sábado, 14 de dezembro de 2013

Literatura Zen



Cargo é Vaidade


Durante a Era Meiji (1867-1902) no Japão, o governador da importante cidade de Kioto, chamava-se Kitagaki.

Na mesma época havia um monge budista famoso, chamado Keichu, era o superior do Templo Tofuku, uma espécie de catedral.

Belo dia o governador pensou em visitar o Templo e enviou um cartão de visita por um dos assessores, para marcar a audiência.

Quando o Venerável religioso leu: “Kitagaki, governador de Kioto” exclamou: “Não tenho nada a tratar com esta pessoa, diga para ele ir embora daqui”.

Desapontado o assessor ficou preocupado com a coragem do sacerdote, pediu desculpas e voltou para o palácio.

Contou o acontecido ao chefe que, entendeu o recado, com um lápis riscou a palavra “Governador” e mandou de volta o assistente.

Ao ler o cartão riscado, o monge exclamou: “Oh! É Kitagaki, quero vê-lo, vamos marcar a reunião !”

Moral da História: o monge queria conversar com o ser humano, saber de sua vida, alegrias e tristezas,  e não com dialogar formalmente com o rótulo, com o título...

Fonte: Zen Flesh, Zen Bones (carne zen, ossos zen), na tradução: Histórias Zen compiladas por Paul Reps, editora Teosófica, 1999.


2 comentários:

Denis disse...

Você que escreveu:
"O Caminho da Autoperfeição"
Livraria Freitas Bastos
?

Antonio Carlos Rocha disse...

Sim, Denis, escrevi. Obrigado por ler o meu blog.