bem comum. Para que nunca mais estas coisas graves e negativas voltem a acontecer.

Ao som de atabaques, agogô, guitarra, contra-baixo, violino, saxofone, Aderbal Ashogun disse que era um “Candomblé Beat”. Um dos que passavam pelo local, um mexicano, identificado com a Santeria Cubana e Mexicana somou-se ao evento, além de muitos estrangeiros e o público em geral.

O sacerdote também afirmou que o Ato servia para o resgate da arte, da música, da cultura tradicional dos povos de terreiro juntamente com a música contemporânea.

Eles estarão presentes na “Rio + 20”, Cúpula dos Povos, ajudando a limpar o astral da cidade, do país e do planeta.

Agradecemos ao Alexandre e demais moradores do local pelo apoio e incentivo em mais esta Ação espontânea que está transformando as Escadarias não apenas em nossa Ágora, mas em um espaço público para performances.

Enquanto isso, uma moradora do bairro, colhia assinaturas do abaixo-assinado pelo Referendo O Bonde Que Queremos.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ópios contemporâneos

Através da mediunidade recebi o seguinte recado do Espírito Karl Marx:

“Irmãos, companheiros, quer dizer, camaradas:

“Quando eu escrevi que a religião era o ópio do povo, eu não estava me referindo ao fator religioso, propriamente dito, aquele das igrejas, templos e afins, não !

“Na verdade, eu estava dizendo que qualquer coisa, que é praticada de forma a alienar e encobrir a realidade, isso equivale ao ópio social.

“Por exemplo, o futebol é um ópio do povo, o carnaval é outro ópio do povo. A sociedade da informação em que vocês vivem, mundialmente falando, também é ópio do povo.

“Atitudes políticas e governamentais, em qualquer esfera do planeta, esdrúxulas, realizadas pelas direitas, esquerdas e centros constituem ópios do povo.

“Até as aparentemente simples diversões, entretenimentos, que muito poucos sabem, têm uma ideologia consumista por trás (pela frente, por todos os lados), isso é ópio do povo.

“Vocês aí encarnados estão imersos, morrendo afogados, sei que é melhor dizer, desencarnando asfixiados, num oceano de ópios contemporâneos.

“Justiça seja feita: as religiões, hoje, são muito mais transformadoras do que os tradicionais partidos políticos e afins.

“Transformadoras, esclarecedoras, educadoras.

“O grande Espírito de Sigmund Freud está aqui do meu lado sorrindo, explicando que tudo isso podem também ser válvulas de escape, para ultrapassar as repressões, quaisquer que sejam elas. Claro, na interpretação dele, está certo.

“O outro grande Espírito ali, o médico Dr. Che Guevara, está me dizendo que o futebol se enquadra no jogo, no lúdico, no ludens. Mesmo sendo válvula de escape é terapêutico, é curativo. A palavra é boa, curativo, pois na Terra, todos estão doentes, feridos, enfermos, em recuperação.

“Tudo bem... mas, se vocês encarnados priorizarem demais o lúdico, o jogo e qualquer outra coisa mais, até a política, estão utilizando ópios contemporâneos”.

“Parodiando a sabedoria popular: se correr a alienação pega, se ficar o ópio come.

Oremos”.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Comunocracia

Até onde pesquisei o título acima é um neologismo, salvo prova em contrário.

Penso que, mais adiante a humanidade vai perceber que o melhor regime está para ser criado, e este é a Comunocracia. Uma forma de governo comum a todos e todas.

Se pegarmos o lado bom, saudável e pacífico do Comunismo e acrescentarmos o sufixo cracia, teremos um sistema ideal, passível de ser concretizado em nosso planeta. Antes que reclamem, afirmo que, desde a mais tenra infância fui comunista estando ligado e depois filiado ao PCB, o antigo Partidão e hoje, beirando os 60, sou um comunocrata,  lançando as sementes da Comunocracia. Lembro humildemente de Che Guevara, hoje um grande Espírito de Luz, quando encarnado, afirmou: “Não me esperem para a colheita, estarei sempre semeando”.

Claro não será por agora, mas está na hora de começarmos. Comunocracia é um comunismo espiritual, sinônimo de Caridade, Generosidade. Um comunismo que acontece nas esferas sagradas do Bem. No Sagrado. Comunocracia é, portanto, uma das faces sociais do Sagrado.

