sábado, 6 de julho de 2013

TPMs - Temperaturas Pós-Modernas



TPMs – Temperaturas Pós-Modernas

Antonio Carlos Rocha

Para tentar entender o que está acontecendo fui reler o ótimo “O que é Pós-Moderno”, de Jair Ferreira dos Santos, editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, nº 165, 120 páginas. É de 1986, mas sinaliza para muita coisa que estamos vivendo hoje.

Com todo o respeito, penso que as autoridades não estão entendendo ou não querem ver, ou tem medo de que uma grande mudança está começando a ocorrer. Uma espécie de “apocalipse” tupiniquim, tsunami das massas. A palavra citada entre aspas tem uma nova abordagem no texto do poeta Jair. É possível que, com esta reviravolta, eles percam privilégios seculares reinantes desde 1500. É possível que todos percam de uma forma ou de outra, mas daqui para frente é um mix que vai de Nietzsche a Marx passando pelo Transcendente, numa geléia gandaia gósmica (o cosmos vai virar uma gosma...).

Surpreende tradicionais esquerdistas com um discurso bem conservador. Seria melhor desapegarem-se de seus cargos e, às claras, de forma transparente, dialogar, sem pré-requisitos secretos. É o fim da Res-Pública? Vá lá que seja... como diz o grande jornalista Helio Fernandes... Falam em retrocesso? Mas a Física Quântica (presente na pós-modernidade) informa que tudo é uma questão de olhar...

Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação (que danação...) está na hora dos eleitos abdicarem dos seus cargos, postos e somarem para o bem comum. É uma “revolução”? Parece que sim... esperamos que seja pacífica...

Quem será que tem a coragem e humildade de falar: falhei... me enganei, o povo quer coisa melhor e nós não estamos sabendo (ou não estamos querendo) realizar estas mudanças....

Uns dizem que é coisa do fascismo, da direita neoliberal, comentei isso com o meu amigo maoísta que está nas manifestações e ele sorriu, deve ter um ou outro, mas a grande maioria são jovens de todas as idades querendo algo novo, consoante os novos tempos pós-modernos. Mao é Pop, diz a pós-modernidade...

Há quem afirme que a TPM – Teoria Pós-Moderna é uma jogada de direita, mas eles se esquecem que para se perpetuarem no poder – a tal governabilidade -, aliaram-se aos direitistas neoliberais e afins. Até entendo, mas trocaram 6 por meia dúzia.

Outros dizem que esse papo de pós-modernidade não existe. Já está ultrapassado.

Pode até ser, mas esqueceram de Trotsky quando afirmou que a revolução é permanente, não para. A revolução permanente é pacífica, todo dia, desconcertando, desconectando, desalojando os poderes...

Na página 108 do livro citado, Santos diz: “desreferencialização do Real, desmaterialização da Economia, desestetização da Arte, desconstrução da Filosofia, despolitização da Sociedade, dessubstancialização do sujeito, e outros des...”. A soma algébrica é o zero, o nada, o vazio do Zen, ZeNietzsche.

E assim chegamos aos Anartistas... artistas...

Importante: despolitização não é alienação, há que se incluir antipolíticos, apolíticos, anapolíticos (lembremos dos anabatistas – protestantes) e outros mais... por isso já falam em candidatos avultos, sem partidos... há espaço para todos...

Li alhures que 2014 é a queda da bastilha brasileira... vai ser divertido... informa respeitado pedetista.



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