Fontes de Existências
Considero a Vida
plural, mesmo a nossa única vida é recheada de pluralidades, por isso tem
muitas fontes, vertentes. Muitas Existências e uma única só Existência.
O título do artigo
acima e o primeiro parágrafo servem para abordar a obra poética Melodia Íntima,
da escritora Maria de Lourdes Alba. O livro começa afirmando “Meus poemas são
minha fonte de existência”.
E assim vejo, em cada
uma das 62 poesias que perfazem o texto, uma só fonte que se multiplica em 62
fontes.
Não por acaso, hoje,
25 de janeiro, é o aniversário da bela cidade de São Paulo, que gosto muito. No
calendário francês que recebi de presente, lá de Lille, norte da França,
confirmo que também é o “dia da Conversão do Apóstolo Paulo”, quando ele deixou
de ser Saulo e tornou-se o grande Paulo da Cristandade.
Alba fala de amor e,
imediatamente, lembro de Buda, do sofrimento que está inerente nesta atitude de
amar... o lado bom e o lado negativo deste maravilhoso afeto; as vivências
positivas e negativas desta experiência Amor que por ser única, rápida,
passageira, desenvolve-se plural... a dois...
No final do livro há
um importante posfácio do professor Carmelo Distante, USP: “acreditamos que
fica claro que a poesia de Maria de Lourdes Alba aproxima-se da filosofia (...)
vê-se que é sempre listrada de filosofia (p. 78)”.
Alba tem 8 livros de
poesias editados, trabalhos publicados na Itália, Suíça e Uruguai.
Concordo plenamente
com o citado Carmelo: “extraordinária poetisa brasileira”.
Insiro-a, incluo-a,
coloco-a entre os grandes nomes femininos da poesia nacional.
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