Homenagem
a Clara Vignolli
Clara Vignolli, estudante de Biologia, cheia de energia aos
21 anos, quis recuperar o solo batido (caso dos canteiros da área grande e
pequena da Praça Odylo Costa Neto, em Santa Teresa), sem uso de adubos químicos,
remédios e sim de forma natural e gradativa.
Nos orientou que com as sementes de cosmos, dos
amendoins, sementes de feijões de vários tipos; pretos, brancos, azuki,
moiache, sementes das abóboras e dos girassóis poderíamos recuperar as
praças.
Iniciamos o plantio. Todos puderam ver as sementes
começarem a crescer no solo batido onde um prego entrava com dificuldade e,
magicamente, se transformaram; foram plantados, com a orientação de
Clara, Noni Ostrower, Sérgio Teixeira, Ellen Nas, Marly, Virgílio de Souza, editor
do jornal mensal Capital Cultural, Teresa Cristina, Thais Aguiar, Miro, Lea
Tiriba, Lia Seling, Antonio Rocha, Claudia Schuch, Pablo Pires Ferreira, Cláudio
Bornstein, Lucia Mazzilllo, Lúcio Lambert, Jussara Paschoal, Gabriel Perugine,
Mônica Machado, Juarez Quirino, e seu filho de 8 anos, Sebastião, junto com
crianças que apareciam, e mais algumas pessoas que não sei o nome. Paulo Saad,
presidente da Amast, adorava o que fazíamos.
Esse trabalho de semear fazia parte da etapa para recuperar
o solo sem remédios e sem adubos químicos. Quando o solo começou a responder
plantaram mudas e mudas de plantas que viriam enfeitar a praça.
Clara sonhava, como muitos moradores, de se aproveitar as
folhas das árvores e criar uma composteira (foto em anexo). Acabou se mudando
do bairro e aos poucos se desligou do projeto; sem a sua liderança e como
muitas mudas eram arrancadas, carregadas ou pisadas, quase todos debandaram
após. Clara criou um texto (anexo) didático que era distribuído na Praça
sensibilizando as pessoas sobre a importância da compostagem.
A monografia de formatura de Clara Vignolli foi sobre a
recuperação da Praça.
Há 2 meses algumas pessoas da Comlurb acabara, com todas os
verdes pequenos da praça. Só ficaram terra e árvores. Após outra gritaria dos moradores;
o Parques e Jardins, a Comlurb, a Amast, a Subprefeitura e a Administração Regional
de Santa Teresa, resolveram cuidar da praça.
Ontem, dia 4/4, 2 meses depois: encontrei os canteiros
cheios de Carurú e Tiririca (sinal de que o solo está pronto para receber
mudas).
O trabalho de clara não será esquecido por todas essas
pessoas que acreditaram nela.
Hoje, quem quiser trabalhar na praça, poderá plantar
qualquer coisa que queira, pois com certeza crescerá, caso não arranquem.
Heloisa Pires Ferreira – Santa
Teresa, 5 de abril, 2014.
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