terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Literatura e Hagiologia



Santa Flor

No calendário católico espanhol*, hoje, além de outros santos, também é Dia de Santa Flor.

Procurei no calendário católico brasileiro e francês não encontrei; procurei na web e não vi.

Outro dia falei aqui de Santa Flora, representando todo o Reino Vegetal.

Talvez Santa Flor seja da Igreja Ortodoxa, não sei. Quem descobrir, por favor, me avise.

De qualquer modo, queremos reverenciar neste último dia de 2013, nossa nova amiga espiritual: Santa Flor. Que ela concretize, materialize para 2014 uma bela flor em cada ser vivo, uma flor com muitas ótimas vibrações positivas.

Aproveitamos para agradecer a 2013 e, popularmente como se diz: “Aí Ano 2013, valeu !”

Santa Flor é mãedroeira (em vez de padroeira) das flores. Talvez matriarca fique melhor. Digamos que ela é a regente das belezas e perfumes.

E, como somos ecumênicos veja o que o Senhor Buddha ensinou:

“Quando alcançamos a libertação chamada beleza, sabemos em verdade, o que é beleza”. (Samyuta Nikaya, Digha Nikaya)**


(*) Oficina San Pablo, Calendário 2013, Madrid.

(**) Dhammapada, ediciones Debolsillo, 2011, Barcelona, página 25.

- O teólogo protestante alemão Holgen Kerst afirma que o Cristianismo é uma linhagem do Budismo Mahayana (ver “O Buda Jesus” e “Jesus viveu na Índia”, editora Best Seller).

sábado, 14 de dezembro de 2013

Literatura Zen



Cargo é Vaidade


Durante a Era Meiji (1867-1902) no Japão, o governador da importante cidade de Kioto, chamava-se Kitagaki.

Na mesma época havia um monge budista famoso, chamado Keichu, era o superior do Templo Tofuku, uma espécie de catedral.

Belo dia o governador pensou em visitar o Templo e enviou um cartão de visita por um dos assessores, para marcar a audiência.

Quando o Venerável religioso leu: “Kitagaki, governador de Kioto” exclamou: “Não tenho nada a tratar com esta pessoa, diga para ele ir embora daqui”.

Desapontado o assessor ficou preocupado com a coragem do sacerdote, pediu desculpas e voltou para o palácio.

Contou o acontecido ao chefe que, entendeu o recado, com um lápis riscou a palavra “Governador” e mandou de volta o assistente.

Ao ler o cartão riscado, o monge exclamou: “Oh! É Kitagaki, quero vê-lo, vamos marcar a reunião !”

Moral da História: o monge queria conversar com o ser humano, saber de sua vida, alegrias e tristezas,  e não com dialogar formalmente com o rótulo, com o título...

Fonte: Zen Flesh, Zen Bones (carne zen, ossos zen), na tradução: Histórias Zen compiladas por Paul Reps, editora Teosófica, 1999.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Haicai social



Haikay de Trotsky ?


“Se o sol não brilhar
Para a classe operária
Nós vamos apagar o sol”.*

A meu ver, uma das mais belas poesias. Pequena estrofe de grande significado. Um apressado leitor pode pensar que seria uma crise de arrogância do famoso bolchevique.

Contudo, humanisticamente, podemos ver a preocupação do Chefe do Exército Vermelho com os mais pobres, digamos até uma forma de caridade ... sei que muitos não vão gostar desse vocábulo que sugere religião, mas os termos “caridade, princípio de caridade” também estão no âmbito da Filosofia, ver o Dicionário Oxford de Filosofia, de Simon Blackburn, Jorge Zahar Editor, 1997.

Quanto apagar o astro-rei, de nosso sistema solar, o citado poeta não está errado. Cientistas afirmam que belo dia, daqui a alguns milhões de anos, o sol vai diminuir-se humildemente e apagar-se aos poucos. É a Lei da Impermanência que o Buda falava... tudo passa. Claro, nesse tempo, a Vida em suas múltiplas formas terá ido para outros planetas, quiçá... outros sistemas solares, outros sóis.

