A arte é um dos meios de que se vale o homem para conhecer a realidade.
Esta última se efetiva na constante relação entre homem e mundo, vale dizer, entre sujeito e objeto, como costumam lembrar os filósofos.
Nesse jogo dialético, o homem busca aceder à interioridade de sua essência, para melhor saber de si e situar-se. E, no seu percurso existencial, tem procurado conhecer a si mesmo, o mundo, a sua relação com os outros, a sua relação com o mundo.
Todo conhecimento se caracteriza como uma representação, como um tornar de novo presente a realidade em que vivemos, para que dela tenhamos uma visão mais clara e profunda, que escapa a nossa percepção imediata. Toda representação, nesse sentido, configura uma interpretação. "O homem é a presença de todas as determinações de uma interpretação. Rejeitá-las seria negar a própria existência. Portanto, o homem é um arranjo existencial definido, articulado, situado. É uma circunstância, dizia Ortega y Gasset" e lembra Archangelo Buzzi, na sua Introdução ao pensar.
Esse interpretar se clarifica através de uma linguage."
(A linguagem literária, Domício Proença Filho, Ática, 2001, págs. 14 e 15).
sábado, 20 de outubro de 2007
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