Inúmeras passagens da Bíblia servem como prática de meditação e visualização para fins de cura holística: a cura nos aspectos físicos, orgânicos, emocionais, espirituais, mentais, afetivos, sociais, econômicos, profissionais, sociológicos etc, ou seja, cura no todo. Claro, não se deve esquecer o tratamento tradicional do médico e afins. A Visualização Bíblica age como um complemento.
Quem intuiu esta técnica e já a aplica, há mais de 20 anos é o psiquiatra norte-americano Gerald Epstein, autor de Imagens Que Curam, editora Xenon, 140 páginas.
Ele é pioneiro neste campo terapêutico e nos dá uma visão sobre como a mente pode ajudar a curar o corpo com o poder das imagens. Revolucionária e inspiradora, esta prática é fruto de experiências clínicas, uma contribuição fundamental para a compreensão, restauração e manutenção da unidade saudável do corpomente. Epstein não separa as duas palavras. Aborda o fenômeno corpomente.
O autor afirma que a mente exerce uma enorme influência sobre nosso bem-estar, muitas vezes até determinando a diferença entre saúde e doença.
Obs.: Respeitamos, democraticamente, os que discordam da utilização da Bíblia para fins holísticos. Mas, o texto em si, é patrimônio literário da humanidade e não especificamente de um determinado grupo.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
A Questão do Trair
A revista IstoÉ que circula esta semana, tem a matéria sobre traição, o texto pode ser lido online. Aborda o aspecto tradicional do casamento, através da telenovela Viver a Vida, da rede Globo.
O tema nos fez lembrar do ótimo livro Amar Trair, de Aldo Carotenuto, publicado pela editora católica Paulus, 1997, 256 páginas. A obra tem como subtítulo: “Quase uma apologia da traição”.
A traição pode ser de várias formas: afetiva, econômica, ideológica, social, individual, coletiva, política, histórica, partidária, platônica, profissional, religiosa, com os olhos, só no pensamento etc. Parece que, viver é trair, estamos sempre traindo e sendo traídos. A traição pode ser total ou parcial, em todas as áreas acima citadas, e nas que não foram citadas, mediante a interpretação de cada um.
Muitos afirmam que Jesus foi traído por Judas, mas há quem declare que o traído foi Judas, que esperava de Cristo, uma atitude mais politizada de enfrentamento contra o Império Romano, logo... pontos de vista, cada um tem o seu.
O autor, Aldo Carotenuto é psicólogo e um dos maiores estudiosos, em nível internacional, do pensamento de Carl Gustav Jung. É professor da Universidade de Roma, autor de 20 livros traduzidos para vários idiomas. É presidente da Associação Italiana de Psicologia e Literatura, membro da Associação Americana de Psicologia, USA.
Um livro instigante. Através desse estudo ficamos sabendo que trair pode ser um pedido de socorro, de ajuda, em função das carências múltiplas (ver o terceiro parágrafo, o que foi sobre a traição pode ser dito sobre as carências) que todo ser humano tem.
Diz o autor: “Nascemos traídos e com a necessidade de trair para crescermos: é uma lei cármica (...) é esse o significado profundo que o mito hebraico da expulsão do Paraíso terrestre representa simbolicamente (...). Porque a traição é essencialmente “passagem” – é esse seu significado etimológico – “entrega” a outrem (...) é necessária essa “passagem” pela morte, esse reconhecimento do limite, da finitude, esse saber-se traidor e traído”. – páginas 8 e 9.
“A traição repugna a nossa consciência de “puros”, mas, afirma o autor, ela é uma experiência inelutável. (...) Todo indivíduo está sob o imperativo, inscrito na dinâmica evolutiva da psique, de emancipar-se de tudo o que o mantém fiel a uma imagem de si que não lhe corresponde, mas corresponde às exigências do ambiente social ou ao desejo de seus interlocutores”. – capa.
