segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Literatura Teosófica



Budismo Teosófico

É uma espécie de Devocional do Budismo Tibetano, via Helena Petrovna Blavatsky, que verteu do sânscrito para o inglês “A Voz do Silêncio” um excelente tratado do Lamaísmo Clássico.

A tradução para a nossa Língua, ficou a cargo do grande poeta português Fernando Pessoa, que era versado nas artes esotéricas e ocultistas.

O bonito volume de bolso tem o selo da Editora Teosófica. São 316 aforismos, 247 páginas, 151 notas de rodapé bastante esclarecedoras. As notas de pé de página possibilitam um bom mergulho na Filosofia que era redigida no antigo Sânscrito. Os aforismos permitem outro mergulho na Sabedoria Milenar daquele povo. A aplicação nos dias de hoje do conteúdo constitui horas magníficas de reflexão e meditação. Por fim, o prazer da leitura leva o timbre de Fernando Pessoa que dispensa qualquer apresentação.



sábado, 29 de dezembro de 2012

Ler = Meditar



Ler também é Meditar

“Depois, há o modo de ´meditação´ relacionado com as questões éticas, espirituais e intelectuais. Todos os nossos estudos, leituras, debates, conversas e reflexões sobre estes assuntos estão incluídos nesta ´meditação´. Ler este livro e refletir com profundidade nos assuntos aqui abordados é um modo de meditação. Vimos anteriormente que a conversação entre Khemala e um grupo de monges foi uma forma de contemplação que conduziu à realização de Nirvana” (página 144).

“2 – Pesquisa e Investigação em relação aos vários aspectos da doutrina (dhamma-vicaya). Incluem-se aqui todos os nossos estudos, leituras, pesquisas, debates, conversações e, mesmo, assistência a palestras sobre temas de religião, ética ou filosofia” (página 145).

- Os dois parágrafos acima são do livro “O Ensinamento de Buda”, autoria do Venerável Walpola Rahula, uma das maiores autoridades do Budismo Theravada no século XX. Editorial Estampa, Lisboa, 2005.

- Traduzido em 14 idiomas, o volume acima é obra de referência em diversos grandes tratados sobre o tema Budismo.

- Walpola Rahula (1907-1997) nasceu no Sri Lanka, membro da Academia de Letras de sua terra natal, foi professor doutor em artes e filosofia budista, muitas vezes atuou como professor visitante e professor convidado em várias universidades do Ocidente como Sorbonne, em Paris; e outras em Londres e nos Estados Unidos.

-  Aos 13 anos se tornou monge e chegou ao posto de “Mestre Supremo das Escrituras Budistas”.

- Os dois trechos citados evidenciam que muitas são as formas de meditação e todas nos levam à iluminação !

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fim de Ano Budista



Mês 12 = Reflexões Budistas

Dia 21 – Isso mesmo, devemos aceitar a Divindade que mora em nosso interior, porque se não aceitarmos continuaremos tateando no sofrimento, sempre buscando o lenitivo para a nossa alma, quando ele já está dentro de nós. É uma aceitação mútua.

Dia 22 – Muitas vezes é árduo separar-se do caminho do sofrimento.Isso porque a dor, por vezes, é prazerosa e chega mais fácil que a libertação. Para aqueles que agem assim, o fto atesta que estão doentes. Doentes da carne e do espírito e só a atenção os purificará.

Dia 23 – No início, o Caminho é suave e alegre. Depois ele torna-se difícil e temos vontade de abandoná-lo. Nesse estágio temos de redobrar a dedicação. Superando essa difícil fase, o Caminho volta a ser algo suave e prazeroso. Mas até lá, muitos passos são necessários.

Dia 24 - Se um dia não conseguires realizar algo, não te desesperes. Pare, respire fund0 e ponha-se a meditar. Com isso acalmará a tua mente e através da atenção irás descobrir a melhor forma de realizar o que está pendente.

Dia 25 – Não vejo saída para os que agridem o próximo, quer com palavras rudes, atos grosseiros ou toda sorte de prejuízo. A menos que um belo dia esta pessoa resolva mudar e então terá pela frente um longo percurso, uma longa trajetória.

Dia 26 – Escuta. O que foi que você fez hoje pelo bem comum? Não precisa ser a muita gente. Se cada dia uma pessoa for beneficiada com as tuas boas vibrações, imagina ao fim da vida quantos louros colherás.

Dia 27 – O segredo da vida é a união com o que está oculto. Mas como descobrir o que está oculto? Pela prática da meditação, pela dedicação a um Caminho espiritual, pelo correto procedimento e então, o oculto deixará de ser Oculto par tornar-se bem claro.

Dia 28 – É a claridade de tuas boas ações que infestará, no bom sentido, o mundo que te circunda. A claridade é uma energia poderosa que duplica-se quanto mais você esparge luz.

Dia 29 – Que a Espiritualidade seja um caminho sem volta. Isso quer dizer que ao começar a Caminhada não devemos nos equivocar e seguir reto o destino que nós estamos traçando. Este Caminho sem volta vai-nos levar ao Ponto que todos buscamos.

Dia 30 – Não te esqueças, esse Ponto desperta em ti a Suprema Alegria, esta por sua vez desperta as bendições de uma vida santa. Como numa corrente, um elo puxando o outro rumo ao Espaço Vivo e Infinito.

Dia 31 – Todas as coisas criadas neste mundo são finitas. Todas as coisas criadas no mundo interior e descobertas no mundo espiritual são infinitas porque espelham a vontade do Pai que Está nos Céus. Que todos os seres estejam bem e felizes.

