terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Literatura Socorrista



Espírito Energia Mimi

Hoje eu me lembrei da Energia Mimi, uma espírito de Luz que se apresenta como uma menina pré-adolescente. Certa feita ela me disse: “tenho a experiência de uma senhora idosa, mas em função do meu trabalho, apareço bem jovem”.

Então eu perguntei: “Qual é o seu trabalho no mundo espiritual?” Ela disse: “Trabalho com uma equipe de Espíritos Socorristas, nas estradas, socorrendo nos acidentes os desencarnados e quando tem criança, então ele ou ela sentem afinidade comigo e ajudo na passagem, que é algo traumatizante para muitos que vão e os que ficam”.

Foi justamente hoje, 28/01/14, pela manhã que aconteceu um trágico acidente na Linha Amarela, RJ, onde até agora, a mídia fala em 4 desencarnados e feridos.

Então pensei: “Mimi deve estar por lá com a equipe”. Eles fazem um trabalho de resgate e conforto com as almas desencarnadas, os sobreviventes e os familiares.

Entre as décadas 1980 e 1990, quinzenalmente e às vezes mensalmente, eu saía do Rio, ia até Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde residia minha Tia Eliza, e lá em sua casa, fazíamos reunião espírita. Hoje falecida, reverencio minha Tia e Madrinha Eliza que muito me ensinou. Era excelente médium, incorporava e então eu entrevistava os espíritos que faziam parte daquela falange familiar.

Não confundir Mimi com o Espírito Meimei, que tem vários e ótimos livros publicados pela FEB – Federação Espírita Brasileira, alguns li na infância e adolescência.

Aproveito para citar os demais Espíritos Energias da falange familiar: Irmão Gomes, o mentor; Amiga da Figueira; Zé Pedrinho, Cigana e outros que no momento me falha a memória, em outra oportunidade falarei mais deles.

Por enquanto parabenizo a todos esses Espíritos Energias pelo maravilhoso trabalho que realizam. Envio aos desencarnados, feridos e familiares as boas vibrações de conforto astral tanto do Oriente búdico quanto do Ocidente cristão.

domingo, 19 de janeiro de 2014

5 - Poesia de Hélion Póvoa





SÍNTESE

A capacidade de sintetizar
É indubitavelmente da existência
A alma; em verdade ela é a quintessência
Em nosso viver no dia a dia !

Palavras são como raios de sol
Quanto mais condensados, mais vão atuar !
Aumentando a intrínseca harmonia,
A síntese vai incrementar a compreensão
E nos levar ao cume da inspiração !

Comentário:

A poesia tem uma epígrafe, do poeta Horácio, na antiga Roma, sendo suas datas prováveis: nasceu em 65 aC e faleceu em 8 aC: “Quando se tenta não sintetizar as idéias, corre-se o risco de ficar obscuro”. Para ser claro, certeiro, é preciso trabalhar a síntese.

Por exemplo, se observarmos bem, as palavras de Jesus, nos Evangelhos, são de uma síntese impressionante. E é por isso que resistem aos séculos.

O poema acima faz parte do livro Dons Espirituais, onde o médico e poeta carioca Hélion Póvoa vai tecendo profundas reflexões muito importantes para a Vida.

Síntese é objetividade, pragmatismo. É o viver que nos impõe esta qualidade de Ser, em todas as áreas.

Bela imagem quando o poeta diz: “Palavras são como raios de sol”. Me fez lembrar do Xintoísmo, a filosofia original do multimilenar Japão. Eles chamam de “kototama”, isto é, a palavra é viva, a palavra tem um Espírito, a palavra é como se fosse um ser vivo, e de fato o é. A palavra é uma “pessoa” audível, sonora, feita de sopro. O sopro da Divindade.







quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Quando eu me tornar Deus



Quando eu me tornar Deus

Antonio Carlos Rocha


Quando eu me tornar Deus,
Certamente daqui a alguns bilhões de anos-luz
Vou receber do Senhor Buddha Primordial,
O Deus Rei Sol
Um pedaço de espaço no Vazio Cósmico
De preferência, um pedação.
Vou acabar com o sofrimento
E essa história de dor.

É muito chato,
Para dizer o mínimo
Ficar enfermiço:
Doente aqui
Sofre ali
Doe isso.

