sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Desconstruir Mitos



Desconstruindo os Mitos

Mitos foram pessoas de carne e osso, hoje são Espíritos de Luz.

Alguém pode afirmar que é redundante ou pleonasmo afirmar “pessoa de carne e osso”, mas de acordo com a filosofia budista: árvores são pessoas vegetais, pedras são pessoas minerais, animais também são pessoas, bactérias são pessoas e, existem as pessoas dos reinos (veja o plural) invisíveis.

Quem, na atualidade, reabriu a questão de que os mitos foram, de fato, seres humanos andando pela Terra, foi o escritor budista japonês Ryuho Okawa, ele é muito conhecido e popular na Ásia, onde já vendeu mais de 100 milhões de exemplares dos seus quase 900 (isso mesmo, novecentos) livros publicados.

Faz sentido. Certa feita Einstein afirmou que belo dia irão afirmar que Gandhi é um mito, o mito da bondade, da ternura. Há quem diga que Jesus não existiu, Buda muito menos, seguindo esta seqüência, Okawa afirma que os deuses da Mitologia grega foram todos... pessoas reais, não mitológicas. Há quem afirme que os personagens bíblicos são mitos, discordo, a meu ver, foram pessoas e hoje são Espíritos de Luz.

A provocação é boa ! Ainda que a psicanálise, a psicologia e outras mais tenham estudado as mitologias da forma como conhecemos tradicionalmente e considerando que o século XXI caracteriza-se por desconstruirmos várias coisas, chegou a hora de desconstruirmos as mitologias. As interpretações das correntes “psis” são apenas interpretações... desconstruir as mitologias é real.

Aliás, quando o Jornal do Brasil, ainda era impresso, publicou notícia informando que um partido nacionalista na Índia estava advogando que os deuses do Hinduísmo eram reais e transformaram o deus Rama em herói nacional. Parece que eleitores e admiradores do citado partido gostaram da “novidade” (muito antiga) e passaram a ver em Rama, vide o grande poema épico da língua sânscrita, o Ramayana, o grande herói daquele povo.

Nós tupiniquins precisamos então ver os nossos “mitos” como seres reais... quem sabe assim o Brasil melhora eticamente.

Portanto, a nosso ver, Tupã, de fato, caminhou pelas matas brasileiras e hoje é um Grande Espírito de Luz.


domingo, 23 de setembro de 2012

Santa Kwan Yin



Belos Raios da Ametista

Há uma nova casa publicadora no mercado espiritualista brasileiro, por sinal ótima. Chama-se Editora Santa Ametista:



É de Santa Cruz do Sul, RS, especializada no Movimento Saint German, Chama Violeta, Mestres Ascencionados.

Está traduzindo os ótimos livros que vem do Panamá.

www. serapisbey.com

Tenho em mãos o lindo volume “Kwan Yin”, 120 páginas, um dos itens da série “Jornal da Ponte Para a Liberdade”

Parabéns ao tradutor João Carlos Lucas pelo excelente trabalho. Até agora já são 14 tomos.

Convém lembrar que Kwan Yin, em chinês; é Tara em tibetano; Kwannon em japonês. Nossa Senhora em português... nossa gratidão...

Energia Feminina da Compaixão, da Iluminação do Senhor Buda. Na antiga língua sânscrita que habitava na Índia... Maha (grande) Karuna (misericórdia).

Um dos capítulos do Sutra Lótus.










sábado, 22 de setembro de 2012

Mensagem de Gandhi

"A Alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita".

Confiram a fonte: Agenda 2013, edições Paulinas. www.paulinas.org
 
Esta reflexão do Mahatma é muito oportuna e importante. Nos diz que, mesmo no sofrimento deve haver alegria, uma poderosa energia transformadora e pacífica.

A Bíblia fala parecido: "Em tudo dai graças".

Gandhi certamente aproximou o versículo  acima com o tema budista do sofrimento. 