- trechos do livro “Desperte com Alegria”, editora Espaço e Tempo , RJ, 5ª edição, autoria  de Antonio Carlos Rocha. Subtítulo da obra: “365 reflexões para um cotidiano feliz”.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Lançamento em Santa



Memórias do Laurinda

Na última sexta-feira, 21/12/2012, data prevista, popularmente, para o fim do mundo, tivemos no aprazível bairro carioca de Santa Teresa, o lançamento do ótimo livro de depoimentos: “Memórias do Laurinda”, cujo subtítulo é: “Relatos Afetivos de Freqüentadores e Moradores de Santa Teresa”.

O evento aconteceu no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo. Uma noite agradável, música e coquetel. Falamos da previsão popular porque, na verdade, os antigos Maias falaram da mudança de consciência, de uma nova era, e não, necessariamente da derrocada final do planeta.

Organizado a quatro mãos por Cristina da Costa Pereira e Nadia Medella, diretora do citado local, o volume tem a participação de Alcir Dias, artista plástico; Alvanísio Damasceno (Chazinho), jornalista e presidente do Bloco Carmelitas;  Amir Haddad, ator e diretor de teatro; Ana Lúcia Magalhães, psicanalista e coordenadora da Casa Alto Lapa Santa; André Luiz Sodré Mendes, cantor e violonista do Panela de Barro; este que vos escreve; Clarindo Silva, jornalista e escritor; Cláudia Ferrari, jornalista e compositora; Cristina Felício dos Santos, artista plástica; Daniel Willmer, professor de inglês, tradutor e professor de Tai Chi; Dionysa Brandão, funcionária pública aposentada; Eduardo Camenietzki, músico; Eraldo Mota, artista plástico; Eládio  Pérez-González, cantor e professor de técnica vocal; Emmanuel Santos, ator e diretor de teatro; Eva Medvedeff; Fábio Barreto, músico, ator e fotógrafo; Getúlio Damado, artesão; Heloisa Pires Ferreira, artista plástica; Ilma Porciúncula de Moraes, enfermeira sanitarista; João Carlos de Souza Leonardo, mestre João Kanoa e professor de capoeira do Grupo Kunta Kinte; José Gurgel, arteterapeuta e astrólogo; José Carlos Aurore Romão, fisioterapeuta acupunturista; Luís Marchesini, jornalista, editor da extinta Folha de Santa Teresa e fotógrafo; Mônica Ramalho, servidora pública e produtora cultural; Martha Pires Ferreira, artista plástica, astróloga e escritora; Maria Verônica Martins, arquiteta, artista plástica e professora; Marcílio Barroco, artista plástico; Maria Victória, empresária, loja La Vereda; Messias dos Santos, artista plástico e músico (em memória); Nelson Xavier, ator e diretor; Paulo Raymundo, músico e coordenador do Bloco Cultural Unidos do Amor ao Bonde; Ricardo Pose Garcia, empresário, loja Esquina de Santa; Regina Marconi, artista plástica e conselheira da Chave Mestra; Rute Casoy, artista plástica e arteterapeuta; Renan Cepeda, fotógrafo e ex-presidente da Chave Mestra; Samir Murad, ator e diretor; Sérgio Bernardo, poeta e escritor; Tânia Maria Carneiro; comerciaria; Valter Lano, artista plástico; Vicente Sabato, advogado; Vicente Maiolino, ator e diretor de teatro( em memória); Zoraide Gomes (Cris dos Prazeres), produtora cultural.

A edição é da Prefeitura do Rio de Janeiro, Cristina da Costa Pereira é uma consagrada escritora e poetisa, vários livros publicados. Nadia Medella, desde 2009, vem dirigindo o Laurinda de forma bem ampla, acolhendo diversos gêneros musicais, teatrais, literários e culturais.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal Nacional



Natal Tropical

Recebi on line um cartão de natal como os demais: neve, árvore de natal do Hemisfério Norte e pessoas bastante agasalhadas para o rigoroso inverno.

Certa feita meu cunhado fez uma árvore de natal com uma bananeira, pendurou frutas como laranja, banana, maçã, jaca etc...

Não teve muito sucesso, o colonialismo cultural também se faz presente nas festas que muitos dizem é uma tradição, ... importada...

De outra feita, assistia a um culto protestante, presbiteriano, portanto, cristão, e o presbítero pregador informava que há controvérsias de Jesus ter nascido nesta época natalina, há fortes indícios (estudos e pesquisas) de que Ele tenha nascido em abril...

Abril é regido pelo signo de touro, conforme a Astrologia; 25 de dezembro era uma Festa Pagã...

Por falar em Paganismo, abração nos meus queridos amigos da religião Wicca.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo, em todos (as), independentes de crenças !




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cuba Evangélica



CUBA
Revolução cubana está em sintonia com o evangelho, diz pastora
José Aurelio Paz

Havana, terça-feira, 18 de dezembro de 2012 (ALC) - "Creio que este é o melhor lugar do mundo para expressar a nossa fé evangélica", declarou a reverenda Ester Quintero Lavrada, da Igreja de Deus Ortodoxa em Cuba, em entrevista concedida ao semanário "Adiante", da província de Camagüey , onde ela trabalha.
O evangelho, explicou a pastora, é boa notícia para os pobres "e o projeto social cubano é uma boa notícia para os humildes" e está em conformidade com os princípios cristãos. "O que é a revolução, senão dar de comer aos pobres, promover saúde aos enfermos, vestir quem está nu?" - disse Ester, que está engajada no trabalho do Conselho de Igrejas de Cuba (CIC) e é membro da Assembleia Estadual do Poder Popular. 