O tema nos fez lembrar do ótimo livro Amar Trair, de Aldo Carotenuto, publicado pela editora católica Paulus, 1997, 256 páginas. A obra tem como subtítulo: “Quase uma apologia da traição”.
A traição pode ser de várias formas: afetiva, econômica, ideológica, social, individual, coletiva, política, histórica, partidária, platônica, profissional, religiosa, com os olhos, só no pensamento etc. Parece que, viver é trair, estamos sempre traindo e sendo traídos. A traição pode ser total ou parcial, em todas as áreas acima citadas, e nas que não foram citadas, mediante a interpretação de cada um.
Muitos afirmam que Jesus foi traído por Judas, mas há quem declare que o traído foi Judas, que esperava de Cristo, uma atitude mais politizada de enfrentamento contra o Império Romano, logo... pontos de vista, cada um tem o seu.
O autor, Aldo Carotenuto é psicólogo e um dos maiores estudiosos, em nível internacional, do pensamento de Carl Gustav Jung. É professor da Universidade de Roma, autor de 20 livros traduzidos para vários idiomas. É presidente da Associação Italiana de Psicologia e Literatura, membro da Associação Americana de Psicologia, USA.
Um livro instigante. Através desse estudo ficamos sabendo que trair pode ser um pedido de socorro, de ajuda, em função das carências múltiplas (ver o terceiro parágrafo, o que foi sobre a traição pode ser dito sobre as carências) que todo ser humano tem.
Diz o autor: “Nascemos traídos e com a necessidade de trair para crescermos: é uma lei cármica (...) é esse o significado profundo que o mito hebraico da expulsão do Paraíso terrestre representa simbolicamente (...). Porque a traição é essencialmente “passagem” – é esse seu significado etimológico – “entrega” a outrem (...) é necessária essa “passagem” pela morte, esse reconhecimento do limite, da finitude, esse saber-se traidor e traído”. – páginas 8 e 9.
“A traição repugna a nossa consciência de “puros”, mas, afirma o autor, ela é uma experiência inelutável. (...) Todo indivíduo está sob o imperativo, inscrito na dinâmica evolutiva da psique, de emancipar-se de tudo o que o mantém fiel a uma imagem de si que não lhe corresponde, mas corresponde às exigências do ambiente social ou ao desejo de seus interlocutores”. – capa.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Invenção do Amor Romântico
O título deste ótimo livro é Misoginia Medieval, o subtítulo completo: “E A Invenção Do Amor Romântico Ocidental”, autoria de R. Howard Bloch, professor da Universidade da Califórinia, publicado pela editora 34, em 1995, 280 páginas.
Diz-nos o autor: “A noção de fascinação romântica que governa o que dizemos sobre o amor, o que dizemos àqueles que amamos, o que esperamos que eles nos digam (e dizer que eles dizem), como agimos e esperamos que eles ajam não existia na tradição judaica, germânica, árabe ou hispânica, na Grécia ou na Roma clássica, ou no início da Idade Média. O amor romântico tal como o conhecemos não surgiu até aquilo que algumas vezes se chama a renascença...”.
O professor Luiz Costa Lima, afirma: “Publicado originalmente em 1991, o Misoginia Medieval é um dos livros mais conceituados que as ciências humanas produziram nas últimas décadas”.
Misoginia, o dicionário nos diz que é “repulsa ao sexo feminino”, mas, sabiamente, as mulheres conseguiram reverter esse quadro e hoje imperam na mídia, na política e breve em outras áreas, principalmente em dias de carnaval carioca.
Para fascinação de todos nós que nos maravilhamos com as divinas formas dos corpos femininos.
Ou seja, o romantismo se tornou um estilo de época da Literatura, a indústria do cinema e da cultura de massa: radionovelas, fotonovelas, telenovelas estimulou muito a ilusão e fantasia romântica.
Isto é, romantismo é uma coisa, amor é outra.
