domingo, 24 de novembro de 2013

Literatura Crística



Conversa Crística

Antonio Carlos Rocha


- O Caminho da Felicidade é engolir sapos. – disse o mais velho.

- Mas eu estou certa. Tá no meu direito. - Questionou a mais jovem.

- Ué, Jesus também estava certo, também estava no direito dele e veja o que fizeram, crucificaram-no...

- Então eu perdi? – Lamentou-se a mais nova.

- Tudo é a forma de falar e de agir. Esqueça o ego, o eu, a vaidade, a arrogância, não bata de frente, não feche portas.

- E eu vou me humilhar?

- Também humilharam Jesus. É melhor em todos os itens você se conduzir com humildade.

- Mas eu não sou Jesus.

- Menina, você escolhe... ele é o modelo de bem viver. Felicidade é desapego e você está apegada ao seu ponto de vista. Não se esqueça que tudo volta... toda ação corresponde a uma reação.

- É difícil para mim...

- Eu sei... é difícil para todos nós, que estamos no plano físico.

- Como se muda então?

- Pela prece, pela oração, pela meditação... esse é o tal caminho estreito...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Literatura Vipássana



Economia Monástica

“No tempo de Buda, um rei abastado ofereceu aos monges quinhentas novas túnicas. Para ele, essa oferta foi uma ninharia, no entanto, como era muito agarrado à sua riqueza, perguntou a Ananda, o secretário do Buda: “Eu dei quinhentas túnicas novas à Sangha (ordem dos monges), que vai tu fazer com elas?”

Ananda respondeu: Vou mandar guardá-las.

- Por que?

- Só vou dar uma túnica nova a um monge quando achar que as suas vestes estão gastas. É assim que usamos os donativos que recebemos.

- E que vais fazer com as vestes velhas e rotas? – perguntou o rei.

- Das vestes gastas vou cortar alguns panos para fazer lençóis.

- Bem, e quando esses lençóis também estiverem rotos, o que vais fazer?

- Corto-os de novo em bocados e faço toalhas. – replicou Ananda.

 - Muito bem ! E quando essas toalhas se romperem, o que fazes então com o tecido?

- Corto-o em pequenos bocados e faço pequenas toalhas para limpar as mãos.

- Essas também se vão romper; nessa altura, o que vais fazer?

- Vou tirar pequenos bocados, juntá-los, e fazer alguns farrapos para lavar os pés daqueles que chegam com eles enlameados.

- Que bom ! E quando esses também se romperem que vais fazer?

- Vou desfazê-los e reduzi-los a uma pasta para depois fazer algo de útil com ela.

- Que maravilha.”

A história acima está na página 21 do ótimo livro “Para o Benefício de Muitos”, de Sathya Narayan Goenka, falecido professor de Vipássana.

- A obra, com 288 páginas, foi publicada em Portugal, pelos alunos e discípulos de Goenkaji, exemplifica a simplicidade budista.

sábado, 16 de novembro de 2013

Notícias de Santa



Jornal Capital Cultural

Já está por aí... em algumas bancas e lojas o tablóide acima, que circula nos bairros de Santa Teresa, Lapa, Centro da Cidade, Glória, Catete, Largo do Machado.

Redigido mensalmente pelo Virgílio de Souza é uma ótima publicação. Textos de opinião, dicas políticas, entrevistas e a parte cultural dos bares noturnos.

A edição de novembro melhorou muito no visual, pois aumentou o tamanho da fonte das letras e assim aqueles como eu... não precisam sofrer tanto com a visão/leitura...

Existe há 13 anos e neste número, novembro, entre outras, fala do Supermercado Rede Economia que inaugurou em Santa.

Paulo Saad, presidente da Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa diz: “Iniciativas como esta onde empresários procuram investir no comércio dos bairros deveria ser incentivada pelo governo... gerando emprego direto...”



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Literatura Intuitiva



O Primo de Jesus 2

Era o dia do aniversário de Jesus. Ele iria completar 13 anos. Também era o dia de nossa partida para a Ásia, onde acontecia o apogeu da civilização budista.

Junto com nossa família estavam os três lamas tibetanos, preceptores de meu primo. Estes três lamas eram da mesma linhagem dos que visitaram Jesus quando ele nasceu. Lembrem que a Bíblia fala em três magos do Oriente. E por que três? Para manter a tradição das Três Jóias: um chamava-se Buddhayana (Caminho de Buddha), o segundo Dhammayana (Caminho da Doutrina) e o terceiro Sanghayana (Caminho da Comunidade de Discípulos).

Popularmente inventaram nomes ocidentais para estes lamas, pois os que citei, eram nomes monásticos, iniciáticos. E o Evangelho de Mateus, que traz a referência não diz os nomes, apenas que eram magos do Oriente.

Após a cerimônia de aniversário, nos levantamos e houve as despedidas de praxe, abraços e beijos. Éramos cinco. Montamos em camelos e seguimos viagem. Jesus, eu e os três lamas.

Buddhayana era o líder, e para termos sorte na viagem, recitamos três vezes a “Homenagem: Adoração a Ele, o Abençoado, o Perfeito, o Supremo Iluminado, Senhor Buddha”.