A pastora assinalou que sempre pôde desenvolver sua vida de crente na Ilha. "Sempre me trataram com muito respeito e carinho. Agora mesmo, estou vinculada ao trabalho de saneamento da cidade. Assim, estou fazendo que minha fé seja prática, porque, como diz a Bíblia, fé sem obras é morta", afirmou.

Para a pastora, cristãos vivem um "dos momentos mais lindos" com o movimento ecumênico. "A relação Igreja-Estado se fortaleceu, nossas atividades religiosas acontecem sem qualquer impedimento, tudo dentro da lei e da legalidade, e com plena liberdade", arrolou.

Ester participou do encontro que 74 líderes de igrejas tiveram com o presidente Fidel Castor, em 2 de abril de 1990, com o propósito de esclarecer dúvidas e obstruir obstáculos. "Algumas pessoas pensavam que os cristãos eram cidadãos de segunda categoria . Isso tudo foi discutido honesta e de forma transparente. A partir daí tivermos um melhor entendimento mútuo", revelou.

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mais Reflexões Budistas

Mês 12: Mais Reflexões


Dia 11 – É que paralelamente a tal ação os nossos protetores espirituais que estão à nossa volta emanam vibrações perfumadas.

Dia 12 – Nós temos os nossos amigos em vida. Nós temos os nossos amigos depois dessa vida. Nós nunca estamos sós. Portanto, devemos sempre procurar as boas companhias. Em qualquer dos dois casos.

Dia 13 – E, se, ao precisar, nós solicitamos auxílio aos amigos da Terra, quanto mais aos amigos espirituais. Eles vêm logo ajudar-nos. Pense nisso e a partir de hoje desenvolva este salutar convívio.

Dia 14 – Todos os seres sensíveis são primordialmente iluminados. O que acontece é que nós esquecemos esta condição e com a dispersão mental enveredamos pelos mais sombrios caminhos. Para achar novamente o Caminho da Iluminação haja sofrimento, haja dedicação, haja vida.

Dia 15 – Em cada um dos nossos passos está uma semente da Divindade. Se os passos são corretos, justos, altaneiros, a semente frutifica e se reproduz em muitas outras sementes e assim ad infinitum. Caso contrário a semente perde a sua força e logo morre.

Dia 16 – Toda vez que estiveres sofrendo procura lembrar que isso é passageiro. Com este pensamento desenvolve uma força para harmonizar o teu interior e superar a depressão. Por certo, quando menos esperares, o problema que originou o sofrimento estará resolvido.

Dia 17 – Em tudo há um sinal da Divindade. Que bom se pudéssemos sempre ver assim os nossos atos. Com o tempo acostumar-nos-íamos à convivência com o Senhor do Universo.

Dia 18 – Entra na Senda, não perca mais nenhum minuto, já basta a vida inteira dispersa, alijada da grande Unidade Espiritual. Como entrar? Busca a tua mente, faz um exercício de introspecção.

Dia 19 – Hoje à noite, na hora de dormir, faz uma retrospectiva de todos os teus atos. Isso, com a prática, vai se tornar um agradável exercício e com o tempo, vai desenvolver a tua intuição.

Dia 20 – A intuição é fundamental para uma vida santa. Ela vem através do cultivo da atenção, portanto, hoje, se até aqui esquecestes que a Divindade habita em você, faz com que a partir de agora ela realmente te aceite e você faça o mesmo, aceite-a para uma convivência santificada.





domingo, 16 de dezembro de 2012

Ecomuseu da Amazônia

Ecomuseu da Amazônia


Lembranças e reflexões sobre o IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários em Belém- Pará.

Daisy Aderne Carneiro

“O museu é um espelho onde a comunidade se olha para se reconhecer” Hugues de Varine

Era meia noite de nove de junho deste ano de 2012.

Eu dormia tranquilamente aqui no Leme, onde moro há uns seis anos, telefones fixo e celular bem à mão, a mala já pronta ao pé da cama, para a viagem.

Num sobressalto atendi à tão esperada chamada de Terezinha Resende, boa amiga dos tempos de Laïs e atual Coordenadora do Ecomuseu da Amazonia, agora sediando o IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários, agendado para a semana de 11 a 16 de junho deste ano.

Há alguns meses eu aceitara o convite para representar a família de Laïs Aderne na homenagem que lhe seria prestada durante o evento, uma vez que o Ecomuseu foi uma concepção sua. Confirmei por email minha presença e aguardei, desde então, pois a Comissão Organizadora providenciaria passagens e estadia aos seus convidados.

Agora, só precisei me certificar de todos os detalhes no email e realizar essa empolgante aventura!

Ainda no avião, quase chegando ao Pará, fiquei assustada com a imensidão de água da bacia amazônica! Não dá para imaginar que, pelo menos naquela região, a água possa um dia acabar! Cheguei a pensar que devia estar chovendo muito por lá!

Fui então acumulando surpresas, sempre agradáveis!

A primeira delas foi minha conexão em Fortaleza, minha terra natal. Adorei!

No aeroporto de Belém, encontrei os participantes do evento e Terezinha Resende, nossa anfitriã nos apresentou ao Eráclito, museólogo do Rio Grande do Sul que nos ciceroneou e nos ofereceu sorvetes com sabores típicos, ali mesmo onde tudo me pareceu grandioso e moderno. Aproveitamos para registrar nossa chegada com várias fotos e assim, já íamos nos conhecendo.Todas as pessoas eram de uma amabilidade espontânea e contagiante. Aliás, essa é a característica dos nortistas em geral. Eles são alegres e nas danças típicas extravasam essa alegria toda.