Se ele já está apagando-se milimetricamente... entendemos que, nesse plano físico, parece difícil, por uma série de fatores, a classe operária ficar numa boa, até porque os poderes têm muito apego, desenvolvem o egoísmo (outra palavra do citado dicionário) e não compartilham equitativamente as benesses e equilíbrio social.

Leon Trotsky (1879-1940) nascido na Ucrânia está sepultado no México. Espiritualistas afirmam que hoje ele é um Espírito em recuperação, rumo à Caridade Cósmica, aprendendo e praticando os princípios intergalácticos de Fraternidade e Sabedoria.

(*) conforme antigo de livro de estudos literários publicado por Edições Tempo Brasileiro, 1980.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Literatura Krishnamurtiana



Sabedoria todo dia

Mais adiante, a duras penas, os povos irão compreender que não precisamos de Política, de Políticos (com letras maiúsculas ou minúsculas), precisamos de sábios, de sabedoria (com letras maiúsculas e minúsculas).

Certa feita, perguntaram ao pensador indiano Jiddu Krishnamurti quem seria melhor para dirigir os destinos do mundo: o político ou o religioso? E Jiddu respondeu: “espero que nem um, nem outro”.

Em língua portuguesa temos diversos livros de Krishnamurti publicados e hoje, recomendo “Liberte-se do Passado”, tem edições várias.

É isso mesmo, para sermos felizes, precisamos nos libertar do passado e, no caso, a Política regeu e rege uma forma arcaica de ser no mundo.

Observe que em nome da Política guerras são feitas, famílias destruídas, países destroem-se e muita dor, bastante sofrimento para os idosos, crianças, civis inocentes... então essa tal de Política não faz bem à saúde: gera ódios, vinganças e afins.

Portanto, está na hora de começarmos a construir a Sabedoria diária, sabedoria 24 horas, desde comprarmos o pão na esquina pela manhã, até altas decisões palacianas. É preciso ser/ter sabedoria.

As tais negociações/conciliações devem ser/ter Sabedoria, tendo em vista o bem comum.

Em vez de parlamentares, parlamentos, teremos conselhos de sábios, reuniões simples com senhores e senhoras dignos, decentes, gente simples desenvolvendo sabedoria em todas as áreas. Sem precisar ganhar rios de dinheiro e o excedente vai para os hospitais públicos, para a educação pública, para os transportes públicos.

Penso que o presidente Mujica, do Uruguai, é um bom exemplo de sábio contemporâneo.




domingo, 24 de novembro de 2013

Literatura Crística



Conversa Crística

Antonio Carlos Rocha


- O Caminho da Felicidade é engolir sapos. – disse o mais velho.

- Mas eu estou certa. Tá no meu direito. - Questionou a mais jovem.

- Ué, Jesus também estava certo, também estava no direito dele e veja o que fizeram, crucificaram-no...

- Então eu perdi? – Lamentou-se a mais nova.

- Tudo é a forma de falar e de agir. Esqueça o ego, o eu, a vaidade, a arrogância, não bata de frente, não feche portas.

- E eu vou me humilhar?

- Também humilharam Jesus. É melhor em todos os itens você se conduzir com humildade.

- Mas eu não sou Jesus.

- Menina, você escolhe... ele é o modelo de bem viver. Felicidade é desapego e você está apegada ao seu ponto de vista. Não se esqueça que tudo volta... toda ação corresponde a uma reação.

- É difícil para mim...

- Eu sei... é difícil para todos nós, que estamos no plano físico.

- Como se muda então?

- Pela prece, pela oração, pela meditação... esse é o tal caminho estreito...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Literatura Vipássana



Economia Monástica

“No tempo de Buda, um rei abastado ofereceu aos monges quinhentas novas túnicas. Para ele, essa oferta foi uma ninharia, no entanto, como era muito agarrado à sua riqueza, perguntou a Ananda, o secretário do Buda: “Eu dei quinhentas túnicas novas à Sangha (ordem dos monges), que vai tu fazer com elas?”

