Nós, os mentirosos
As grandes religiões
recomendam não mentir.
Com o Budismo não é
diferente, em “O Darmapada – a Doutrina Budista em Versos”, L&PM Editores,
2009, página 105, palavras atribuídas ao Buda, Ele diz:
“Aquele que mente
cairá no inferno.
E o que tendo feito,
afirma “Isso não fiz”.
Esses dois seres,
homens de ações malévolas,
Uma vez mortos, no
além se igualarão”.
A boa notícia com
relação à estrofe acima (primeira do capítulo XXII) é que no Budismo, o inferno
é temporário. Após cumprir a pena, como se fosse em uma prisão o Espírito
volta, renasce, alguns chamam de reencarnação.
Contudo, parece que
todo ser humano, pelo menos uma vez na vida mente, já mentiu ou mentirá.
Então, só um belo dia,
quando ele ou ela decidirem que não vão mais mentir é que começa a libertação
da roda dos renascimentos, a roda do Samsara, a roda deste mundo.
E por que toda esta
recomendação para não mentir ? É que a energia da mentira é muito negativa e
atrai outras mentiras, outras negatividades.
Mahatma Gandhi que
sabia disto falava em Satyagraha – a Força da Verdade. A Energia (ou força) da
Verdade é muito melhor.
Pode-se,
filosoficamente, questionar o que é verdade, o que é a verdade e surgirem diversas
interpretações. Podemos então escrever assim: a Força da Realidade, a Força do
Real.
Mentiras... e os seus
sinônimos não são Energias boas, produtivas, construtivas.
A sabedoria popular
têm diversos ditados sobre o parágrafo acima, tipo: “mentira tem pernas curtas”
ou “doa a quem doer, mas a verdade tem que ser dita”.
Uma forma de começar a
libertar-se do Samsara é pedir desculpas, perdão, assumir o erro, assumir o
equívoco, assumir a inverdade, assumir a omissão e não repetir mais a Energia
malsã.
Recomenda-se, conforme
cada um acredita: um banho de descarrego, passes, preces, orações, meditações,
ler livros sagrados e similares.