No tradicional, simpático e confortável Hotel Vila Rica onde me hospedei, assim como vários participantes do evento, tive a oportunidade e a satisfação de conhecer e conviver com nomes relevantes da museologia internacional, como o francês Hugues de Varine.

Hugues é membro do Conselho Internacional de Museus e fundador do Ecomuseu Le Creosot-Montceau na França e atuou no Ministério da Cultura da França. Vindo com alguma regularidade aos encontros de museologia no Brasil, Hugues fala português com fluência e fundou o Osdic Consultores, empresa que atua em desenvolvimento de comunidades, que foi uma referencia para Laïs. Sua esposa, Beatrice foi minha companheira de trilhas na floresta, a caminho da localidade de Caruaru. Nós nos comunicávamos em português afrancesado e um pouco em inglês.

Por ocasião do IV Encontro em Belém, Hugues lançou seu livro “Raízes do Futuro” em português, traduzido do francês por Maria de Lourdes Parreiras Horta, a Lourdinha, museóloga a quem fiquei muito ligada, por nossa proximidade no hotel Vila Rica. Lourdinha atuou na direção do Museu Nacional de Belas Artes e no Museu Imperial de Petrópolis e contribuiu de forma importante na museologia nacional.

Tive a grata satisfação de estar ao lado do grande teólogo Leonardo Boff e sua esposa, Marcela Miranda. O livro de Leonardo Boff, O Tao da Libertação, lançado em 2010 ganhou nos Estados Unidos a medalha de ouro na área de Nova Ciência e Cosmologia. Sua participação na minha formação holística na primeira turma da UNIPAZ de Curitiba foi muito importante, assim como as influências de Pierre Weill, Jean Yves Leloup e outros.

Tivemos ainda a oportunidade de assistir a apresentações extraordinárias de participantes brasileiros. A apresentação que mais gostei foi da Consciência Negra 13 de Maio, de Santa Maria, Rio Grande do Sul (clubessociaisnegros.com.br), feita pela Giane.

No dia da abertura do encontro a Secretária Municipal de Educação e Presidente da Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira/Funbosque Profa. Terezinha Gueiros apresentou a biografia de Laïs Aderne, que concebeu a idéia e deu início ao movimento de desenvolvimento comunitário com ênfase nos fazeres e saberes da memória coletiva. Neste momento, fiquei muito emocionada e aguardo o envio de uma cópia da sua fala.

Uma das diretrizes eficazes para o sucesso do Ecomuseu da Amazonia é, além da determinação e eficiência de sua Coordenadora Terezinha Resende, é a parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Coordenadoria do Desenvolvimento Comunitário/CDC e o Projeto AMA com Ação Voluntária e Participativa. Entre elas, a Ecoescola Municipal Laïs Aderne que fica no bairro de Paracuri, e que tive a satisfação de conhecer. onde a Profa Terezinha Gueiros não mede esforços no exercício de suas funções para a realização das numerosas e grandes obras que tanto favorecem aquela população.

A parceria do Ecomuseu da Amazonia com a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental, Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, “Funbosque”, possibilitou ao Ecomuseu estabelecer sua sede na ilha de Caratateua, ou Outeiro, como é mais conhecida, a 35 km de Belém, numa bela e rica área de floresta tropical secundária, com 120 mil m2 (12 hectares). Por ali transitam centenas de alunos distribuídos, na sede e nas outras sete unidades pedagógicas, do Jardim 1 ao Ensino Médio Profissionalizante – Curso Técnico em Meio Ambiente. Na sede do Ecomuseu vi a foto de Laïsem destaque. Uma nova sede está sendo construída ali mesmo.

Todo o entorno da sede do Ecomuseu da Amazonia e da Funbosque pode ser percorrido por caminhos impecavelmente limpos, perfeitamente sinalizados, por entre árvores exuberantes; tais caminhos levam a incontáveis edificações destinadas às atividades da Escola Bosque. Pude ver funcionários da Prefeitura, uniformizados, fazendo a manutenção dos espaços.

A área de abrangência do Ecomuseu compreende o Distrito de Icoaraci (bairros Paracuri e Orla) estendendo-se até a região das Ilhas Caratateua (bairros São João do Outeiro, Fama e Tucumaeira), Cotijuba (comunidades Poção Seringal e Faveira) e Mosqueiro (Circuito Castanhal do Mari-Mari-Caruaru).

Icoaraci é um distrito administrativo de Belém, distante cerca de 20 km da capital, com 300 mil habitantes. Para alguns historiadores, Icoaraci significa “de frente para o sol” ou “aonde o sol repousa”. O historiador José Valente diz que Icoara significa águas e ci significa mãe. Portanto, o significado do nome seria mãe de todas as águas. As principais atividades econômicas de Icoaraci são o turismo, a pesca, o artesanato com ênfase na cerâmica, o comércio informal, indústrias e serviços públicos e privados.

O nome Mosqueiro é originário da antiga prática de moqueio do peixe pelos índios Tupinambás que habitavam a ilha.

Tivemos a oportunidade de visitar a ilha fluvial de Castanhal de Mari-Mari, localizada na costa oriental do Rio Pará, no braço sul do rio Amazonas, em frente à baía de Guajará. A Ilha tem uma área de aproximadamente 212 km2 e é ligada a Belém pela ponte Sebastião de Oliveira, com 1.485m de extensão, que atravessa o Furô das Marinhas, distante cerca de 80 km de Belém.