Com esta oração, o praticante está protegido. As forças celestiais chegam para nos guardar. Recomendo aos leitores, diariamente, fazerem esta prece, no mínimo três vezes.

Desde o nascimento, Jesus teve os lamas por perto, assim, ele tinha familiaridade com alguns textos budistas.

Essa parte da História é pouco divulgada, mas por onde Jesus andava tinham lamas por perto. Mesmo quando ele foi para o Egito. O Ensinamento do Mestre Buddha era muito divulgado.

Isso é um fato perfeitamente natural. Hoje em dia, os estudiosos vão para outros países fazerem seus cursos de formação, aperfeiçoamento, graduação, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, pós-doutorado e afins. E assim ocorreu com o meu primo.

Sorte minha que, na qualidade de segurança da comitiva muito aprendi.

Os lamas disseram que em vidas anteriores, quando Jesus era um amável Buddha, eu era, também, primo, discípulo e segurança.

Repito, sorte minha e quero agora compartilhar com os leitores o que vivenciei.

domingo, 10 de novembro de 2013

Literatura Mediúnica



O Primo de Jesus – Revelações de um Espírito*

Olá amigos e irmãos !
Eu sou primo de Jesus. Não apareço nos livros sagrados do Ocidente, nem nos Evangelhos Apócrifos, melhor assim.

Numa linguagem política atual, vamos dizer que eu pertencia ao quarto ou quinto escalão, sem importância nenhuma. Isso tinha uma razão de ser, questões ideológicas... eu estava ligado ao grupo do preso político Barrabás, que defendia a luta armada contra o Império Romano.

Judas Iscariotes também e por isso levou a culpa de muita coisa, foi uma espécie de bode expiatório. Mas quero lhes dizer que foi um grande revolucionário. Aquela história de 30 moedas é discutível, não existiu. Ele foi enforcado pelos soldados romanos, pois era guerrilheiro, não foi suicídio.

Nós queríamos que Jesus também se tornasse um de nós, mas o meu querido primo discordava de nossos métodos de oposição ao então regime de invasão e ocupação romana.

Quando encarnado fui treinado nas artes militares. E por isso, dos 13 aos 30 anos, no período em que Jesus sumiu, acompanhei-o em sua viagem à Índia, para estudar nos mosteiros budistas. Sendo mais velho eu era uma espécie de segurança.

Vejam que ele era apenas uma criança, um inexperiente menino de 13 anos, apesar de que, em função de suas múltiplas encarnações anteriores, já era portador de considerável sabedoria.

Naquela época, andava pela Palestina uns monges budistas missionários e nossa família tinha contato com eles. Disseram que meu primo Jesus era um “tulku”, isto é, a encarnação de um Buda da antiguidade e assim precisava voltar ao Tibet e regiões limítrofes para aprender com os Lamas.

Então a família me designou para escoltá-lo. E de antigo guerrilheiro acabei me tornando segurança e um meditador budista.

Depois eu conto mais.

(*) Com todo o respeito aos que discordam.

sábado, 9 de novembro de 2013

Literatura Orgânica



Feira Orgânica em Santa

O aprazível bairro carioca de Santa Teresa tem, desde a manhã de hoje, uma agradável “Feira Orgânica e Agroecológica”, de 7 às 13 horas.

Fica no antigo Casarão, Largo do Guimarães, Rua Almirante Alexandrino, 501.

Tem o apoio da Amast – Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa e Federação dos Círculos Operários do RJ, dona do citado Casarão.

Realização: Renato Martelleto e Luís Alves, morador. Tel: 99194-6867.


No local são distribuídos folhetos do Governo Federal: “Dê alimentos orgânicos para seus filhos. Seus netos agradecem”, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; um ótimo livrinho “O Olho do Consumidor”, ilustrações de Ziraldo, 34 páginas, da “Missão Mapa: Promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira”; e “Mecanismos de Controle para a Garantia da Qualidade Orgânica”, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, 56 páginas.

Bom apetite !

domingo, 3 de novembro de 2013

Oração é Texto Literário



Prece é Literatura

De longa data venho estudando preces, orações, mantras, intercessões, ladainhas, decretos, invocações, novenas, trezenas e afins de diversas religiões como textos literários.

Se a Oração é silenciosa, temos um texto que fica no âmbito da Literatura Mística, Literatura & Mistério.

Se a Prece é só audível, fica no plano da Literatura Oral.

Se é uma ladainha escrita, naturalmente temos um texto literário.

Essas formas de Rezar Literatura podem ser em prosa ou poesia. E ainda outros itens estão presentes para investigarmos tais formas de textos.

Em geral pequenos, mas de grandes significados.

Convém lembrar que aprendemos no tradicional Xintoísmo/Budismo Japonês que as palavras têm vida, podemos conversar com as preces, como se fossem seres vivos, e de fato são, Orações são Seres Literários, Artísticos entremeando-se com personagens reais ou fictícios (em múltiplas dimensões) de suas respectivas religiões.

Um real/fantástico/maravilhoso campo a ser pesquisado.

Palavra é pessoa. Palavra tem vida. Palavra é gente.  Mediante outras/novas Lógicas podemos entender isso, se temos Pessoa Física, Pessoa Jurídica, Pessoa Espiritual, também temos Pessoa Vocábulo.