Ananda respondeu: Vou mandar guardá-las.

- Por que?

- Só vou dar uma túnica nova a um monge quando achar que as suas vestes estão gastas. É assim que usamos os donativos que recebemos.

- E que vais fazer com as vestes velhas e rotas? – perguntou o rei.

- Das vestes gastas vou cortar alguns panos para fazer lençóis.

- Bem, e quando esses lençóis também estiverem rotos, o que vais fazer?

- Corto-os de novo em bocados e faço toalhas. – replicou Ananda.

 - Muito bem ! E quando essas toalhas se romperem, o que fazes então com o tecido?

- Corto-o em pequenos bocados e faço pequenas toalhas para limpar as mãos.

- Essas também se vão romper; nessa altura, o que vais fazer?

- Vou tirar pequenos bocados, juntá-los, e fazer alguns farrapos para lavar os pés daqueles que chegam com eles enlameados.

- Que bom ! E quando esses também se romperem que vais fazer?

- Vou desfazê-los e reduzi-los a uma pasta para depois fazer algo de útil com ela.

- Que maravilha.”

A história acima está na página 21 do ótimo livro “Para o Benefício de Muitos”, de Sathya Narayan Goenka, falecido professor de Vipássana.

- A obra, com 288 páginas, foi publicada em Portugal, pelos alunos e discípulos de Goenkaji, exemplifica a simplicidade budista.

sábado, 16 de novembro de 2013

Notícias de Santa



Jornal Capital Cultural

Já está por aí... em algumas bancas e lojas o tablóide acima, que circula nos bairros de Santa Teresa, Lapa, Centro da Cidade, Glória, Catete, Largo do Machado.

Redigido mensalmente pelo Virgílio de Souza é uma ótima publicação. Textos de opinião, dicas políticas, entrevistas e a parte cultural dos bares noturnos.

A edição de novembro melhorou muito no visual, pois aumentou o tamanho da fonte das letras e assim aqueles como eu... não precisam sofrer tanto com a visão/leitura...

Existe há 13 anos e neste número, novembro, entre outras, fala do Supermercado Rede Economia que inaugurou em Santa.

Paulo Saad, presidente da Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa diz: “Iniciativas como esta onde empresários procuram investir no comércio dos bairros deveria ser incentivada pelo governo... gerando emprego direto...”



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Literatura Intuitiva



O Primo de Jesus 2

Era o dia do aniversário de Jesus. Ele iria completar 13 anos. Também era o dia de nossa partida para a Ásia, onde acontecia o apogeu da civilização budista.

Junto com nossa família estavam os três lamas tibetanos, preceptores de meu primo. Estes três lamas eram da mesma linhagem dos que visitaram Jesus quando ele nasceu. Lembrem que a Bíblia fala em três magos do Oriente. E por que três? Para manter a tradição das Três Jóias: um chamava-se Buddhayana (Caminho de Buddha), o segundo Dhammayana (Caminho da Doutrina) e o terceiro Sanghayana (Caminho da Comunidade de Discípulos).

Popularmente inventaram nomes ocidentais para estes lamas, pois os que citei, eram nomes monásticos, iniciáticos. E o Evangelho de Mateus, que traz a referência não diz os nomes, apenas que eram magos do Oriente.

Após a cerimônia de aniversário, nos levantamos e houve as despedidas de praxe, abraços e beijos. Éramos cinco. Montamos em camelos e seguimos viagem. Jesus, eu e os três lamas.

Buddhayana era o líder, e para termos sorte na viagem, recitamos três vezes a “Homenagem: Adoração a Ele, o Abençoado, o Perfeito, o Supremo Iluminado, Senhor Buddha”.

Com esta oração, o praticante está protegido. As forças celestiais chegam para nos guardar. Recomendo aos leitores, diariamente, fazerem esta prece, no mínimo três vezes.