Conhecemos os chalés e as belezas naturais da ilha. Um bom desafio para mim foi percorrer a trilha Olhos D’Água, que se estende por 3.668m, terminando na Comunidade Caruaru, onde almoçamos. Fizemos essa trilha em um grupo pequeno, guiados pelo Renato, estagiário do Ecomuseu da Amazonia.

Assistimos apresentações de Carimbó (que adorei dançar) assim como uma apresentação infantil, com temática ambiental, que emocionou a todos. Pude voltar no tempo ouvindo relatos sobre Laïs, que percorria de barco, na companhia de cientistas, historiadores, geógrafos e ecologistas as ilhas, florestas e trilhas, levantando suas potencialidades e inventariando as atividades das populações ribeirinhas. Quis ela então que tudo aquilo fosse resgatado e hoje, cinco anos depois, se ela pudesse estar lá, veria a valorização daqueles mestres em potencial.

Na verdade, ela ainda teve a oportunidade de criar e inaugurar o magnífico “Museu de Artes e Ofícios” e ali agregar um grande número de ceramistas, com o apoio do Município.

As ações desenvolvidas pelo Ecomuseu são pautadas em três eixos: ambiental, cultural e turismo.

Por ocasião do IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários, o Ecomuseu da Amazonia pôde dispor de espaços adequados e confortáveis para o grande número de participantes nacionais e internacionais. Pudemos usufruir não só do bem montado anfiteatro para apresentações, como das modernas tecnologias que permitem a tradução simultânea de palestras. Contamos ainda com espaços aprazíveis para refeições ligeiras, onde eram servidos pratos típicos, assim como assistimos com frequência grupos de dança e apresentações de teatro ao ar livre.

Na recepção oferecida após a abertura do IV Encontro, no Centro de Eventos Benedito Nunes, na Universidade Federal do Pará, um imenso e caloroso ambiente, onde delícias da culinária regional eram servidas, encontrei muitas pessoas que conheceram Laïs e queriam contar suas lembranças; outras, que mesmo sem tê-la conhecido desenvolveram tal afinidade que chegaram a montar peça de teatro com Laïs de protagonista, improvisando seus trajes, etc... Esse era o Diogo, da Universidade Federal do Pará/UFPA. Ele virá ao Rio conversar sobre ela, pois se não me engano, quer fazer sua monografia de mestrado sobre Laïs.

No encerramento do Encontro houve a homenagem do Ecomuseu à Laïs, que foi muito emocionante, realizada justamente em Icoaraci, o reduto dos ceramistas agregados num local especial, às margens do rio onde, semanalmente, se reúnem ao lado de seus quiosques, com suas cerâmicas, para cultuar o pôr do sol cultural. Então, junto à população dançam animadamente o Carimbó, ao som de músicas regionais.

Nesse ambiente apresentei e li a carta escrita por Laïs, poucos meses antes de sua partida. A comoção foi geral! As pessoas viam em mim sua querida protetora e assim, vinham me abraçar com muito carinho e dizer o quanto a amavam. Uma kardecista presente dizia que Laïs estava ali também! Naquele momento foi gravado um pequeno vídeo com meu depoimento.

Um gigante e delicioso bolo foi servido a todos, como de praxe nos aniversários e terminamos a festa cantando os parabéns à Laïs e ao Ecomuseu da Amazonia.

Como todos os participantes, recebi uma bolsa com a logomarca do Ecomuseu, contendo folders informativos da região, um cd com músicas do Carimbó e uma bela mandala em cerâmica comemorativa do evento.

Por fim, ainda uma surpresa! Terezinha Resende nos proporcionou uma pequena excursão de taxi a Belém. Éramos quatro pessoas: Beatrice, Lurdinha e Maria Mirilande dos Santos, que nos acompanhou a pedido de nossa anfitriã. Conhecemos as docas, algo extraordinário após a reurbanização, onde almoçamos um delicioso vatapá. Tudo é imensamente grande como são, aliás, todas as docas e águas a perder de vista. Tiramos algumas fotos. Muito original é o espaço dos músicos que, como um grande elevador horizontal, percorre todo o espaço dos restaurantes e lojas de um lado para outro, todo o tempo. O Mercado Ver o Peso logo ao lado, é outra atração, mas só o vimos por fora, pois o tempo era curto, considerando que a viagem de volta seria de duas horas e muita água cobrindo a estrada. Visitamos a Catedral da Sé e toda a região Central de Belém, com imensos edifícios e a parte antiga, com suas belas construções. Na verdade, não houve tempo para assimilar tanta informação, mas pudemos ter uma visão geral da capital do Pará.







domingo, 9 de dezembro de 2012

Reflexões Búdico-Literárias

Mês 12 – Reflexões


Dezembro: Recria no próximo ano, a cada momento, uma atmosfera de Paz.

Dia 1 – A mentira se vence com a verdade, a injúria com a bondade, a cobiça com a generosidade. Homens e mulheres, procedam assim que os frutos do Caminho tornam-se mais viçosos.

Dia 2 – Momentos há em que titubeamos na Senda. É até natural e faz parte. Isso pra testar a nossa força interior. O problema não está na mensagem, mas no receptor. É preciso limpar bem os canais de transmissão para que a mensagem flua tranquilamente.

Dia 3 – Veja que ao desejar algo estais desenvolvendo toda uma força física e mental. Pondera bem e vê se todo este esforço é válido, já que mais adiante ele pode desfazer-se. Não seria mais negócio usar toda essa energia para a descoberta do Caminho?

