Oi Bandeira Nacional !
Antonio Carlos Rocha
- Oi amigo, tudo bem?
- “Tudo caminhando
como Deus quer e consente”, diria um antigo conhecido, já falecido. O Senhor o
tenha !
- Pois é rapaz, às
vezes, a gente pensa que está tudo fora do esquadro, mas na verdade, está tudo
encaminhando-se para melhor, ainda que o engarrafamento esteja muito
complicado. Mas como foi que você descobriu que eu sou um Ser conversável...
- Bandeira Nacional, é
o seguinte: nos ensinamentos budistas aprendi que nós podemos conversar com
tudo e com todos.
- Ainda que digam que
eu sou “uma Ser inanimada”.
- E se eu te chamar de
Pavilhão Nacional, será no masculino: “um Ser inanimado”, ainda que,
animadíssimo e animadíssima !
- O pessoal ainda não
entendeu que eu sou um Ser plural, coletivo, que represento todos os milhões de
brasileiros e brasileiras que nasceram aqui ou que moram por aqui de coração, e
os demais espalhados pelos mundos...
- Isso mesmo, nos
mundos presentes, passados e futuros como diz o Buda.
- Exatamente, os
milhões que já morreram desde 1500, os bilhões de seres sencientes que já
viveram bem antes de 1500, desde que o Planeta Terra surgiu, eis eu...
abrigando a todos e todas como um grande Pai e uma grande Mãe.
- E ainda tem os
muitos milhares, bilhares, trilhares que nascerão em futuros inconcebíveis à
mente humana.
- Mas aí, tendo em
vista a Lei da Impermanência eu não sei se, geograficamente, territorialmente,
ainda seremos e teremos o mesmo mapa.
- Tem razão Bandeira
Nacional, você é sábia.
- Também aprendo com
vocês, e muito, essa é a beleza da vida, aprendermos sempre !
- Lembrei quando eu
era criança que, no antigo primário onde eu estudava na Escola Presidente
Roosevelt, lá no meu querido Realengo, RJ, matinalmente, cantávamos o Hino
Nacional e te hasteávamos, cada dia era um aluno, um dia lá fui eu, todo
trêmulo de emoção e timidez, comecei a hastear, mas como não prendi direito o
cordão, veio uma professora ou diretora fazer certo. E olha, nós gostávamos
daquele momento, tinham os alunos mais velhos, cuja fanfarra, marcava o ritmo e
a solenidade diárias.
- Nesse tempo, ainda
era Distrito Federal, 1959, portanto muitos antes da tal ditadura
civil-militar.
- É bom você ter
falado isso, porque uma vez contei no meu trabalho e disseram, era coisa da
ditadura. Não era, o então presidente era o Juscelino Kubistchek, a meu ver, o
melhor presidente que já tivemos.
- Tem razão, fazer uma
cidade como Brasília, em cinco anos, prova que é competente.
- É verdade, e note
que, naquele tempo, não existia reeleição, aliás, eu sou contra a reeleição. Se
a pessoa não deu o seu recado em 4 anos, pode tirar o cavalinho da chuva.
- Como o Mandela, na
África do Sul, tinha direito à reeleição, mas preferiu ficar só nós quatro
anos.
- Quem sabe, um dia, o
pessoal daqui fica mais humilde, mais brasileiro, mais solidário e promulgam a
volta dos 4 ou 5 anos...
- Bandeira Nacional
foi uma grande satisfação conversar com você, até a próxima Amada !
- Até a próxima Amado
!