domingo, 12 de janeiro de 2014

Mantra da Água


                                       Divindades da Água


Com este calorão que se abate sobre o Rio de Janeiro,  sensações térmicas que chegam a 50º, disse a mídia, lembrei da minha primeira aula de Ecologia, na verdade, um ensinamento Zen.

Em 1974 eu morava no Templo Budista de Santa Teresa, RJ, e durante seis meses, convivemos com o Reverendo Kiugi Tokuda, missionário da linhagem Soto Zen, que hoje reside na França.

Belo dia ele nos ensinou sobre a importância da água, precisamos agradecer, diariamente aos seres vivos (moléculas) que compõem o elemento Água. Devemos proteger as águas, cuidar das águas como cuidamos de uma pessoa, de um bebê, de um idoso.

Nesse tempo fico refletindo sobre as populações que moram nas ruas, aqueles que não tem água potável, água encanada em suas residências e redobro a reverência e agradecimento aos Devas, seres divinos que habitam as águas.

São conhecidas as experiências que um cientista japonês fez, recentemente, com a água, mas quero falar bem antes, o que aprendi com Tokuda. Água é Vida, Água é Buda. Água é Deus.

Um dos livros bons e bonitos que guardo da época acima é a obra do filósofo budista japonês Daisetz Teitaro Suzuki, “The Training of The Zen Buddhist Monk”, publicada em 1959, em Nova York, pela University Books, capa dura, 164 páginas.

É uma edição de arte, 43 ilustrações em aquarelas, explicando desde o momento de acordar dos monges, até a hora de dormir, passando por todas as atividades ao longo do dia e da noite.

O primeiro capítulo explica como é a Iniciação,o segundo “Vida de Humildade”, o terceiro “Vida de Trabalho”, o quarto “Vida de Serviço” ao próximo, à natureza, à sociedade; o quinto “Vida de Oração e Gratidão” e por fim os apêndices.

Aprendemos a respeitar a Água como respeitamos os demais seres vivos, na página 147 tem o Mantra da Água: 

“Om, Ma – ku – la – sai Svaha!” 

“Salve Seres, evitemos desperdiçar água, oferecemos respeitosamente esta água que vamos utilizar agora, a todos os Budas e Bodhisatvas, que os reinos celestiais dévicos abençoem esta água. Gratidão. Assim seja !”.


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