segunda-feira, 14 de maio de 2012

Leitura Iluminada

"Se você recitar os Sutras com todo o coração, não haverá diferença entre Zazen (meditação sentada) e a sua recitação". (página 82, Elementos do Zen, Ediouro, 1993)


- Ensinamento do grande mestre Yasutani (1885-1973), ele foi mestre de muitos mestres que divulgaram o Zen, no Ocidente, no século XX: Maezumi, Kapleau e Aitken).

domingo, 13 de maio de 2012

Dia das Mães


As Mães e o Sutra Lótus

Na página 358 do Sutra Lótus, edição em português, publicada nos EEUU, em New Jersey lemos:

“Ó Bhagavant,
És o Condutor,
És o Guia,
És o Mestre do mundo e de seus Deuses,
És o Dispensador do alívio,
Honrado pelos homens e pelos Deuses.
Também nós agora, Ó Senhor,
Estamos felizes”.

A estrofe acima foi pronunciada por Mahaprajapati (tia-mãe-madrasta) de Buddha e por Yashodara (esposa de Sidarta Gautama e mãe de Rahula, filho do casal búdico).

Elas se faziam acompanhar por uma falange com mais de 8 mil espíritos mulheres.

Na ocasião, o Mestre Buddha afirmou que as duas,  futuramente, atingiriam o Estado de Iluminação.

Mahaprajapati era mãe carnal de Ananda (primo-irmão de Sidarta), que foi o fiel escudeiro, uma espécie de secretário particular do Mestre.

Nesta citada edição, a palavra “Deuses” vem sempre com a primeira letra em maiúscula.

Em uma linguagem contemporânea, identificamos estes Deuses como Espíritos de Luz.

Parabéns e reverências a todas as mães, do passado, do presente e do futuro.

sábado, 12 de maio de 2012

O Mantra da Compaixão


Marcelle Lalou foi diretor da Escola de Altos Estudos de Paris, seu livro “Las Religiones del Tibet”, editora Barral, Barcelona, 1974, nos diz à página 29 importante assunto:

“Om Mani Padme Hum é o Mantra (jaculatória místico-esotérica) do Bodhisatva da Compaixão (...) Traduzido comumente por “Salve, ó Jóia do Lótus”, seu verdadeiro significado é muito mais complexo e profundo, estando relacionadas, cada uma de suas seis sílabas, com multidão de conceitos e símbolos doutrinais. De um modo geral o sentido das palavras centrais do Mantra, Mani (jóia) e Padme (forma vocativa de Padma, Flor de Lótus) pode ser interpretado como: “O conhecimento da Realidade se encontra no coração da Doutrina”, sendo Om e Hum os símbolos orais do corpo e do espírito, respectivamente”.

As seis sílabas nos remetem às Seis Perfeições: 1) Generosidade, oferta, serviço, caridade ; 2) Plena Atenção, a prática da meditação, da introspecção, do relaxamento, da serenidade, da tranqüilidade ; 3) Tolerância, paciência, suportar e transformar as coisas ruins em boas ; 4) Perseverança, esforço correto, energia, dedicação para superar questões adversas ; 5) Meditação, aquietamento, silêncio ; 6) Sabedoria, requisito básico para vivermos bem em todos os momentos.

Observe que, cada um dos itens acima citados tem os seus desdobramentos e assim vamos aprendendo e praticando a Doutrina Budista.

Logo, “Om Mani Padme Hum” pode ser vivenciado como uma síntese do Caminho que o Buddha ensinou.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sutra Lótus em Português


A editora Primordia, de New Jersey, Estados Unidos, publicou em português, uma excelente tradução do “Sutra do Lótus da Verdadeira Doutrina”.

Inicialmente foi feita uma versão do original em sânscrito “Saddharmapundarika Sutra” para o espanhol, através dos especialistas Fernando Tola e Carmen Dragonetti. Em seguida, a versão para a nossa língua esteve a cargo do professor doutor da USP, Carlos Alberto da Fonseca.

Para os países de língua hispânica, a editora mexicana Fondo de Cultura Econômica está fazendo a distribuição. Para o Brasil, Portugal e países africanos lusófonos a distribuição é via a linhagem Tendai de São Paulo: Tendai Hokke Ichijo Ryu do Brasil – Templo Kongozan Ichijoji e Templo Tzong Kwan.


São 624 páginas, 729 notas de pé de página e um ótimo índice de subtítulos, magnífico sumário explicativo.

Fernando e Carmen são antigos professores doutores e pesquisadores da Universidade de São Marcos, em Lima, Peru. Eles receberam uma bolsa de estudos para o programa de tradução, em 1989, do Instituto Internacional de Estudos Budistas na sede mundial da linhagem Reiyukai, em Tókyo. Um trabalho primoroso que demorou 10 anos.

