O Buda Verde e Branco
Outro dia fiquei
pensando sobre o porquê de gostar tanto das cores verde e branca. São vários os
motivos, vou abordar apenas um deles.
Aos16 anos fiquei
fascinado pela Filosofia Budista e li um texto do Zen que me marca até hoje.
Perguntaram ao mestre
Bassui (1327-1387) quem era o Mestre dele? Bassui vivia em uma cabana nas
montanhas japonesas, muito conhecido pela simplicidade tinha vários discípulos,
até o governador da província contava-se entre os admiradores e o presenteou,
certa feita, com um terreno para construir um mosteiro que existe até hoje, o
Kogaku-Ji (um dos ramos do Budismo Rinzai).
Poeticamente respondeu
Bassui: “O universo e você pertencem à mesma raiz; você e qualquer outra
simples coisa são uma unidade. O murmúrio do córrego e o suspiro do vento são
as vozes do Mestre. O verde do pinheiro, a brancura da neve – estas são as
cores do Mestre, aquele mesmo que levanta as mãos, move as pernas, vê, ouve.
Aquele que assimilar isso diretamente, sem recurso da razão e do intelecto,
pode-se dizer possuir algum grau de realização interior”.
Tempos depois vi que
na antiga China haviam diversas imagens do Buddha em jade, em pedras preciosas
verdes, indicando a iluminação da Natureza. Em Bangkok, capital da Tailândia,
existe a famosa imagem do Buddha Verde de esmeralda e como já trazia da
infância a ligação com a Energia Esotérica/Espiritualista Verde foi tranqüila a
aceitação em cromoterapia do verde e branco.
O Zen afirma: Buddha é
o ecossistema, as folhas, as montanhas, o ar que respiramos... tudo é Buddha,
eis o estado máximo de comunhão com tudo o que respira, incluindo as pedras,
rochas, areias das margens dos rios.
No Ocidente chamamos
Deus, Poderoso Criador El Shaddai, na Ásia chamam de Adhi-Buddha, o Buddha
Primodial. Idem ... idem ...
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