“Longe de nós a intenção de criticar os comunistas de convicção sincera que desejavam estabelecer sobre a Terra o regime social que reina provavelmente nos mundos superiores, (o grifo é nosso), onde todos trabalham para cada um e para todos, com um espírito de abnegação, de devotamento absoluto a uma causa comum. Esse regime exige qualidades morais e sentimentos de altruísmo que só se vêem em raras exceções nesse nosso mundo egoísta e arcaico.
“Poderia-se fazer, nas teorias comunistas, a comunicação das aspirações grandiosas, mas seria fácil demonstrar o quanto elas são prematuras e inaplicáveis na sociedade atual. Seriam necessário séculos de cultura moral e de educação popular para levar o espírito humano ao estado de perfeição necessária a uma tal ordem de coisas (...) imbuídos de fé e espírito de sacrifício”.
Mundos superiores, são os planos celestiais invisíveis para muitos, que existem no astral, onde moram anjos, arcanjos, iluminados, espíritos de luz e afins. São mundos paradisíacos, tipo o Nirvana dos budistas e o Reino dos Céus dos cristãos.
Por isso o comunismo ainda não aconteceu neste planeta terra. Segundo o professor de filosofia francês, só daqui a muitos séculos... gostei quando ele iguala o comunismo a um estado de perfeição...
Por isso, registramos, o comunismo ainda é uma utopia religiosa... se vai se concretizar no plano físico... quem sabe daqui a alguns milênios... e se não existir mais espécie humana, é confortante saber que ele já existe nos mundos superiores...
O livro em questão foi publicado em 1998, pelo CELD – Centro Espírita Leon Denis, Bento Ribeiro, RJ.
Um comentário:
Meu irmão Antonio:
Muito ocupa minhas reflexões essa questão do que somos, do que deveríamos ser e/ou do que viríamos a ser.
Entre estas três possibilidades, vislumbro a sagrada memória divina porque, seja em qualquer uma dessas etapas, nós sempre estaremos no Caminho.
E estar no Caminho é reconhecer em si mesmo esses três momentos do que chamamos "tempo".
Daí, não é difícil, sequer impossível, porém não muito fácil, reconheço, estabelecer uma visão comunitária aqui no plano Terra e uma expectativa solidária no mundo espiritual.
Lembro que, se não me engano no final do século XIX, um escritor russo abandonou a sociedade e viveu um estilo de vida que chamaríamos na década de 1970 de "hippie" e, hoje em dia, de Espiritualista.
Assim também procuro ser e estar neste nosso plano terrestre.
Bela reflexão a sua, e dela fiz uso para compreender mais um pouco o que meus olhos de dentro veem.
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