O
que este excesso de indisciplina está querendo dizer? Quase que diariamente a
mídia noticia. Na verdade, a indisciplina é um recado, é mensagem, é um tipo
contemporâneo de informação, de rebeldia. Os mais apressados colocam a culpa
nos professores, mas já estão aparecendo estudos sérios nas áreas de
psicologia, filosofia, educação, pedagogia, economia e política sobre o
assunto. É muito fácil colocar a culpa nos professores, é um discurso dos
governos (não estamos generalizando) para não aumentarem dignamente,
decentemente os salários dos professores e a grande imprensa ao divulgar a
postura desses governos tem os seus interesses de classe, de elitismo e de perpetuação
de exploração das massas. Criticar os docentes, infelizmente é um pensamento
equivocado que é repetido por muitos.
A
revista Educação ( www.revistaeducacao.com.br ), nº 180, do mês de abril de 2012, tem
importante matéria sobre o tema.
Na
página 18 informa que “A indisciplina é um dos fenômenos mais complexos da
realidade atual das escolas. Recentemente ela tem se tornado um grande
obstáculo à ação educativa. Não se trata, é bom frisar da indisciplina
do passado. As características agora são outras”.
Na
página 38, outro artigo fala das “Trincheiras do Ensino (...) enfermidade de
guerra (...) Transtorno de Estresse Pós-Traumático começa a ser detectado em
professores vítimas de violência em sala de aula”. A citada doença antigamente
acometia os soldados que voltavam das duas grandes guerras mundiais e da guerra
do Vietnã.
Observe
que existe a violência física, verbal, gestual, das mais diversas formas em
sala de aula.
Existe
também a violência econômica por parte dos governos que pagam mal (repetimos,
não estamos falando de todos) os professores e demais profissionais da área
escolar.
Logo
no início da revista, página 9,
a editora afirma: “O fato de o Estresse Pós-Traumático,
um transtorno catalogado em decorrência da Guerra do Vietnã, ter chegado à
escola mostra que, em muitos lugares, a sala de aula se transformou em um
verdadeiro cenário de guerra. Ao mesmo tempo indica que, em geral, não há
amparo suficiente nem por parte da escola nem por parte do poder público para
resolver esse tipo de ocorrência”.
- o texto acima é parte do jornalzinho artesanal do Grêmio da Escola Estadual Assis Chateaubriand, Duque de Caxias, RJ, Baixada Fluminense.
www.gremioeassisc.blogspot.com
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