Ou seja, até no sofrimento, em qualquer momento, devemos ter a alegria criadora que é um dos fatores da iluminação ensinados pelo Senhor Buda.

domingo, 16 de setembro de 2012

Caminhada das Religiões em Copacabana



     "É claro que me sinto surpreso em saber que o número de pessoas ultrapassou o que a Comissão (de Combate à Intolerância Religiosa) esperava. Tínhamos o objetivo de levar 200 mil para a Avenida Atlântica. Dez mil além do esperado só mostra o quanto o esforço desse trabalho, por um Brasil democrático e onde as pessoas respeitam os credos alheios, tem conquistado todos os setores da sociedade", disse o interlocutor do grupo de vários segmentos religiosos, babalawo Ivanir dos Santos, ao ser informado sobre o número de participantes, ao fim da Quinta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que ocorreu hoje, na Praia de Copacabana. Segundo a coordenação de Infraestrutura do evento, 45 mil assistiram ao espetáculo da cantora Margareth Menezes, principal atividade cultural da Caminhada, na Praça do Lido.
     Desde o início de setembro, a Comissão enviou aos candidatos a prefeito do Rio de Janeiro uma carta-compromisso, a fim de que a liberdade religiosa esteja garantida por aquele que assumir. O atual prefeito, Eduardo Paes, foi representado pelo vice de sua chapa, Adilson Pires. Marcelo Freixo (PSOL) fez questão de assinar o documento e acompanhar os caminhantes na Princesinha do Mar. Cyro Garcia (PSTU) e Otávio Leite (PSDB) se manifestaram com interesse em assinar, porém pediram à Comissão de Combate à Intolerância Religiosa que outra oportunidade fosse estudada por conta de compromissos com agendas de campanhas.
      Dessa forma, na presença de mais de 25 representações religiosas e de várias autoridades, incluindo a chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), delegada Marta Rocha, Freixo comprometeu-se com uma administração "em que o medo de ser livre, de qualquer forma, não exista". Aplaudido, o candidato do PSOL recebeu das mãos de Ivanir dos Santos o livro "Caminhando a Gente se Entende", lançado em janeiro deste ano, com imagens das quatro caminhadas anteriores. "Assinar a carta é muito importante. No entanto, a prática é essencial para que se acabe de verdade com as exclusões", declarou Marcelo Freixo.
     “Uma coisa que tem crescido no Brasil é a ideia fascista de que só tem um caminho. Isso vem interferindo na educação e no mercado de trabalho, por exemplo, porque excluiu pessoas de oportunidades com base na opção religiosa”, disse o babalawo após a fala de Marcelo Freixo.
     Depois da coletiva de imprensa, dezenas de ônibus, vans e carros lotados chegavam de vários lugares à concentração, no Posto Seis. A Quinta Caminhada contou com participantes de Pernambuco, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e diversos municípios do Estado do Rio. Mesmo com sol forte, as pessoas entoaram cânticos religiosos e exibiram dezenas de faixas com pedidos de aplicação da Lei 10.639/03, que prevê a implementação dos estudos das histórias da África e da Cultura Afro-brasileira nas escolas de todo o País, além do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
     Chamada por Santos de "ministra do povo", Luíza Bairros (Seppir) andou com os religiosos desde a concentração até o fim da apresentação de Margareth Menezes e, no carro de som, dedicou suas falas aos clamores de liberdade. " Eu estou muito emocionada de ver tanta gente em prol de uma causa tão nobre. Respeitar o próximo é fundamental para um convívio de paz e por um Brasil realmente de todos. Parabéns para a Comissão, parabéns, Ivanir, por conseguir articular todas essas religiões", falou.
     Diversos segmentos foram solidários aos muçulmanos por conta do filme "Innocence of Muslims", que trata de uma suposta biografia do profeta Muhammad, estereotipando-o como homossexual, mulherengo e pedófilo. O grupo deixou claro seu repúdio contra a obra e declarou apoio aos seguidores do Islamismo, afirmando que nenhum desrespeito religioso pode ser permitido.
      Margarteh Menezes subiu ao primeiro trio às 15h e conseguiu animar até mesmo a ministra Luíza Bairros, que, meio aos populares, dançou até o fim. Antes de fechar o repertório, Menezes agradeceu o apoio da Rede Globo, o patrocínio da Petrobras, aos órgãos municipais e estaduais que trabalharam pelo bom andamento da Caminhada, e passou a palavra ao interlocutor. "Nós, religiosos, estamos de parabéns. Mostramos, mais uma vez, que além de possível é maravilhoso aprender um pouco um do outro e não aceitar que nos demonizem, principalmente a Umbanda e o Candomblé. Esta foi uma caminhada que teve muitas dificuldades para sair, mas Ifá (conjunto de sabedoria divina para seguidores do Candomblé) não mente, e todo verdadeiro religioso vence por confiar no Divino", finalizou Ivanir dos Santos.
      

