domingo, 29 de abril de 2012

Doutrina Zen


O título acima vem do livro “A Doutrina Zen da Não - Mente”, editora Pensamento, 1989, do falecido pensador Daisetz Teitaro Suzuki, professor de Filosofia Budista, na Universidade Otani, Japão.

Vejamos uma bela passagem da página 64:

“ - Portar-se como se nada estivesse acontecendo, ficar em estado de não – mente, completamente independente de todas as coisas, que nome teria um ser assim? – pergunta o discípulo.

- Vajra, o Mahasatva (Grande Ser) é o seu nome – responde o mestre Hui Neng.

- E qual a sua forma?

- Desde o princípio ele não tem forma.

- Se ele não tem forma, o que é conhecido pelo nome de Vajra, o Grande Ser?

- Chama-se Vajra, o Grande Sem Forma.

- Que méritos tem?

E Hui Neng (638-713), o Sexto Patriarca do Zen afirma:

- Quando os seus pensamentos, mesmo que seja um só deles, entram em correspondência com Vajra, você torna-se capaz de apagar todas as ofensas graves que cometeu enquanto atravessava os ciclos de nascimento e morte durante kalpas, tão numerosos quantos são os grãos de areia do Ganga (rio Ganges, na Índia). Os méritos deste Vajra, o Grande, são imensuráveis; não há palavra que a boca profira capaz de expressá-los, não existe mente capaz de descrevê-los; mesmo que se viva tantas idades quantos são os grãos de areia no Ganga, e se fale sobre eles, não será possível contá-los.”

O Diccionario Budista, editorial Kier, Buenos Aires, 1989 esclarece:
“Vajra, do sânscrito: diamante, raio, centelha, o poder adamantino da verdade”.

“Vajradhara, o Buddha Supremo”.

Podemos também chamá-lo de Buda Primordial e, na linguagem ocidental: Deus.



















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