Desde o nascimento, Jesus teve os lamas por perto, assim, ele tinha familiaridade com alguns textos budistas.

Essa parte da História é pouco divulgada, mas por onde Jesus andava tinham lamas por perto. Mesmo quando ele foi para o Egito. O Ensinamento do Mestre Buddha era muito divulgado.

Isso é um fato perfeitamente natural. Hoje em dia, os estudiosos vão para outros países fazerem seus cursos de formação, aperfeiçoamento, graduação, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, pós-doutorado e afins. E assim ocorreu com o meu primo.

Sorte minha que, na qualidade de segurança da comitiva muito aprendi.

Os lamas disseram que em vidas anteriores, quando Jesus era um amável Buddha, eu era, também, primo, discípulo e segurança.

Repito, sorte minha e quero agora compartilhar com os leitores o que vivenciei.

domingo, 10 de novembro de 2013

Literatura Mediúnica



O Primo de Jesus – Revelações de um Espírito*

Olá amigos e irmãos !
Eu sou primo de Jesus. Não apareço nos livros sagrados do Ocidente, nem nos Evangelhos Apócrifos, melhor assim.

Numa linguagem política atual, vamos dizer que eu pertencia ao quarto ou quinto escalão, sem importância nenhuma. Isso tinha uma razão de ser, questões ideológicas... eu estava ligado ao grupo do preso político Barrabás, que defendia a luta armada contra o Império Romano.

Judas Iscariotes também e por isso levou a culpa de muita coisa, foi uma espécie de bode expiatório. Mas quero lhes dizer que foi um grande revolucionário. Aquela história de 30 moedas é discutível, não existiu. Ele foi enforcado pelos soldados romanos, pois era guerrilheiro, não foi suicídio.

Nós queríamos que Jesus também se tornasse um de nós, mas o meu querido primo discordava de nossos métodos de oposição ao então regime de invasão e ocupação romana.

Quando encarnado fui treinado nas artes militares. E por isso, dos 13 aos 30 anos, no período em que Jesus sumiu, acompanhei-o em sua viagem à Índia, para estudar nos mosteiros budistas. Sendo mais velho eu era uma espécie de segurança.

Vejam que ele era apenas uma criança, um inexperiente menino de 13 anos, apesar de que, em função de suas múltiplas encarnações anteriores, já era portador de considerável sabedoria.

Naquela época, andava pela Palestina uns monges budistas missionários e nossa família tinha contato com eles. Disseram que meu primo Jesus era um “tulku”, isto é, a encarnação de um Buda da antiguidade e assim precisava voltar ao Tibet e regiões limítrofes para aprender com os Lamas.

Então a família me designou para escoltá-lo. E de antigo guerrilheiro acabei me tornando segurança e um meditador budista.

Depois eu conto mais.

(*) Com todo o respeito aos que discordam.

sábado, 9 de novembro de 2013

Literatura Orgânica



Feira Orgânica em Santa

O aprazível bairro carioca de Santa Teresa tem, desde a manhã de hoje, uma agradável “Feira Orgânica e Agroecológica”, de 7 às 13 horas.

Fica no antigo Casarão, Largo do Guimarães, Rua Almirante Alexandrino, 501.

Tem o apoio da Amast – Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa e Federação dos Círculos Operários do RJ, dona do citado Casarão.

Realização: Renato Martelleto e Luís Alves, morador. Tel: 99194-6867.


No local são distribuídos folhetos do Governo Federal: “Dê alimentos orgânicos para seus filhos. Seus netos agradecem”, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; um ótimo livrinho “O Olho do Consumidor”, ilustrações de Ziraldo, 34 páginas, da “Missão Mapa: Promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira”; e “Mecanismos de Controle para a Garantia da Qualidade Orgânica”, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, 56 páginas.

Bom apetite !

domingo, 3 de novembro de 2013

Oração é Texto Literário



Prece é Literatura

De longa data venho estudando preces, orações, mantras, intercessões, ladainhas, decretos, invocações, novenas, trezenas e afins de diversas religiões como textos literários.

