terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Literatura kalmika



Literatura Lamaísta


Ando relendo, trelendo, polilendo a obra clássica “A Voz da Silêncio”, de Helena Petróvna Blavatsky, desta feita, uma tradução com base em 1889, publicada no Brasil pela editora Pensmento, em 1976.

Já falei em outra oportunidade da poética tradução feita em Portugal, pelo grande Fernando Pessoa, edição da Teosófica, 2011. Existe também apresentação bela feita por Murilo Nunes de Azevedo, monge budista Terra Pura, pela editora Civilização Brasileira, anos 1970.

Blavtsky nasceu e se criou na antiga Rússia, em Astracã, na República da Kalmíkia ou Calmúdia, o único país oficialmente budista (Lamaísta) da Europa. Helena ficava temporadas em casa de sua avó, praticante budista que levava a neta para o Templo do Darma, perto de onde moravam. O avô de Petróvna foi governador na Saratóvia, quando a neta tinha 11 anos.

É um Lamaísmo Esotérico Ocultista que muito influenciou Helena, em suas viagens pela Índia, na maturidade. A missão de Blavatsky foi divulgar esse Caminho ao Ocidente, um Budismo Popular, do povão, da massa da Ásia Central, um Budismo bem místico, bem devocional.

“A Voz do Silêncio” sendo um livro sagrado, na citada região, requer em seus 316 versículos, muitas releituras, interpretações e reflexões.

Uma das recomendações do texto é, ao lermos, ouvirmos o Ensinamento da Natureza Mãe, que o Zen-Budismo costuma chamar de “Natureza Búdica”.

Antes de lermos/relermos cada item, fazermos pequena prece para ajudar no entendimento:

“Ó Mãe Natureza, por favor, abre o nosso Ser, a nossa Alma, abre todas as células físicas e invisíveis para que possamos aprender e apreender melhor tuas santas e Búdicas palavras”.

É um livro auto-iniciático e por isso, nem sempre é fácil a primeira leitura. Mas, aos poucos, vamos compreendendo que, por ser muito simples... se torna hermética a leitura desta bonita Filosofia.



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