Verde Esperança
Antonio Carlos Rocha*
João Rodrigo Ostrower é jornalista e
publicitário, quando ele era criança em Nova Iguaçu, RJ, bem ali perto, uma vez por mês,
eu ia visitar a minha tia (mesmo), madrinha (idem) e Mãe de Santo (fato),
pessoa magnífica, já falecida.
A memória desperta, minha irmã, outro
dia, me chamou de saudosista e continuo lendo o ótimo livro “Instantaneamente”,
do João, lançado recentemente pela editora 7 Letras, com ilustrações belas da
Regina de La Rocque Mendes.
É uma coletânea de mini-crônicas, mini-textos, frases, reflexões, postagens na
web.
Rodrigo escreve bem, tem talento, veia
humorística, irreverente. Me fez lembrar daquele maravilhoso estilo
literário-jornalístico que o antigo semanário Pasquim inaugurou. Prossiga João
Rodrigo ! É uma forma diletante de
aprender, empreender, apreender a realidade do “Instante” e, neste sentido nos
remete aos Haikays em forma de prosa.
Curiosamente a capa da frente do livro
tem a cor predominante verde. E daí? Mais uma vez a memória funcionou e eu me
lembrei do Esperança Futebol Clube, time verde e branco da minha querida Nova
Iguaçu. Nasci em Recife, aportei no Rio de Janeiro aos quatro anos e,
mensalmente ia saborear o almoço na casa da Tia Eliza.
Torço por qualquer time verde de branco
em qualquer cidade, estado ou nação, desde que seja exclusivamente ... verde e
branco, não importa a divisão. Claro, escolas de samba e blocos ... sempre
verde e branco, reverenciando a clássica poesia de Gonçalves Dias que muito me
marcou na infância, até copidesquei: “Minha terra tem Palmeiras/onde torço pelo
Gol/Torço também por qualquer/Futebol show ...
Após a sobremesa conversávamos com os
Guias ... naquela forma caseira de Umbanda ... minha personal training na área.
Aos 16 virei budista e trocava figurinhas com os Santos, Espíritos, Forças e
Energias. Eu aprendia sobre a Fé genuinamente brasileira e os amigos
espirituais invisíveis me perguntavam coisas do Budismo, Buda e semelhantes...
De Nova Iguaçu, o João Rodrigo foi
parar em
Londres. Curiosamente, um dia apareci lá, torcendo pelo verde
e branco Celtic. Confesso, esse meu estilo memorialístico tem a ver com o Pedro
Nava, grande escritor brasileiro, grande memorialista de nossas Letras.
Valeu a leitura João Rodrigo !
Nenhum comentário:
Postar um comentário