Diz-nos o autor: “A noção de fascinação romântica que governa o que dizemos sobre o amor, o que dizemos àqueles que amamos, o que esperamos que eles nos digam (e dizer que eles dizem), como agimos e esperamos que eles ajam não existia na tradição judaica, germânica, árabe ou hispânica, na Grécia ou na Roma clássica, ou no início da Idade Média. O amor romântico tal como o conhecemos não surgiu até aquilo que algumas vezes se chama a renascença...”.
O professor Luiz Costa Lima, afirma: “Publicado originalmente em 1991, o Misoginia Medieval é um dos livros mais conceituados que as ciências humanas produziram nas últimas décadas”.
Misoginia, o dicionário nos diz que é “repulsa ao sexo feminino”, mas, sabiamente, as mulheres conseguiram reverter esse quadro e hoje imperam na mídia, na política e breve em outras áreas, principalmente em dias de carnaval carioca.
Para fascinação de todos nós que nos maravilhamos com as divinas formas dos corpos femininos.
Ou seja, o romantismo se tornou um estilo de época da Literatura, a indústria do cinema e da cultura de massa: radionovelas, fotonovelas, telenovelas estimulou muito a ilusão e fantasia romântica.
Isto é, romantismo é uma coisa, amor é outra.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Violinos de Barro
É o quinto e ótimo livro da poetisa Mirian de Carvalho. 96 páginas abrangendo 49 poesias enfeixadas em 10 temas.
Percebemos em suas finas e refinadas linhas, versos maduros, fortes e delicados. De um leve erotismo, tênues indicações dos encontros e desencontros dos seres humanos.
Professora doutora da UFRJ, atuou nas áreas de História, Artes e Filosofia. Dedica-se hoje ao seu vigoroso fazer poético.
Vejamos um de seus poemas:
MAÇÃS DE CARNE
Negando-se à paixão, os de exacerbado juízo
elaboravam a neutra geometria dos mapas.
Entanto, nas entranhas da noite, geravam-se
tempestades. E deslizava a quilha.
Seguidor das incertezas da barca,
o viajante da fábula abria as janelas
de um pomar de corais e alimentava-se
do leite que jorrava das tetas das árvores.
Longe da cidade, o marujo
Sugava maçãs de carne.
Percebemos em suas finas e refinadas linhas, versos maduros, fortes e delicados. De um leve erotismo, tênues indicações dos encontros e desencontros dos seres humanos.
Professora doutora da UFRJ, atuou nas áreas de História, Artes e Filosofia. Dedica-se hoje ao seu vigoroso fazer poético.
Vejamos um de seus poemas:
MAÇÃS DE CARNE
Negando-se à paixão, os de exacerbado juízo
elaboravam a neutra geometria dos mapas.
Entanto, nas entranhas da noite, geravam-se
tempestades. E deslizava a quilha.
Seguidor das incertezas da barca,
o viajante da fábula abria as janelas
de um pomar de corais e alimentava-se
do leite que jorrava das tetas das árvores.
Longe da cidade, o marujo
Sugava maçãs de carne.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Sabedoria
"Ao lidar com loucos, a melhor coisa que podemos fazer é fingir que somos sãos".
- Hermann Hesse, escritor alemão, autor do clássico Sidarta.
- Hermann Hesse, escritor alemão, autor do clássico Sidarta.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Romance de Barras - PI
O título do ótimo livro é O Morro Da Casa-Grande, autoria do professor e escritor Dílson Lages Monteiro, 128 páginas, editora Nova Aliança, várias fotos históricas ilustram este romance que se passa na cidade piauiense de Barras, meados do séculos XX, quando a vida ainda era agreste.
Cidade e campo, nessa época, se confundiam e as distâncias pareciam não ter fim. As fazendas ainda estavam de pé como elemento concentrador de renda, mas o modelo socioeconômico já dava sinais de ruína.
Começava a se formar um aglomerado urbano vigoroso, mas negligente às tradições e ao patrimônio cultural. Agredia-se, no silêncio da omissão, a identidade de um núcleo populacional fundado entre a fazenda e a igreja.