Se a Oração é silenciosa, temos um texto que fica no âmbito da Literatura Mística, Literatura & Mistério.

Se a Prece é só audível, fica no plano da Literatura Oral.

Se é uma ladainha escrita, naturalmente temos um texto literário.

Essas formas de Rezar Literatura podem ser em prosa ou poesia. E ainda outros itens estão presentes para investigarmos tais formas de textos.

Em geral pequenos, mas de grandes significados.

Convém lembrar que aprendemos no tradicional Xintoísmo/Budismo Japonês que as palavras têm vida, podemos conversar com as preces, como se fossem seres vivos, e de fato são, Orações são Seres Literários, Artísticos entremeando-se com personagens reais ou fictícios (em múltiplas dimensões) de suas respectivas religiões.

Um real/fantástico/maravilhoso campo a ser pesquisado.

Palavra é pessoa. Palavra tem vida. Palavra é gente.  Mediante outras/novas Lógicas podemos entender isso, se temos Pessoa Física, Pessoa Jurídica, Pessoa Espiritual, também temos Pessoa Vocábulo.



domingo, 27 de outubro de 2013

Literatura Mahikari



Antigo Xintoísmo
Civilização Jomon

A revista Sukyo Mahikari deste mês de outubro de 2013, nº 199, tem um ótimo artigo do mestre Oshienushisama.

Entre outras ele afirma com uma série de fotos que, em termos arqueológicos, a civilização mais antiga do mundo aconteceu no Japão e durou 13 mil anos.

Os registros mais antigos de escavações e vasos de argila, barro e afins datam de 120 mil anos.

E assim ele diz:

“Gostaria que os amigos yokoshi (praticantes da Arte Mahikari = imposição de mãos) que herdaram o sangue dos homens do período Jomon, retornassem ao caminho da sabedoria espiritual dos deuses, conforme ensinado no antigo xintoísmo e de braços dados, ultrapassassem a severa época que atravessamos, a fim de avançarmos bravamente na realização da Vontade Divina”.

A Mahikari recomenda a prática da Gratidão incondicional, a tudo e a todos. “Ser praticante da humildade de sentimentos. Esforçar-se em Economizar, evitando o desperdício”, logo, a pessoa vive em equilíbrio com o Ecossistema.

Afirma também a Mahikari que a centelha divina que existe em cada um de nós é uma vibração espiritual chamada sonen que dá origem ao sentimento e ao pensamento.

Portanto, esta Energia poderosa do sentimento e do pensamento devem ser vivenciadas através do aspecto positivo, construtivo, fato que muito nos ajudará e ajudaremos também aos demais seres vivos.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Simpósio em Niterói



Arte, Budismo e Pensamento

Ontem, 17/10/13, de 9 às 18 h, estivemos no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói participando do Seminário acima, em convênio com o Departamento de Arte, da UFF – Universidade Federal Fluminense.

Abrindo os trabalhos, a monja Eishun, coordenadora no Rio do grupo de Zen, da Monja Coen. O tema foi “Breve introdução ao Zen Budismo”. Após a palestra tivemos prática de zazen (meditação sentada) e kinhin (meditação andando). A citada sanga carioca reúne-se aos domingos, 10 h, no Largo das Neves, bairro de Santa Teresa, .

Em seguida tivemos o professor Maurício Motta, da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte apresentando a performance “Eidola” sobre a Grécia antiga.

Continuando, mesa com: Professora de Artes da UFF e atriz Andréa Copeliovitch, palestra: “Presença, Ação e Silêncio”; Antonio Carlos Rocha, este que vos escreve com a conferência “O Sutra Lótus e o Budismo Laico: enfocando as linhagens Reiyukai e RKK – Risho Kossei Kai” e coordenando a mesa matinal o professor doutor Guilherme Vergara, da UFF.

Após o almoço tivemos a mesa com o monge Komyo (Arte Zen e o Caminho do Vazio) e o professor doutor da UFRJ, EBA – Escola de Belas Artes falando, comentando e exibindo dois filmes húngaros.

Em seguida os alunos da coordenadora do Simpósio, Andréa Copeliovitch, apresentaram a performance “Samsara”.

Mais uma performance com Fernando Gopal: “Atividade de Arte Zen”.

A mesa da tarde: professora doutora Maria Cristina Franco Ferraz com o tema: “Do Ressentimento ao Esquecimento na Perspectiva Nietzcheana”; o professor Emérito da Faculda de Letras da UFRJ Manuel Antonio de Castro com “O filme Samsara e a Dialética da Iluminação”, novamente o mediador foi o professor Vergara que também é o diretor do MAC – Museu de Arte Contemporânea, prédio belamente projetado pelo falecido arquiteto Oscar Niemeyer.

A palestra de encerramento foi com a monja e escritora Coen Roshi que veio de SP.

Registre-se a presença de muitos jovens monges discípulos da Sensei (mestra) Coen e alunos da UFF de graduação, mestrado e doutorado.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Literatura Dhammakaya



BuDeus

Considerando que no âmbito budista Deus e Buda são sinônimos e por uma questão gramatical... o B vem antes do D, doravante escreveremos... “BuDeus nos abençoe”.

“É natural que os seres humanos queiram personificar qualidades tais como amor, liberdade e compreensão. Foi com este espírito que o Buda foi representado como possuindo três corpos: Dharmakaya, a fonte de iluminação e da felicidade; Sambhogakaya, o corpo de bem-aventurança e contentamento e Nirmanakaya, o invólucro histórico de Buda, visto como um dos muitos corpos de transformação enviados pelo
Dharmakaya. Kaya significa corpo” (página 186).

Pergunto ocidentalmente e com todo respeito: Santíssima Trindade?

“O corpo de Darma é a parte do Buda que é eterna. Mais tarde, o Budismo Mahayana começou a chamar o Dharmakaya de Vairochana, o Buda ontológico, a alma de Buda, o espírito de Buda, o verdadeiro Buda, o fundamento de todos os seres”. (página 188).

Os trechos acima, entre aspas, estão no ótimo livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, editora Rocco, 2001.




domingo, 29 de setembro de 2013

Budavôs e Budavós



Budavôs e Budavós

Hoje, pela manhã, 29/09/13, fizemos o suco de clorofila em homenagem e agradecimento aos nossos antepassados.

Voltando no tempo, chegamos às origens da vida nas águas e reverenciamos nossos ancestrais: moleculavôs e moleculavós, outros planetas, galáxias, nebulosavôs e nebulosavós.

Chegamos aos Budavôs e Budavós.

E assim hoje a noite, às 19 horas, faremos a meditação Vipássana, convidando todos os nossos amigos espirituais em prol do Planeta Terra mais harmônico, em todas as áreas: social, material, espiritual, cultural, saudável etc.

Onde você estiver, mentalize as palavras do Senhor Buddha: “Que haja saúde, que haja paz, que haja felicidade”

“Sarva Bhavantu Mangalam: Que todos os seres sejam felizes”.

Heloisa e Antonio Carlos Rocha.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Esfera do Caos



Poesias de Rui Rocha

Esfera do Caos é o curioso nome de uma jovem editora portuguesa, sediada em Lisboa.


A Oriente do Silêncio é o livro de poemas do professor doutor Rui Rocha, 102 páginas de sensibilidade e sabedoria. Seu estilo lembra os haiku budistas e taoístas do Japão e da China, pequenos poemas de grande significados. Poucas letras, poucos versos, poucas palavras ...e muitos sentidos.

Rui nasceu em Lisboa, em 1948 e vive há quase 30 anos em Macau, na China, onde é diretor do Departamento de Língua Portuguesa e Cultura dos Países de Língua Portuguesa da Universidade da Cidade de Macau. Também é diretor do Instituto Português do Oriente.


Informa o editor: “A poesia de Rui Rocha sugere, tal como acontece com a fluidez e plasticidade da caligrafia chinesa, a visibilidade dos sentidos do que se contempla mas não pode ser inteiramente expresso. É um relato sensível do aqui e agora do lugar.

É essencialmente o estar que transcende a dimensão do texto, reservando um espaço para o silêncio entre as palavras, o tecido intersticial que afinal confere sentido ao próprio texto. É por fim, a fluência do rio raso sobre o leito arenoso de que fala Bashô e a percepção do sublime nos ritmos e tempos dos dias, das noites, das estações do ano, do cosmos onde algo de maravilhoso parece existir entre o que é substancial e o que não é.

Desta obra emerge uma poética do branco, a cor do enigma, e da luminosidade personificada pela lua cheia tão ao gosto dos poetas da China e do Japão”.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PROS



Entra no Páreo

Leio na internet que ontem, 24/09/13, o TSE aprovou o nascimento do PROS – Partido Republicano da Ordem Social.


No hino do novo partido há uma referência visual às manifestações de junho e uma bandeira do Movimento Passe Livre-SP.

Me parece... é o primeiro partido político que surge com uma indicação de que está preocupado com o sistema de transportes coletivos, os preços das passagens que, convenhamos deixam muito a desejar.

O tema da Mobilidade Urbana é atualíssimo. E o PROS surge pensando em contribuir para a solução destes fatos lamentáveis: quando um trem quebra, ou um ônibus falta, prejudica não só os usuários, mas afeta o trânsito, a cidade como um todo.

As... especulações também começam: uns prós... outros contra... contudo, fazemos votos que o novo partido pense no povo, ajude o povo. Suas propostas são bem interessantes.

As ruas estão sinalizando uma nova forma de fazer política.

Tudo de bom PROS...


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Literatura Oral da Humanidade



A Bíblia e o João de Barro

Recebi um pps interessante, um conjunto de fotos feitas por um cinegrafista amador. Ele teve a sorte de ver em seu quintal o casal de pássaros esculpindo (isso mesmo, esculpir de escultura, arte) o futuro ninho, logo no início da obra.

Ligou a câmera 24 horas por dia para documentar tudo. Demorou dois meses e pouco, finais de setembro até 30 de novembro e em dezembro nasceram os rebentos.

Mas, o que chamou a atenção do fotógrafo é que a dupla trabalhava entre 8 e 10 horas por dia. E, aos domingos, não trabalhavam, isso tudo documentado, porque a câmera registrava tudo. Ele pergunta quem sabe o motivo.

Eis a minha reflexão:

Lembrei da Bíblia, Gênesis 2.3: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda obra que, como Criador fizera”. Aliás, diga-se de passagem, toda esta parte inicial é de uma beleza poética formidável. A Bíblia é um conjunto de textos da Literatura Oral da Humanidade recolhido ao longo de quase mil anos. E assim, quem escreveu este versículo, percebeu que a Natureza descansa, repousa, relaxa.

Entendo Deus como a Natureza, como o Ecossistema, como Criação, sempre se recriando em todo o Cosmos infinito, indo de um planeta para o outro.  Deus é Vida, sim e a vida não é primazia desse pequeno planeta. A Vida é ampla, diversas dimensões, visíveis e invisíveis. Contudo, respeito as opiniões e interpretações em contrário.

Foi o ser humano, em sua ganância ou neurose, que inventou o  excesso de trabalho, o estresse pelo trabalho. Se até a Natureza descansa, por que nós, que fazemos parte desta mesma natureza temos dificuldade em descansar, relaxar?

Aos poucos, sem muita pressa, penso; mais seres humanos retornarão ao bom convívio com a Natureza e assim re-aprenderão a descansar, repousar.

sábado, 14 de setembro de 2013

Bíblia de Auto Ajuda



“Sutra Atual”

A expressão está no mais recente livro do escritor japonês Ryuho Okawa, que já vendeu mais de 100 milhões de livros em diversas línguas.

