sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ópios contemporâneos

Através da mediunidade recebi o seguinte recado do Espírito Karl Marx:

“Irmãos, companheiros, quer dizer, camaradas:

“Quando eu escrevi que a religião era o ópio do povo, eu não estava me referindo ao fator religioso, propriamente dito, aquele das igrejas, templos e afins, não !

“Na verdade, eu estava dizendo que qualquer coisa, que é praticada de forma a alienar e encobrir a realidade, isso equivale ao ópio social.

“Por exemplo, o futebol é um ópio do povo, o carnaval é outro ópio do povo. A sociedade da informação em que vocês vivem, mundialmente falando, também é ópio do povo.

“Atitudes políticas e governamentais, em qualquer esfera do planeta, esdrúxulas, realizadas pelas direitas, esquerdas e centros constituem ópios do povo.

“Até as aparentemente simples diversões, entretenimentos, que muito poucos sabem, têm uma ideologia consumista por trás (pela frente, por todos os lados), isso é ópio do povo.

“Vocês aí encarnados estão imersos, morrendo afogados, sei que é melhor dizer, desencarnando asfixiados, num oceano de ópios contemporâneos.

“Justiça seja feita: as religiões, hoje, são muito mais transformadoras do que os tradicionais partidos políticos e afins.

“Transformadoras, esclarecedoras, educadoras.

“O grande Espírito de Sigmund Freud está aqui do meu lado sorrindo, explicando que tudo isso podem também ser válvulas de escape, para ultrapassar as repressões, quaisquer que sejam elas. Claro, na interpretação dele, está certo.

“O outro grande Espírito ali, o médico Dr. Che Guevara, está me dizendo que o futebol se enquadra no jogo, no lúdico, no ludens. Mesmo sendo válvula de escape é terapêutico, é curativo. A palavra é boa, curativo, pois na Terra, todos estão doentes, feridos, enfermos, em recuperação.

“Tudo bem... mas, se vocês encarnados priorizarem demais o lúdico, o jogo e qualquer outra coisa mais, até a política, estão utilizando ópios contemporâneos”.

“Parodiando a sabedoria popular: se correr a alienação pega, se ficar o ópio come.

Oremos”.