Os costumes da vida rural, a infância, a velhice, a morte, a desigualdade social e a fé são alguns dos temas pelos quais transitam os personagens.
www.portalentretextos.com.br
www.dilsonlages.com.br
Cidade e campo, nessa época, se confundiam e as distâncias pareciam não ter fim. As fazendas ainda estavam de pé como elemento concentrador de renda, mas o modelo socioeconômico já dava sinais de ruína.
Começava a se formar um aglomerado urbano vigoroso, mas negligente às tradições e ao patrimônio cultural. Agredia-se, no silêncio da omissão, a identidade de um núcleo populacional fundado entre a fazenda e a igreja.
Os costumes da vida rural, a infância, a velhice, a morte, a desigualdade social e a fé são alguns dos temas pelos quais transitam os personagens.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Consuelo
Saudades da copacabanense Consuelo
A UERJ perdeu, no último dia 30 de dezembro, Maria Consuelo Cunha Campos, de 62 anos, uma de suas mais brilhantes expressões. Natural de Porto Quebracho, MS, antes mesmo de completar um ano de idade já “escolhera” residir no Rio de Janeiro. Doutora pela PUC-Rio, era professora de Literatura Brasileira nos cursos de graduação e pós-graduação em Letras da UERJ, onde integrava, também, o corpo de pesquisadores do programa Pró-Afro.
Ensaísta, poeta e contista, membro do Pen Club do Brasil desde 2007 e das associações científicas International Comparative Literature Association, Associação Internacional de Lusitanistas e Associação Brasileira de Literatura Comparada.
Participou de inúmeras comunicações, mesas-redondas e oficinas em congressos e seminários no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Holanda e Itália. Recebeu prêmios literários nacionais em ficção, poesia e ensaio, entre eles o prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal para melhor livro de poesia publicado, “Mineiridade” (Achiamê, 1980).
Publicou, entre outros, os seguintes livros: “Sobre o conto brasileiro” (Gradus, 1977); “Inácio de Loyola, o poema de Deus” (Loyola, 1986) e “De Frankenstein ao transgênero: modernidades, trânsitos, gêneros”. (Ágora, 2001)
- o texto acima é de Manoel Marcondes Machado Neto, professor doutor da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na Escola de Administração.
- Marcondes e eu tivemos a honra de receber orientação de Consuelo, em 2009, em nossas respectivas pesquisas de pós-doutorado.
A UERJ perdeu, no último dia 30 de dezembro, Maria Consuelo Cunha Campos, de 62 anos, uma de suas mais brilhantes expressões. Natural de Porto Quebracho, MS, antes mesmo de completar um ano de idade já “escolhera” residir no Rio de Janeiro. Doutora pela PUC-Rio, era professora de Literatura Brasileira nos cursos de graduação e pós-graduação em Letras da UERJ, onde integrava, também, o corpo de pesquisadores do programa Pró-Afro.
Ensaísta, poeta e contista, membro do Pen Club do Brasil desde 2007 e das associações científicas International Comparative Literature Association, Associação Internacional de Lusitanistas e Associação Brasileira de Literatura Comparada.
Participou de inúmeras comunicações, mesas-redondas e oficinas em congressos e seminários no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Holanda e Itália. Recebeu prêmios literários nacionais em ficção, poesia e ensaio, entre eles o prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal para melhor livro de poesia publicado, “Mineiridade” (Achiamê, 1980).
Publicou, entre outros, os seguintes livros: “Sobre o conto brasileiro” (Gradus, 1977); “Inácio de Loyola, o poema de Deus” (Loyola, 1986) e “De Frankenstein ao transgênero: modernidades, trânsitos, gêneros”. (Ágora, 2001)
- o texto acima é de Manoel Marcondes Machado Neto, professor doutor da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na Escola de Administração.
- Marcondes e eu tivemos a honra de receber orientação de Consuelo, em 2009, em nossas respectivas pesquisas de pós-doutorado.
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