O livro é uma preciosidade, impossível não elogiá-lo e reverenciá-lo. Nossa gratidão aos editores e distribuidores.


www.tendaihokkedobrasil.blinkweb.com  =  Budismo Ekayana.


domingo, 6 de maio de 2012

Eleições e Religiões


Para os que desejarem fazer uma reflexão sobre o atualíssimo tema que o título sugere, recomendamos a leitura de “Gramsci e a Questão Religiosa”, de Hugues Portelli, da católica Edições Paulinas, 1984. O autor é professor doutor em Ciências Políticas na Universidade de Paris-Nanterre.

“A história do Cristianismo primitivo oferece curiosos pontos de contacto com o movimento operário moderno. Como este, o Cristianismo era, na origem, o movimento dos oprimidos: apareceu inicialmente como a religião dos escravos e dos libertos, dos pobres e dos homens privados de direitos, dos povos subjugados ou dispersos por Roma. Ambos, tanto o Cristianismo como o socialismo operário pregam uma libertação próxima da servidão e da miséria”.

“Num artigo de 04/09/1920, Gramsci comparava a revolução comunista e o cristianismo primitivo. Para além desta comparação, é interessante notar que ele considerava o Cristianismo como modelo de uma revolução que foi até o fim de seu desenvolvimento. Para Sorel como para a doutrina marxista, o Cristianismo representa uma revolução na plenitude de seu desenvolvimento, isto é, uma revolução que foi até suas conseqüências extremas, até a criação de um sistema novo e original de relações morais, jurídicas, filosóficas, artísticas.” (Confiram na página 47).

Convém lembrar que Antonio Gramsci (1891-1937) foi um dos fundadores do PCI – Partido Comunista Italiano. Conceituado filósofo, cientista político, deputado. Foi preso pelo fascismo e condenado a 20 anos de prisão. Pouco antes de morrer, com a saúde debilitada foi libertado.

Resumindo: o Cristianismo é uma revolução que até hoje vem dando certo. Claro, há os seus desvios, como tudo nessa vida. Logo, não se pode, simplesmente ignorar, não tratar deste assunto.

Partidos políticos agem como igrejas e vice-versa: “A história dos partidos e das correntes políticas não pode ser separada daquela dos grupos e das tendências religiosas”. (página 37).

Portanto, penso que as religiões podem e devem influir nos processos políticos e eleitorais, em qualquer país do mundo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Linguagem da Indisciplina


O que este excesso de indisciplina está querendo dizer? Quase que diariamente a mídia noticia. Na verdade, a indisciplina é um recado, é mensagem, é um tipo contemporâneo de informação, de rebeldia. Os mais apressados colocam a culpa nos professores, mas já estão aparecendo estudos sérios nas áreas de psicologia, filosofia, educação, pedagogia, economia e política sobre o assunto. É muito fácil colocar a culpa nos professores, é um discurso dos governos (não estamos generalizando) para não aumentarem dignamente, decentemente os salários dos professores e a grande imprensa ao divulgar a postura desses governos tem os seus interesses de classe, de elitismo e de perpetuação de exploração das massas. Criticar os docentes, infelizmente é um pensamento equivocado que é repetido por muitos.

A revista Educação (  www.revistaeducacao.com.br  ), nº 180, do mês de abril de 2012, tem importante matéria sobre o tema.

Na página 18 informa que “A indisciplina é um dos fenômenos mais complexos da realidade atual das escolas. Recentemente ela tem se tornado um grande obstáculo à ação educativa. Não se trata, é bom frisar da indisciplina do passado. As características agora são outras”.

Na página 38, outro artigo fala das “Trincheiras do Ensino (...) enfermidade de guerra (...) Transtorno de Estresse Pós-Traumático começa a ser detectado em professores vítimas de violência em sala de aula”. A citada doença antigamente acometia os soldados que voltavam das duas grandes guerras mundiais e da guerra do Vietnã.

Observe que existe a violência física, verbal, gestual, das mais diversas formas em sala de aula.

Existe também a violência econômica por parte dos governos que pagam mal (repetimos, não estamos falando de todos) os professores e demais profissionais da área escolar.

Logo no início da revista, página 9, a editora afirma: “O fato de o Estresse Pós-Traumático, um transtorno catalogado em decorrência da Guerra do Vietnã, ter chegado à escola mostra que, em muitos lugares, a sala de aula se transformou em um verdadeiro cenário de guerra. Ao mesmo tempo indica que, em geral, não há amparo suficiente nem por parte da escola nem por parte do poder público para resolver esse tipo de ocorrência”.

- o texto acima é parte do jornalzinho artesanal do Grêmio da Escola Estadual Assis Chateaubriand, Duque de Caxias, RJ, Baixada Fluminense.

www.gremioeassisc.blogspot.com
 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Farmacêuticos Sem Fronteiras

Hoje, 01/05/2012, Dia Internacional do Trabalho, quero destacar um trabalho muito bonito e caridoso, generoso que a instituição está fazendo.


Farmaceuticos Sin Fronteras España estão ajudando na construção e manutenção do único Hospital Infantil da Guatemala.


Merece divulgação. Um belo e importante trabalho.


www.farceuticossinfronteras.org