Revolta
Hélion Póvoa Filho*
Revolta é o pão
Do homem sem grão.
Revolta é o berro
Do homem sem terra.
Revolta é o choro
Do homem sem louro.
Revolta é o brado
Do homem sem fado.
Revolta é a fome
Do homem sem nome.
Revolta é a dor
Do homem sem cor.
Revolta é o pego
Do homem sem ego.
Revolta é a vida
Do homem sem lida.
Revolta é a sorte
Do homem sem porte.
Revolta é a morte
Do homem sem norte.
Comentários:
- esta poesia foi
publicada no livro “As Estações da Vida”, do médico e poeta Helion Povoa. Editora
Scorpio, RJ, 1984.
- a capa é da artista
plástica Heloisa Pires Ferreira.
- o prefácio, bastante
elogioso, é do também médico e escritor, já falecido, o grande memorialista
Pedro Nava.
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