Ricardo Rubim
Coordenador de Comunicação
CEAP - Centro de Articulação de Populações Marginalizadas/Comissão de Combate à Intolerância Religiosa

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ciência e Religião



MEXICO
Livro de filósofo aproxima ciência à religião
ALC

Cidade do México, quinta-feira, 13 de setembro de 2012 (ALC) - A religião deve ser levada a sério, seja a pessoa religiosa ou não, como um sinal de respeito à realidade, arrola o professor Ramón María Nogués, da Universidade Autônoma de Barcelona, em recente livro publicado pela Editora Nirvana sob o título "Deuses, crenças e neurônios".

Ramón é professor de Antropologia e Biologia. Ele tem formação em Pedagogia, Teologia e Filosofia, e trabalha em genética de populações humanas isoladas.

"Uma manifestação religiosa digna, culturalmente compatível e intelectualmente qualificada, pode ser um referente interessante e sugestivo do eterno e difícil vislumbre de Deus", disse Maria Nogués para a agência EFE. Ele aborda entre outros temas, no livro, do papel do cérebro na experiência religiosa. 

"Deuses, crenças e neurônios" toca em situações que fazem fronteira entre a mística e o patológico, o estatuto científico da religião, a crítica excessiva que a religião sofre, o valor evolutivo das crenças, seus aportes mais recentes à chamada “neuroreligião”.

------------------------
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
Edição em português: Rua Ernesto Silva, 83/301, 93042-740 - São Leopoldo - RS - Brasil
Tel. (+55) 51 3592 0416

domingo, 9 de setembro de 2012

Poética do Bairro



Santa Teresa para se Viver

A música da construção do
Comum para todos nós, em
Nosso local-bairro-cidade-
País !

A gestão da Amast, nesse
Primeiro ano sem o bonde que
Queremos – popular, seguro,
Aberto, em toda nossa história
- Teve missão árdua de 
Metamorfosear luto em luta.

A Amast na gestão que ora se
Segue continuará insistindo,
Persistindo, na luta contra os
Poderes da destruição, como há
Tantos anos.

É na resistência que
Re-existiremos nesse caminhar
Turbulento, incansável.

E ainda que meio divididos,
Com opiniões e ações diversas,
Venceremos !

Santa Teresa para se viver é
Verde, com o nosso bondinho e
Gorgeia em políticas da
Amizade, de vizinhança, da
Alegria, desde para sempre.

- Ana Lúcia M. Bastos, setembro de 2012.

- Poesia em homenagem à Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, RJ.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Artes PLásticas



Pintando Templos

“Os textos referentes à pintura religiosa pretendem que o próprio Buda sugerira o seguinte programa para a decoração do Mosteiro Jetavana, fundado por Anathapindika: “Quais os locais que devemos cobrir com pinturas e o que devemos representar?”, perguntavam os sacerdotes a Buda.

