sábado, 10 de novembro de 2012

O Buda e os Contos e Fadas



Budismo e Contos de Fadas

“Em seu livro “Literacy Criticism East and West”, diz Lafcadio Hearn que a maioria das lendas e fábulas do Velho Mundo poderia ser levada até suas origens budistas. Na verdade, estudos de folclore comparado demonstram que numerosas histórias de fadas do Ocidente derivam, de fato, de fontes budistas e indianas. Além do mais, e este fato é frequentemente apontado, a famosa passagem bíblica sobre o filho pródigo tem um paralelo quase exato no Lótus Sutra. Esses paralelos sugerem, mais uma vez, que forçosamente houve alguma ligação entre Budismo e Cristianismo”.

A citação está na página 83 do ótimo livro “Budismo: O Primeiro Milênio”, de Daisaku Ikeda, editora Record, 1977. O autor é o presidente da linhagem BSGI – Brasil Sokka Gakai Internacional. Uma corrente leiga budista que está presente em mais de 80 países e tem como livro base o Sutra Lótus.

Já existem, em outras línguas, diversos estudos sobre o paralelismo entre os Contos de Fadas e o Budismo. Foi a partir das famosas histórias do Játaka que tais narrativas se espalharam. Os Játakas contam as vidas anteriores do Buda, quando ele era animal, planta, mineral etc.

Daisaku Ikeda nasceu em Tóquio, em 1928, já escreveu mais de 40 livros, traduzido em vários idiomas. Neste Budismo – o Primeiro Milênio ele fala da expansão do Darma em vários países: Inglaterra, Palestina etc. Além da própria Índia, quando era o apogeu da Civilização Budista. Ikeda cita fontes afirmando que os antigos Celtas e sacerdotes druidas conheciam o Budismo através de missionários (monges e leigos) que andavam pela velha Europa.

Na obra há um capítulo sobre o Sutra Vimalakirti onde se diz que o Buda não fazia distinção entre leigos e monges. Vimalakirti era um chefe de família, comerciante e completamente iluminado.

Em 31/10/1992, o falecido colunista Zózimo Barroso do Amaral, em sua prestigiosa página no antigo Caderno B, da edição impressa do Jornal do Brasil informava:

“A Academia Brasileira de Letras tem pela primeira vez um membro correspondente asiático. Trata-se do intelectual japonês Daisaku Ikeda”.

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