O título acima vem do
livro “A Doutrina Zen da Não - Mente”, editora Pensamento, 1989, do falecido
pensador Daisetz Teitaro Suzuki, professor de Filosofia Budista, na
Universidade Otani, Japão.
Vejamos uma bela
passagem da página 64:
“ - Portar-se como se
nada estivesse acontecendo, ficar em estado de não – mente, completamente
independente de todas as coisas, que nome teria um ser assim? – pergunta o
discípulo.
- Vajra, o Mahasatva (Grande
Ser) é o seu nome – responde o mestre Hui Neng.
- E qual a sua forma?
- Desde o princípio
ele não tem forma.
- Se ele não tem
forma, o que é conhecido pelo nome de Vajra, o Grande Ser?
- Chama-se Vajra, o
Grande Sem Forma.
- Que méritos tem?
E Hui Neng (638-713),
o Sexto Patriarca do Zen afirma:
- Quando os seus
pensamentos, mesmo que seja um só deles, entram em correspondência com Vajra,
você torna-se capaz de apagar todas as ofensas graves que cometeu enquanto
atravessava os ciclos de nascimento e morte durante kalpas, tão numerosos
quantos são os grãos de areia do Ganga (rio Ganges, na Índia). Os méritos deste
Vajra, o Grande, são imensuráveis; não há palavra que a boca profira capaz de expressá-los,
não existe mente capaz de descrevê-los; mesmo que se viva tantas idades quantos
são os grãos de areia no Ganga, e se fale sobre eles, não será possível contá-los.”
O Diccionario Budista,
editorial Kier, Buenos Aires, 1989 esclarece:
“Vajra, do sânscrito: diamante,
raio, centelha, o poder adamantino da verdade”.
“Vajradhara, o Buddha
Supremo”.
Podemos também
chamá-lo de Buda Primordial e, na linguagem ocidental: Deus.