“Na parte da entrada, um yaksha (espírito encarregado de defender a fé e que representa o gênio da fecundidade e da abundância), com um espada na mão. No vestíbulo, o Grande Milagre (visão de grande números de Budas) e o ciclo da Roda (a doutrina), com as suas cinco partes. Na sala das colunas, a coroa dos renascimentos (jatakas). Na entrada da câmra dos perfumes, yakshas segurando uma grinalda. Na sala das cerimônias, staviras e monges explicando a lei. No refeitório, yakshas transportando alimentos. À entrada do armazém, yakshas trazendo nas mãos jarros de metal. Na sala de água, nagas enfeitados (espíritos de cobras, espíritos de serpentes) transportando vasos de metal nas mãos. Nos balneários e estufas, cenas de devaduta-sutra (os mensageiros dos Deuses, espíritos de Luz) e a série de infernos. Na enfermaria, o Tathágata (Buda) trazendo a consolação. Nas latrinas, cemitérios pavorosos. Nas celas, um esqueleto e ossadas com uma caveira”.

O trecho está nas páginas 113 e 114, do livro “Índia”, editorial Verbo, Lisboa, 1969. Autores: Ernest Diez e Klaus Fischer, com inúmeras fotos, desenhos e ilustrações.

Os autores afirmam, há quem discorde dessas orientações de Buda, mas a verdade é, com estas instruções, Buda abriu um campo inesgotável para as artes plásticas, inspirando em todo o mundo os devotos.

domingo, 2 de setembro de 2012

Literatura Bengali



Invocação ao Senhor Buddha

“Ó Tu, vida superior.
Ó Tu, morte suprema.
Tomo refúgio em Ti.

Permite-me acender
Minha lâmpada escura
Em Teu fogo !

Possa a marca de Tua glória,
Em minha fronte,
Remover para sempre
Minha vergonha.

Teus pés são o fogo
Transformador
Que transmutará
Minha escória em ouro.

Que tudo que é obscuro
Dentro de mim,
Exploda em chamas.

E que o véu do erro
Seja rasgado
Em pedaços.”

- A poesia acima é de autoria do grande escritor indiano Rabindranath Tagore (1861-1941). Está no livro “Assim Falou O Senhor Buddha”, editora Vedanta, 1956, publicado pelo Sri Ramakrishna Math, Mylapore, Índia.

- Tagore escrevia em bengali, uma das línguas daquele país, formou-se em Direito, na Inglaterra. Em 1913 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Seu pensamento muito influenciou Gandhi e Nehru, o primeiro presidente da Índia.

- O pai de Tagore, fundou em 1839, uma linhagem chamada Tatwabodnini Sabha que unia o antigo Brahmanismo com o moderno Budismo.

- Em 1921, Tagore fundou a Universidade Viçva Pharati.




sábado, 1 de setembro de 2012

Letras Eróticas



Um Clássico da Literatura Pornô

Certo amigo fez cursos livres de pós-doutorado, na Universidade do Canadá e, entre outras, me contou que lá existem estudos de “Literatura Lésbica”, “Literatura Gay”, “Literatura Feminista” etc.

O livro que hoje abordamos insere-se no âmbito da Literatura Pornográfica. Talvez mais adiante, as universidades brasileiras comecem a debruçar-se sobre o tema, de forma mais abrangente. Um bom desafio é pesquisar as letras do funk carioca, que depois se espalhou por outros estados.

Independente de qualquer preconceito é uma manifestação da cultura popular.

Estamos falando de “Flossie, a Vênus de quinze anos”, publicado pela editora Hedra, de SP, 108 páginas.


O romance é considerado o “Garganta Profunda” da época vitoriana e integra a vasta produção pornográfica do período.

O autor, Algernon Charles Swinburne (1837-1909) foi um poeta  nascido em Londres. Boêmio e considerado maldito, ligado ao sadomasoquismo, necrofilia e à flagelação.

O livro em questão foi publicado clandestinamente, de forma anônima, tentando escapar às rígidas leis inglesas da época.

O tradutor, Guilherme da Silva Braga é formado pela UFRGS.

Estamos falando de arte, de literatura, de cultura. Quer se aprecie ou não, a pornografia sempre fez parte do gênero humano.