Nossa inspiração vem do ótimo livro “Socialismo e Espiritismo”, de Leon Denis (1846-1927), amigo e companheiro de Allan Kardec (1804-1869), página 78, editora CELD, 1998. O autor declara que o comunismo é “o regime social que reina provavelmente nos mundos superiores, onde todos trabalham para cada um e cada um por todos, com um espírito de abnegação, de devotamento absoluto a uma causa comum. Esse regime exige qualidades morais e sentimentos de altruísmo...”.

Por enquanto, neste início de caminhada, não é necessário Partido, vejo que estamos nos encaminhando para um mundo onde não vão existir partidos. Por exemplo, antes eles se digladiavam cada um falando/escrevendo que era melhor do que o outro, hoje estão se igualando em inúmeros comportamentos, chegará o dia em que serão um só e verificarão que o mundo pode, perfeitamente bem, viver sem partidos.

Neste início é importante semearmos, espalharmos cada vez mais, que a inspiração da Comunocracia é possível, é realizável, mediante os nossos desapegos.

Quanto mais desapegados, altruístas, generosos, caridosos, mais comunocratas seremos. Está é uma das sementes da felicidade e não o excesso de “ter”, overdose de “ter” é capitalismo, liberalismo, democracia, neoliberalismo que está levando o planeta ao colapso. Já estamos na pós-democracia-pós-modernista. A barbárie reina e por isso, semeamos a Comunocracia.

E como tudo renasce, tudo muda, semeamos a Comunocracia.

Que os Seres de Luz nos auxiliem nessa jornada e possamos fazer jus a este Caminho Espiritual.

Oremos.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Agora é Ágora

SANTA ÁGORA
Carta eventual, Artesanal, Holística, dos residentes e amigos do bairro Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ, nº 01, Fevereiro de 2012, Ano 1.
http://estudoliteraturas.blogspot.com
antoniocpbr@ig.com.br

Editorial:           AGORA É ÁGORA

ANTONIO ROCHA*

Foi o nosso vizinho Hylton Sarcinelli, que no dia 27/12/2011, utilizou a expressão: “Aqui é a nossa Ágora”.

Estávamos reunidos nas Escadinhas de Santa Teresa, fizemos uma “mesa redonda” ao ar livre, cada um falava um pouco, fazia a sua reflexão sobre o acidente com o bonde, sobre os transportes coletivos que servem ao bairro, sobre os problemas de Santa Teresa.

Então falei que, em 27/11/2011, quando fizemos a procissão, o Reverendo Caetano, da Igreja Anglicana, tinha dito que ali, no local em que estávamos “era um anfiteatro natural”. A acústica é boa, e em dezembro, nem utilizamos carro de som, todos ouviam perfeitamente um ao outro.

Antonio Houaiss, em seu Dicionário, informa que a palavra “ágora” vem dos antigos gregos que, em praças públicas, discutiam, proclamavam, resolviam, encaminhavam os assuntos em assembléias do povo.

Essa é a proposta desse espontâneo boletim. Escreva, colabore, divulgue, contribua com críticas (decentes) e sugestões educativas, pedagógicas.

Queremos fazer um “arrastão do bem”. Uma “Ação dos Residentes Resistentes e Amigos de Santa Teresa = ARRAST, sem diretoria, sem burocracia.

Pensamos que quanto mais atividades em prol do bairro, melhor. E como já estamos em período carnavalesco, cumprimentamos igual antigamente:

“Saudamos a todos e, democraticamente, pedimos passagem”.

E para utilizarmos a frase dita lá na Itália, no acidente com o transatlântico, adaptamos: “Vada a Bordo, povo brasileiro”, “Vada a Bordo Residentes Resistentes e Amigos de Santa Teresa”.

Anote em sua agenda: o belo movimento “Marco 27” vai promover no mês de fevereiro uma lavagem e varredura nas escadarias da Ágora ou em outro local a ser combinado.

Saudações às demais agremiações do bairro: Amast, Camfast, outras associações de moradores das comunidades do entorno, citaremos os nomes de todas em nossas próximas edições; AmeSanta, Comerciantes, Lions, igrejas, religiões, blocos carnavalescos, escolas, colégios,

Estamos juntos !!!!!!!!

(*) Reside no bairro deste 1971, professor da Rede Estadual, com mestrado e doutorado, formado pela UFRJ.