Sabedoria das
Florestas
Assim é conhecida a
Tradição Druida, lembro de Allan Kardec, quando afirmou, certa feita, em vidas
anteriores havia sido sacerdote druída.
Ou seja, nessa encarnação druída Kardec já teve contato com o Darma Budista.
Daisaku Ikeda, presidente
de uma das linhagens do Budismo Nichiren, BSGI – Brasil Soka Gakai
Internacional diz em seu livro “Budismo, o Primeiro Milênio”, editora Record,
1977:
“O professor Hajime
Nakamura dá certo número de outros exemplos da possível ou provável influência
budista no Ocidente. Segundo ele, restos de mosteiros budistas foram
encontrados no norte da Europa, e em 1954 uma pequena estátua budista veio a
lume na Suécia. Sugeriu-se mesmo que o Budismo chegou às ilhas Britânicas antes
do Cristianismo. Essa tese repousa numa informação feita por Orígenes em seu
comentário ao Livro de Ezequiel, escrito por volta do ano 230 d.C., e que diz:
“Naquela ilha (Britânica) os sacerdotes druídas e os budistas já disseminaram
os ensinamentos sobre a unicidade de Deus, e por essa razão os habitantes já
estão inclinados para ele (o Cristianismo)”. Podemos apenas maravilhar-nos que
a influência budista tenha chegado mesmo aos celtas, nas Ilhas Britânicas, na
própria borda mais ocidental da Europa” (página 79).
Estas reflexões me vêm
à mente quando estou diante da ótima obra “Elementos da Tradição Druida”, de
Philip Carr-Gomm, Ediouro, 1994.
Na página 52, escreve:
“Como alguém pode ser um Druída Zen? O druidismo tem forte influência zen
dentro dele. O psiquiatra R.D.Laing amigo do Dr. Graham Howe, reputou o
trabalho como “escritos existenciais e zen”. E o que poderia ser mais zen do
que os maciços portões de Stonehenge? Muitos druídas podem combinar suas
práticas e conhecimentos com o cristianismo e com o wicca, com as práticas dos
índios americanos ou com o budismo. O druidismo amplia nossa percepção dos
outros caminhos, ao invés de diminuí-la. Ele cria pontes, não barreiras”.
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