A Minha Mãe
Helion Povoa Filho
Depois de um
dolorífico martírio
Jesus, ao morrer, no
último suspiro,
Falou o nome da mãe na
agonia,
Como a sugerir que
este sacro amor
Seria o derradeiro
pensamento,
O ponto do qual a alma
encetaria
O último vôo para o firmamento!
O amor de mãe é a
áurea ligação
Unindo a idade jovem à
madura.
E o tempo pode a face
nos sulcar,
Ou mesmo nossa fronte
argentear,
Mas manteremos esta
devoção
Ao anjo mais divino e
mor fulgor
Que Deus nos concedeu,
tão benfazente!
Comentários:
- a poesia acima está
na página 40, do ótimo livro “Chuva no Mar”, autoria do citado poeta, médico e
docente universitário. Foi publicado em 1988, pela Typelaser Desenvolvimento
Editorial.
- Hoje é comemorado o
Dia das Mães, e também o Dia de Buda. Certa feita, lendo um trabalho sobre o
Budismo Tibetano aprendi que devemos reverenciar todos os seres vivos como se
fossem nossas “mãezinhas”. Pois é bem provável que ao longo das infinitas
reencarnações anteriores eles, os seres vivos possam ter sido nossas mães, em
qualquer um dos planos/reinos visíveis e invisíveis.
- Por conseguinte,
saudamos nossas mães anteriores e nossas futuras mães, nas futuras
reencarnações.
- a capa do livro
Chuva no Mar é da gravurista Heloisa Pires Ferreira.
- o prefácio é do professor
doutor Dagmar Aderaldo Chaves, então presidente da Academia Carioca de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário