domingo, 28 de fevereiro de 2010

Partido Livre

Está em fase de organização. Gostei da proposta. O nome LIVRE é uma sigla: Liberdade, Igualdade, Verdade, Responsabilidade, Educação.

Tem uma forte conotação ecológica. O símbolo é um girassol e a bandeira muito bonita. O lema: “Uma forma nova de fazer política”.

Não adianta só falarmos mal dos políticos, pois a vida, em si, é política.

O que eu vejo de bom no LIVRE é um partido novo, do século XXI, sem o ranço dos vícios da política antiga e tradicional dos séculos passados. Cada letra da palavra LIVRE tem um significado muito profundo.

Boa sorte e boas vibrações para o LIVRE e tudo de bom para o novo Brasil que o LIVRE vai ajudar a construir.

www.partidolivre.org.br

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pragmatismo contrói outras Verdades

É interessante que todo o Ocidente sempre utilizou muito a Verdade em função das palavras de Jesus: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. A verdade, no estilo antigo, era quase uma coisa religiosa.

Mas, como tudo passa neste mundo, eis que nos Estados Unidos surge uma nova forma de dizer a Verdade: se faz sucesso é Verdade, se é famoso é Verdadeiro. Verdade é Utilidade. Os políticos brasileiros aprenderam bem a lição da Matriz e aplicam-na diuturnamente. Neste sentido Pragmatismo e Oportunismo são sinônimos. É só constatar no dicionário, não estamos falando mal de ninguém nem agredindo. É o que popularmente se diz: “os fins justificam os meios”. É a chamada política de resultados que nos fala sobre as muitas éticas.

É que, antigamente, no tempo dos idealismos, quaisquer que sejam eles, oportunista era o jogador que ficava na “banheira”, perto do gol adversário esperando a bola para chutar e marcar mais um tento. Agora, um executivo e/ou parlamentar ou pessoa pública com senso de oportunidade é algo bem visto.

O Pragmatismo nasceu no século passado, mas como tudo neste mundo anda muito rápido eu já fico pensando qual será a tendência dominante assim que o pragmatismo sair da moda.

Enquanto isso, quem quiser consultar mais sobre o tema recomendo:

- Dicionário Houaiss, editora Objetiva, 2001.

- Dicionário de Filosofia, José Ferrater Mora, editora Martins Fontes, 2001.

- Dicionário Oxford de Filosofia, Simon Blackburn, Jorge Zahar editor, 1997.

- Pragmatismo, Richard Rorty, editora UFMG, 2000.

- Aos Trancos e Barrancos Como O Brasil Deu No Que Deu, Darcy Ribeiro, editora Guanabara Dois, 1985.


- E, os devidos parabéns ao presidente Lula que soube, como ninguém, aplicar o Pragmatismo em terras brasileiras e jogou para o espaço todos os idealismos. Ele está certo, no tempo em que estamos vivendo. Os condoídos com a mudança, como eu era, aprendemos aos trancos e barrancos, como diria o grande Darcy Ribeiro.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Jesus e a Questão dos Pobres

Parece que não tem jeito não. Em qualquer sistema econômico e político, em qualquer época, os pobres comprovam que as elites não querem ou não podem ou não lhes é permitido governar com equanimidade, com equilíbrio, de forma eqüitativa.

Vejam as sábias palavras de Jesus no Evangelho de Marcos, capítulo 14, versículo 7: “Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes”.

O contexto é econômico, desde o versículo 1, leia a Bíblia e o leitor constatará. Não estamos tomando um único versículo de forma isolada e fora de contexto. Pois ainda hoje, em nosso tempo bilhões são os pobres.

Mas, o que é trágico ao analisarmos as palavras de Cristo, é verificar que ele está certo: “sempre” os tendes. Ou seja, não tem solução porque a ganância humana, o apego não tem limites. E Jesus ainda recomenda uma caridadezinha vez por outra: “quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem”, ou seja, se os governantes “quisessem” ajudariam, mas eles não querem, não sabem, não podem ou não lhes é permitido.

Não estamos falando de comunismo, uma utopia religiosa que nunca existiu, em parte alguma. Não estamos falando dos socialismos, no plural, pois estes morreram nos anos 1990, com a Perestroika e a Glasnost. Estamos falando do que vigora atualmente, do vencedor Capitalismo e seus sinônimos: Liberalismo, Neoliberalismo, regime de mercado etc. Os vencedores não querem, não podem, não sabem ou não lhes é permitido solucionar a questão da pobreza.

O povo continua perdendo. Não tem escapatória. Em qualquer país do planeta existem pobres, mesmo nos países do chamado primeiro mundo, principalmente agora com esta crise econômica que continua em 2010, milhões de desempregados em todo o planeta.

Como disse, certa feita, um amigo. Estamos a caminho da barbárie. Oremos para que a barbárie não seja tão bárbara.

- Veja também nos Evangelhos de Mateus 26.6-13 e João 12.1-8. Utilizei a Bíblia, edição 1993, da Sociedade Bíblica do Brasil.

- Com a inestimável ajuda, recorro sempre, da Concordância Bíblica Exaustiva, 1990, editora Vida, (1510 páginas de maravilhosos ensinamentos).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Visualizações Bíblicas

Inúmeras passagens da Bíblia servem como prática de meditação e visualização para fins de cura holística: a cura nos aspectos físicos, orgânicos, emocionais, espirituais, mentais, afetivos, sociais, econômicos, profissionais, sociológicos etc, ou seja, cura no todo. Claro, não se deve esquecer o tratamento tradicional do médico e afins. A Visualização Bíblica age como um complemento.

Quem intuiu esta técnica e já a aplica, há mais de 20 anos é o psiquiatra norte-americano Gerald Epstein, autor de Imagens Que Curam, editora Xenon, 140 páginas.

Ele é pioneiro neste campo terapêutico e nos dá uma visão sobre como a mente pode ajudar a curar o corpo com o poder das imagens. Revolucionária e inspiradora, esta prática é fruto de experiências clínicas, uma contribuição fundamental para a compreensão, restauração e manutenção da unidade saudável do corpomente. Epstein não separa as duas palavras. Aborda o fenômeno corpomente.

O autor afirma que a mente exerce uma enorme influência sobre nosso bem-estar, muitas vezes até determinando a diferença entre saúde e doença.

Obs.: Respeitamos, democraticamente, os que discordam da utilização da Bíblia para fins holísticos. Mas, o texto em si, é patrimônio literário da humanidade e não especificamente de um determinado grupo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Questão do Trair

A revista IstoÉ que circula esta semana, tem a matéria sobre traição, o texto pode ser lido online. Aborda o aspecto tradicional do casamento, através da telenovela Viver a Vida, da rede Globo.

O tema nos fez lembrar do ótimo livro Amar Trair, de Aldo Carotenuto, publicado pela editora católica Paulus, 1997, 256 páginas. A obra tem como subtítulo: “Quase uma apologia da traição”.

A traição pode ser de várias formas: afetiva, econômica, ideológica, social, individual, coletiva, política, histórica, partidária, platônica, profissional, religiosa, com os olhos, só no pensamento etc. Parece que, viver é trair, estamos sempre traindo e sendo traídos. A traição pode ser total ou parcial, em todas as áreas acima citadas, e nas que não foram citadas, mediante a interpretação de cada um.

Muitos afirmam que Jesus foi traído por Judas, mas há quem declare que o traído foi Judas, que esperava de Cristo, uma atitude mais politizada de enfrentamento contra o Império Romano, logo... pontos de vista, cada um tem o seu.

O autor, Aldo Carotenuto é psicólogo e um dos maiores estudiosos, em nível internacional, do pensamento de Carl Gustav Jung. É professor da Universidade de Roma, autor de 20 livros traduzidos para vários idiomas. É presidente da Associação Italiana de Psicologia e Literatura, membro da Associação Americana de Psicologia, USA.

Um livro instigante. Através desse estudo ficamos sabendo que trair pode ser um pedido de socorro, de ajuda, em função das carências múltiplas (ver o terceiro parágrafo, o que foi sobre a traição pode ser dito sobre as carências) que todo ser humano tem.

Diz o autor: “Nascemos traídos e com a necessidade de trair para crescermos: é uma lei cármica (...) é esse o significado profundo que o mito hebraico da expulsão do Paraíso terrestre representa simbolicamente (...). Porque a traição é essencialmente “passagem” – é esse seu significado etimológico – “entrega” a outrem (...) é necessária essa “passagem” pela morte, esse reconhecimento do limite, da finitude, esse saber-se traidor e traído”. – páginas 8 e 9.

“A traição repugna a nossa consciência de “puros”, mas, afirma o autor, ela é uma experiência inelutável. (...) Todo indivíduo está sob o imperativo, inscrito na dinâmica evolutiva da psique, de emancipar-se de tudo o que o mantém fiel a uma imagem de si que não lhe corresponde, mas corresponde às exigências do ambiente social ou ao desejo de seus interlocutores”. – capa.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Invenção do Amor Romântico

O título deste ótimo livro é Misoginia Medieval, o subtítulo completo: “E A Invenção Do Amor Romântico Ocidental”, autoria de R. Howard Bloch, professor da Universidade da Califórinia, publicado pela editora 34, em 1995, 280 páginas.

Diz-nos o autor: “A noção de fascinação romântica que governa o que dizemos sobre o amor, o que dizemos àqueles que amamos, o que esperamos que eles nos digam (e dizer que eles dizem), como agimos e esperamos que eles ajam não existia na tradição judaica, germânica, árabe ou hispânica, na Grécia ou na Roma clássica, ou no início da Idade Média. O amor romântico tal como o conhecemos não surgiu até aquilo que algumas vezes se chama a renascença...”.

O professor Luiz Costa Lima, afirma: “Publicado originalmente em 1991, o Misoginia Medieval é um dos livros mais conceituados que as ciências humanas produziram nas últimas décadas”.

Misoginia, o dicionário nos diz que é “repulsa ao sexo feminino”, mas, sabiamente, as mulheres conseguiram reverter esse quadro e hoje imperam na mídia, na política e breve em outras áreas, principalmente em dias de carnaval carioca.

Para fascinação de todos nós que nos maravilhamos com as divinas formas dos corpos femininos.

Ou seja, o romantismo se tornou um estilo de época da Literatura, a indústria do cinema e da cultura de massa: radionovelas, fotonovelas, telenovelas estimulou muito a ilusão e fantasia romântica.

Isto é, romantismo é uma coisa, amor é outra.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Violinos de Barro

É o quinto e ótimo livro da poetisa Mirian de Carvalho. 96 páginas abrangendo 49 poesias enfeixadas em 10 temas.

Percebemos em suas finas e refinadas linhas, versos maduros, fortes e delicados. De um leve erotismo, tênues indicações dos encontros e desencontros dos seres humanos.

Professora doutora da UFRJ, atuou nas áreas de História, Artes e Filosofia. Dedica-se hoje ao seu vigoroso fazer poético.

Vejamos um de seus poemas:

MAÇÃS DE CARNE

Negando-se à paixão, os de exacerbado juízo
elaboravam a neutra geometria dos mapas.
Entanto, nas entranhas da noite, geravam-se
tempestades. E deslizava a quilha.

Seguidor das incertezas da barca,
o viajante da fábula abria as janelas
de um pomar de corais e alimentava-se
do leite que jorrava das tetas das árvores.

Longe da cidade, o marujo
Sugava maçãs de carne.