Literatura Lamaísta
Ando relendo,
trelendo, polilendo a obra clássica “A Voz da Silêncio”, de Helena Petróvna
Blavatsky, desta feita, uma tradução com base em 1889, publicada no Brasil pela
editora Pensmento, em 1976.
Já falei em outra
oportunidade da poética tradução feita em Portugal, pelo grande Fernando
Pessoa, edição da Teosófica, 2011. Existe também apresentação bela feita por
Murilo Nunes de Azevedo, monge budista Terra Pura, pela editora Civilização
Brasileira, anos 1970.
Blavtsky nasceu e se
criou na antiga Rússia, em Astracã, na República da Kalmíkia ou Calmúdia, o
único país oficialmente budista (Lamaísta) da Europa. Helena ficava temporadas
em casa de sua avó, praticante budista que levava a neta para o Templo do
Darma, perto de onde moravam. O avô de Petróvna foi governador na Saratóvia,
quando a neta tinha 11 anos.
É um Lamaísmo
Esotérico Ocultista que muito influenciou Helena, em suas viagens pela Índia,
na maturidade. A missão de Blavatsky foi divulgar esse Caminho ao Ocidente, um
Budismo Popular, do povão, da massa da Ásia Central, um Budismo bem místico,
bem devocional.
“A Voz do Silêncio”
sendo um livro sagrado, na citada região, requer em seus 316 versículos, muitas
releituras, interpretações e reflexões.
Uma das recomendações
do texto é, ao lermos, ouvirmos o Ensinamento da Natureza Mãe, que o
Zen-Budismo costuma chamar de “Natureza Búdica”.
Antes de
lermos/relermos cada item, fazermos pequena prece para ajudar no entendimento:
“Ó Mãe Natureza, por
favor, abre o nosso Ser, a nossa Alma, abre todas as células físicas e
invisíveis para que possamos aprender e apreender melhor tuas santas e Búdicas
palavras”.
É um livro
auto-iniciático e por isso, nem sempre é fácil a primeira leitura. Mas, aos
poucos, vamos compreendendo que, por ser muito simples... se torna hermética a
leitura desta bonita Filosofia.
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