Dia 4 – E se você já descobriu o Caminho, procura com a tua inteligência e dedicação descobrir qual o atalho mais próximo que o liga diretamente com a Divindade.

Dia 5 – Creio que após uma acurada pesquisa você verificará que fica na sua mente este atalho. O coração é o indicador. O atalho passa pelo coração e as transformações virão renova-lo.

Dia 6 – Não há nesse mundo nada que escape à recriminação: o homem silencioso é recriminado porque não fala. O falador é recriminado porque fala demais. Devemos procurar o caminho do meio, evitando sempre os extremos.

Dia 7 – Procura dominar os ventos que sopram em tua mente. Eles dão corda ao desejo. E os desejos passam logo já que transformam-se em novos desejos. No fundo isto é uma interminável cadeia da dispersão que, literalmente, nos prende ao rodamoinho da Terra.

Dia 8 – Para a libertação temos de ser fortes. Um caráter vacilante não se coaduna com a espiritualidade. Muitas são as intempéries, mas com garra venceremos todas. É só querer...

Dia 9 – A convivência com os princípios doutrinais é recomendada, mas o que não é válido é quando é quando esta convivência não se faz acompanhar de uma correta postura de vida.

Dia 10 – As boas ações emanam perfumes como as flores. Se tivermos a sensibilidade de compreender esta mensagem, veremos que com o passar do tempo, vez por outra, acontecem-nos durante vários momentos do dia, aromas indescritíveis.

Observações:

- Na coluna da direita, o leitor pode ver a capa do livro “Desperte com Alegria”, de nossa autoria, editora Espaço e Tempo, Rio de Janeiro, 5ª edição, 1994.

- Subtítulo: “365 reflexões para um cotidiano feliz”.

- Neste blog, vamos, aos poucos, reproduzir o pequeno volume de bolso que, há muito, está esgotado.





sábado, 8 de dezembro de 2012

PSB em Caxias, RJ

Alexandre Cardoso


É o prefeito eleito do município de Duque de Caxias, limítrofe ao Rio de Janeiro, pelo PSB – Partido Socialista Brasileiro.

Estou torcendo para chegar logo 2013, ele tomar posse e começar a resolver os graves problemas que assolam aquela cidade da Baixada Fluminense. São muitos e todos sabem que serão resolvidos aos poucos, mas existem situações graves, por exemplo, logo após ser aclamado vencedor do Segundo Turno das eleições, Cardoso em uma entrevista, disse que existem bairros onde falta água há 10 anos...

Esta reflexão me ocorre neste fim de semana, onde os termômetros, segundo as mídias, registram a sensação térmica de 44 graus no Grande Rio. Um calorão impressionante !

Imaginem a pessoa querer beber água e não poder, ou tomar um banho, tendo que recorrer aos poços artesianos, ainda bem que Deus (a natureza ou outro nome que queiram) criou os lençóis de água subterrânea...

É a famosa indústria da seca, dos carros pipas... entra década e sai década, entra governo e sai governo, entra século e sai século... incrível a insensibilidade das elites que perpetuam-se nos poderes enquanto o povão, a massa aceita o pão e o circo através do futebol, do carnaval e outras ilusões mais...

Uma coisa é o esporte, a cultura; outra é a manipulação que se faz com estas preferências populares...

As reticências, no final de cada parágrafo, constituem o nosso espanto filosófico...

Daí que estamos torcendo pelo prefeito Alexandre para que faça uma boa gestão: Duque de Caxias merece, o seu povo idem, aqueles que visitam a cidade também, os que lá trabalham idem.

O Prefeito eleito, entre outras prometeu reabrir o Hospital Duque, ora só mesmo no Terceiro Mundo um hospital público pode ser fechado. E os conservadores ainda dizem que esta designação Terceiro Mundo não existe mais, agora é país emergente, pois sim...

Trabalho em Duque de Caxias, com muita honra ! E vejo o lixo se espalhando pelas ruas. Os moradores queimando o lixo nas esquinas para evitar ratos, insetos e muitas doenças.

Não voto em Duque de Caxias, mas torci muito e divulguei o então candidato do PSB, felizmente ele ganhou.

Agora é torcer pelo bom governo, acredito que ele fará.







quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Literatura e Realidade



Nós, os mentirosos

As grandes religiões recomendam não mentir.

Com o Budismo não é diferente, em “O Darmapada – a Doutrina Budista em Versos”, L&PM Editores, 2009, página 105, palavras atribuídas ao Buda, Ele diz:

“Aquele que mente cairá no inferno.
E o que tendo feito, afirma “Isso não fiz”.
Esses dois seres, homens de ações malévolas,
Uma vez mortos, no além se igualarão”.

A boa notícia com relação à estrofe acima (primeira do capítulo XXII) é que no Budismo, o inferno é temporário. Após cumprir a pena, como se fosse em uma prisão o Espírito volta, renasce, alguns chamam de reencarnação.

Contudo, parece que todo ser humano, pelo menos uma vez na vida mente, já mentiu ou mentirá.

Então, só um belo dia, quando ele ou ela decidirem que não vão mais mentir é que começa a libertação da roda dos renascimentos, a roda do Samsara, a roda deste mundo.

E por que toda esta recomendação para não mentir ? É que a energia da mentira é muito negativa e atrai outras mentiras, outras negatividades.

Mahatma Gandhi que sabia disto falava em Satyagraha – a Força da Verdade. A Energia (ou força) da Verdade é muito melhor.

