Bairro Santa Teresa,
RJ
Conheço o Centro
Cultural Laurinda dos Santos Lobo desde sua criação no final dos 70, pois era
vizinho de porta. Acompanhei a transformação da casa dos Pires Ferreira em Centro Cultural.
No começo muito dedicado ao teatro e música, além de
exposições.
Quando saí de Santa
Teresa durante os 80, vinha apenas ao Centro Cultural uma vez por mês, na época
em que havia shows na tarde do último domingo do mês. Muita gente começou ali
seu périplo pelas artes. Sempre gostei de conhecer a novidade, especialmente a
do bairro.
O Centro viveu altos e
baixos como qualquer lugar, mas manteve em quase todo seu percurso a identidade
com o bairro, privilegiando artistas daqui, embora não se atendo apenas a
estes. Reuniões da Associação de Moradores (Amast) muitas foram feitas aqui,
plenárias etc. A participação no Artes de Portas Abertas também foi e é
fundamental. Adoro o Bonde, hoje exposto em seu jardim.
No Laurinda, minhas
filhas conheceram a capoeira, meu sobrinho debutou na flauta, a família veio a
concertos de música clássica e popular, foi onde eu conheci a prática do T´ai
Chi Chuan com a professora Ilma, sob as mangueiras centenárias, desfrutando da
sombra, da paisagem e do ensinamento que a prática me deu, que hoje tento
passar aos demais participantes em minhas aulas. Adoro participar dos trabalhos
do Centro, justamente porque posso devolver ao bairro algo que recebi dele:
atenção e cultura.
- o texto acima tem a
autoria de Daniel Wilmer, morador de Santa Teresa, professor de inglês e tradutor.
- O depoimento faz
parte do livro “Memórias do Laurinda – Relatos Afetivos de Freqüentadores e
Moradores de Santa Teresa”, lançado em dezembro de 2012, pela Prefeitura do Rio
de Janeiro, página 35.
- As organizadoras do
citado volume são a escritora Cristina da Costa Pereira e Nádia Medella,
gestora do citado Centro.
- Meu amigo Daniel
faz, merecida, referência à professora Ilma, de T´ai Chi Chuan. Também foi
minha mestra na área, daí a nossa gratidão
!
- Ilma, hoje
aposentada, foi durante décadas, Enfermeira do Centro de Saúde Municipal que
fica próximo ao Centro Cultural Laurinda.
- Além disso ela é
membro da BSGI – Brasil Soka Gakai Internacional, linhagem do Budismo Nichiren,
com freqüência nos levava e distribuía
as edições semanais do jornal Brasil Seikyo, excelente publicação.
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