O título da obra é “Estou Bem”, uma espécie de bíblia de auto-ajuda. Capa dura, bela apresentação gráfica e tem como subtítulo “7 passos para uma vida feliz”.

Sutra é um estilo de época, um gênero literário que surgiu na Índia, no século VI antes da Era Comum, também conhecida no Ocidente como antes da Era Cristã. Os sutras são textos, pronunciamentos, ensinamentos: podem ser filosóficos como os sutras budistas, podem ser religiosos como os sutras jainistas, podem ser eróticos como o Kama Sutra e o Ananga Ranga ou didáticos como os sutras do gramático Pânini, considerado o primeiro lingüista da humanidade.

Vejamos um trecho da página 27:

“No budismo, desde tempos antigos, ter uma mente inabalável é algo considerado extremamente importante. Isso porque a maioria dos sofrimentos e decepções da vida tem origem na agitação mental. Um dos principais objetivos daqueles que buscam ampliar o conhecimento pelo budismo é encontrar maneiras de acalmar a mente, para que ela não seja perturbada com facilidade”.

A publicação é da paulista Editora IRH, que já lançou mais de vinte obras desse consagrado autor.



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Reflexões sobre Arte




Processo criativo
                                                                          
                                                           Martha Pires Ferreira*


          Todo ser humano é potencialmente um criador. A criatividade é essencial à natureza humana, à expansão da personalidade.
          O processo criativo se dá por conexões; impulsos internos e desejos de expressão interagem intuitivamente com o mínimo da interferência lógica, racional. Assim, penso, deveria ser. Para outros, ocorre o inverso, é o domínio da racionalidade com um quantum de impulso instintivo.
          O anseio imagístico procura dar forma, ao se deixar revelar, desvelar o que antes era invisível ao conhecimento. É o novo que brota genuíno e real. Arte é descobrir, é tornar visível o que não existia. Não se cogita beleza estética, e sim dar origem a. Os caminhos são complexos e, por vezes, paradoxais. A apreensão sensível de conteúdos expressivos nas artes plásticas, musical ou poética são experiências efetivas e diretas da sensibilidade criadora de cada pessoa, individualmente. A obra de arte não se limita ao objeto em si, é mais que representação pictórica.
          Criatividade é processo inesgotável. As mãos engendram quase por magia; nas atividades plásticas desde o artesão das cavernas, passando por toda a história da arte antiga, clássica e moderna com Cézanne, Matisse, Picasso, Paul Klee ou à sofisticada cognição intelectual interagindo simultânea, sensitivo e emocional, nas obras de artistas contemporâneo ou não, brasileiros, como Lygia Clark, Tunga, Beatriz Milhazes, Marília Kranz, Teresa Miranda, Antônio Dias ou Cildo Meireles. Citando estes apenas. Os olhos, um telescópio; constata e contempla a obra realizada, indo além, num mergulho misterioso. A criatividade é a mola impulsionadora da essência da vida. A obra acabada, é quem fala, se faz real e presente. É mais que um objeto.
          No meu caso pessoal, desenhar é um ato de liberdade que se faz incontinenti. É deixar mostrar o latente, revelação, espanto intelectual e emocional obedecendo ao que a intuição determina. Deixar o imprevisível acontecer, descobrir, tocando o abissal. A sensibilidade é o tom que contribui para a criação pictórica se tornar manifesta. O artista é, apenas, um instrumento ativo no processo.
          Enlouquecida, aprendi com Hokusai (1760 – 1849) que no exercício de desenhar, no penetrar na essência de todas as coisas manifestas, pode-se chegar a um nível de consciência, de saber, mais elevado, impensável, onde tudo vive; cada ponto, gesto, linha, cor. Arte é celebração. O que a imaginação apreende como fogo criador, sopro e beleza, é verdade, é espiritualidade. Além disso, nada sei.

(*) Artista Plástica. 

- Gratidão por ter autorizado a publicação.


http://cadernoaquariano.blogspot.com