Pode-se, filosoficamente, questionar o que é verdade, o que é a verdade e surgirem diversas interpretações. Podemos então escrever assim: a Força da Realidade, a Força do Real.

Mentiras... e os seus sinônimos não são Energias boas, produtivas, construtivas.

A sabedoria popular têm diversos ditados sobre o parágrafo acima, tipo: “mentira tem pernas curtas” ou “doa a quem doer, mas a verdade tem que ser dita”.

Uma forma de começar a libertar-se do Samsara é pedir desculpas, perdão, assumir o erro, assumir o equívoco, assumir a inverdade, assumir a omissão e não repetir mais a Energia malsã.

Recomenda-se, conforme cada um acredita: um banho de descarrego, passes, preces, orações, meditações, ler livros sagrados e similares.






domingo, 25 de novembro de 2012

Palavra = Ser Vivo



Poética do Bondinho

Cristina da Costa Pereira, lançou recentemente, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa, RJ, o seu 12º livro: “Poemas com Destino Certo”, reunindo prosa e poesia referentes ao aprazível bairro carioca e o seu tradicional bondinho, temporariamente, segundo as autoridades, fora de circulação.

Formada em letras pela UFRJ, Cristina em seu fazer escritural aproxima literatura, espiritismo e algumas pitadas de reivindicação social, no caso, o transporte que os moradores e visitantes sentem falta.

Na página 14 ela faz uma poesia dedicada “À Palavra” e me fez lembrar da bonita linhagem Mahikari, que une budismo japonês, xintoísmo e cristianismo. Arte Mahikari, como é conhecida, nos fala de um termo Kotodhama ou Kototama, sugerindo que as palavras têm vida própria, os vocábulos são, seres vivos, “pessoas”, pois o ato de falar carrega muitas energias, positivas e negativas, por isso é sempre bom só utilizarmos as palavras construtivas, palavras corretas, como ensinaria o Buda.

Eis os versos de Cristina:

A palavra é sagrada
melhor o silêncio
se não se pode acariciar o papel
com a palavra exata.

Entremeada com o mistério
ela insiste, tecendo a existência.

Há dentro de mim uma melodia
que clama: escrever para iluminar,
estado de poesia
estado de vida.




sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fábulas Búdicas



Fábulas: Literatura Budista ?

Outro dia, publicamos aqui neste blog, artigo sobre Os Contos de Fadas e o Budismo, agora queremos falar das Fábulas e a Literatura Budista.

Estou lendo o ótimo Fábulas de La Fontaine, edição portuguesa de 1996, capa dura, versificada por escritores portugueses do século XIX, Moderna Editorial Lavores.

Jean de La Fontaine (1621-1695) fez a recolha de amplo material e o resultado e este volume com 384 páginas, ilsutrações de Gustave Doré. São 240 fábulas.

Na introdução ficamos sabendo que as origens destas fábulas encontram-se no Pantchatantra da antiga filosofia indiana e nos Avadanas, textos sagrados do Budismo Indiano, cuja base á a língua sânscrita e não o páli.

Vejamos agora um bom exemplo, a famosa “Fábula da Cigarra e da Formiga”, escrita em versos pelo grande poeta Bocage (1765-1805).

Tendo a cigarra em cantigas
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse
Pois tinha riqueza e brio,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso Estio.

“Amiga – diz a cigarra –
Prometo, a fé de animal,
Pagar-vos antes de Agosto
Os juros e o Principal.

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
“No Verão, em que lidavas?”
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: “Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora:
Oh, bravo ! – torna a formiga; -
Cantavas ? Pois dança agora !”







segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Multidiversidade partidária



Mais Partidos Políticos

O ex-ministro Fernando Lyra em recente entrevista na revista Carta Capital e republicada no blog do jornalista Paulo Henrique Amorim, perguntado sobre a quantidade de partidos políticos no Brasil disse que é contra proibir a formação de novas agremiações políticas.

Valeu grande brasileiro Fernando Lyra, a quem muito admiro, desde os tempos do MDB autêntico nos anos 1970 !

Eu também, na parte cidadã que me toca, sou contra e vou além, afirmo: quanto mais partidos melhor. E como tudo na vida, a seleção natural, a Lei da Impermanência, se encarrega de fazer a triagem... uns ficam, outros passam...

Imaginem se proibissem agora a formação de novos blocos carnavalescos ou escolas de samba no país ? Que absurdo ! Imaginem se proibissem a criação de novos clubes, times de qualquer modalidade esportiva ? Que pena !

Falando nisso, li há poucos dias que está em fase inicial o PDIB – Partido Democrático Indígena Brasileiro, ótimo ! Vão representar “nossos irmãos índios”, como falava o grande estadista Leonel Brizola, que permitiu em seu antigo PDT o primeiro índio deputado federal Cacique Mário Juruna.

Bola pra frente PDIB ...  !



domingo, 11 de novembro de 2012

Vias de Paciência



Gratidão à Perimetral

O Budismo recomenda agradecermos a tudo e a todos. Está na hora de começarmos a agradecer ao Elevado da Perimetral que durante décadas serviu ao Rio de Janeiro.

Informa a edição on line de O Globo, de hoje, 11/11/12, que a partir de abril do ano que vem o querido Elevado, por onde transitei inúmeras vezes, será implodido, não sei se parcialmente ou totalmente. Ali será construído o Porto Maravilha.

Inicialmente, me vem à mente o ensinamento do Buda: “tudo passa, tudo é transitório”. Absolutamente tudo..., neste plano físico da existência...

Penso que, daqui para a frente, o carioca precisará redobrar a dose diária de paciência para trafegar pela cidade. Engarrafamentos serão muitos, até porque com a construção de estações do Metrô para a Barra da Tijuca, vão mexer já, no trânsito do Leblon e adjacências... haja retenções... obra prevista ao longo de 18 meses...

Outro ensinamento do Buda: “a paciência é a maior de todas as virtudes”.

Outro dia, ouvi numa fila alguém exclamar ironicamente: “Falam tanto em Paciência, eu não sei onde mora esta senhora!”. E eu brincando respondi: “Ela mora no seu coração, dentro de você e só através da oração e do silêncio ela se manifesta, ela aparece”. O cidadão tomou um susto, não sabia o que responder... pedi desculpas a ele pela interferência e completei: “é um ensinamento budista”.

Portanto, vamos agradecer ao Elevado da Perimetral que tanto serviu à cidade. Vejam quantas pessoas trabalharam na construção dele, do mais humilde servente de pedreiro, ao engenheiro chefe ou secretário de obras. E todos deixaram ali as suas vibrações, as suas energias, seus sonhos, caminhos e descaminhos. 

Quando o Buda, acertadamente, recomenda agradecermos aos objetos, lugares aparentemente inanimados, é porque ali está implícito muitas vidas, milhares de vidas que por ali passaram.

Que a felicidade, a paz e a saúde também estejam nas novas vias que vão se abrir na "Mui Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro".

sábado, 10 de novembro de 2012

O Buda e os Contos e Fadas



Budismo e Contos de Fadas

“Em seu livro “Literacy Criticism East and West”, diz Lafcadio Hearn que a maioria das lendas e fábulas do Velho Mundo poderia ser levada até suas origens budistas. Na verdade, estudos de folclore comparado demonstram que numerosas histórias de fadas do Ocidente derivam, de fato, de fontes budistas e indianas. Além do mais, e este fato é frequentemente apontado, a famosa passagem bíblica sobre o filho pródigo tem um paralelo quase exato no Lótus Sutra. Esses paralelos sugerem, mais uma vez, que forçosamente houve alguma ligação entre Budismo e Cristianismo”.

A citação está na página 83 do ótimo livro “Budismo: O Primeiro Milênio”, de Daisaku Ikeda, editora Record, 1977. O autor é o presidente da linhagem BSGI – Brasil Sokka Gakai Internacional. Uma corrente leiga budista que está presente em mais de 80 países e tem como livro base o Sutra Lótus.

Já existem, em outras línguas, diversos estudos sobre o paralelismo entre os Contos de Fadas e o Budismo. Foi a partir das famosas histórias do Játaka que tais narrativas se espalharam. Os Játakas contam as vidas anteriores do Buda, quando ele era animal, planta, mineral etc.

Daisaku Ikeda nasceu em Tóquio, em 1928, já escreveu mais de 40 livros, traduzido em vários idiomas. Neste Budismo – o Primeiro Milênio ele fala da expansão do Darma em vários países: Inglaterra, Palestina etc. Além da própria Índia, quando era o apogeu da Civilização Budista. Ikeda cita fontes afirmando que os antigos Celtas e sacerdotes druidas conheciam o Budismo através de missionários (monges e leigos) que andavam pela velha Europa.

Na obra há um capítulo sobre o Sutra Vimalakirti onde se diz que o Buda não fazia distinção entre leigos e monges. Vimalakirti era um chefe de família, comerciante e completamente iluminado.

Em 31/10/1992, o falecido colunista Zózimo Barroso do Amaral, em sua prestigiosa página no antigo Caderno B, da edição impressa do Jornal do Brasil informava:

“A Academia Brasileira de Letras tem pela primeira vez um membro correspondente asiático. Trata-se do intelectual japonês Daisaku Ikeda”.

domingo, 4 de novembro de 2012

Educação é Vida



Dimensões da Educação

Educação é um todo, é abrangente, é um educar-se até o final da vida, é um construir-se, melhorar-se e neste caminho tudo está incluído, por mais amplo que seja este “tudo”. Pelo menos, o “todo – tudo” possível de cada um. Esmerar-se, empenhar-se num diálogo com as partes que compõem esse todo-tudo, como um mosaico. A alegria, o prazer da leitura coaduna-se com a satisfação, o encanto do constante aprender, apreender, ser. Nunca acabado, mas um fazer-se. Descobrir, descobrir-se.

As reflexões acima me vem à mente enquanto estou lendo e gostando do livro de Andréa Ramal: “Depende de Você – Como fazer de seu filho uma história de sucesso”, editora LTC, 2012.

A autora é doutora em Educação pela PUC-Rio, consultora da área de educação da TV Globo, com uma coluna semanal no telejornal Bom Dia Rio. Dirige Projetos Educacionais desenvolvendo ações de responsabilidade social em diversas empresas. Tem livros publicados no Brasil e exterior, treinou e capacitou professores e gestores em países da América Latina. Há mais de 20 anos dedica-se ao tema.

Um dos itens que nos chamou a atenção está na página 33 quando fala sobre “Atividades voltadas para o interior, como meditação”. Existem muitos outros itens, ao longo das 222 páginas que merecem os nossos bons comentários, mas vamos ficar, desta vez, só com este, que coincide justamente com proposta semelhante que já desenvolvemos em algumas escolas do Grande Rio, o PARE – Projeto Atenção e Relaxamento na Escola.

Em vez de meditação chamamos de Relaxamento.

Quem desejar maiores informações é só visitar o blog     www.andrearamal.com.br

Bons estudos, boas pesquisas.