E para não doer tanto
Desde já, aqui na Terra
Aproveite e vá doando
Se desapegando
Que é o melhor caminho da
Felicidade.

Mas voltemos ao meu universo.
Quando eu me tornar Deus
Criador do meu Cosmos
Doença não vai ter
Só perceber que o
Importante é Ser.

E quando tiver que morrer
Que todo mundo
Morre mesmo um dia
Vai ser tipo uma luzinha
Que se apaga, pronto
Apagou, apagado.

Vai haver Reencarnação
Renascimento
Ressurreição
É só trocar a bateria
E recomeçar
No outro dia.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Mantra da Água


                                       Divindades da Água


Com este calorão que se abate sobre o Rio de Janeiro,  sensações térmicas que chegam a 50º, disse a mídia, lembrei da minha primeira aula de Ecologia, na verdade, um ensinamento Zen.

Em 1974 eu morava no Templo Budista de Santa Teresa, RJ, e durante seis meses, convivemos com o Reverendo Kiugi Tokuda, missionário da linhagem Soto Zen, que hoje reside na França.

Belo dia ele nos ensinou sobre a importância da água, precisamos agradecer, diariamente aos seres vivos (moléculas) que compõem o elemento Água. Devemos proteger as águas, cuidar das águas como cuidamos de uma pessoa, de um bebê, de um idoso.

Nesse tempo fico refletindo sobre as populações que moram nas ruas, aqueles que não tem água potável, água encanada em suas residências e redobro a reverência e agradecimento aos Devas, seres divinos que habitam as águas.

São conhecidas as experiências que um cientista japonês fez, recentemente, com a água, mas quero falar bem antes, o que aprendi com Tokuda. Água é Vida, Água é Buda. Água é Deus.

Um dos livros bons e bonitos que guardo da época acima é a obra do filósofo budista japonês Daisetz Teitaro Suzuki, “The Training of The Zen Buddhist Monk”, publicada em 1959, em Nova York, pela University Books, capa dura, 164 páginas.

É uma edição de arte, 43 ilustrações em aquarelas, explicando desde o momento de acordar dos monges, até a hora de dormir, passando por todas as atividades ao longo do dia e da noite.

O primeiro capítulo explica como é a Iniciação,o segundo “Vida de Humildade”, o terceiro “Vida de Trabalho”, o quarto “Vida de Serviço” ao próximo, à natureza, à sociedade; o quinto “Vida de Oração e Gratidão” e por fim os apêndices.

Aprendemos a respeitar a Água como respeitamos os demais seres vivos, na página 147 tem o Mantra da Água: 

“Om, Ma – ku – la – sai Svaha!” 

“Salve Seres, evitemos desperdiçar água, oferecemos respeitosamente esta água que vamos utilizar agora, a todos os Budas e Bodhisatvas, que os reinos celestiais dévicos abençoem esta água. Gratidão. Assim seja !”.


sábado, 11 de janeiro de 2014

Saudações Antonistas



Reverências Antonistas


Vez por outra, escrevo nos meus blogs alguma referência sobre o Antonismo Esotérico.

Como estamos em um ano dedicado a Santo Antonio de Categeró (respeitamos os que tem uma abordagem diferente para este santo) recebi um recado para contar como conheci esta linhagem espiritual.

Em 1970 morava com outros amigos no alto de Santa Teresa, o aprazível bairro carioca. Era uma comunidade bem original. Ficava lá na Estrada Dom Joaquim Mamede, caminho do Sumaré e estávamos construindo, de forma voluntária, o Templo Budista que existe até hoje.

Era um espaço ecumênico, aparecia gente de diversas correntes religiosas e filosóficas.

Uma das pessoas que frequentavam semanalmente o local e ajudava financeiramente, comprando material de construção civil era o Genaro. Ele era dono de um restaurante vegetariano na Rua da Alfândega e muito conversávamos. Assim ficamos amigos.

Belo dia soube que Genaro era antonista, como sou um estudioso da “fenomelogia religiosa” e “religiões comparadas”, nossos diálogos eram constantes, até porque, uma vez ele me disse: Antonismo e Kardecismo muitos pontos em comum.

Antonismo, nascido na Bélgica, é uma linhagem espiritualista e bebeu na fonte dos Katharós (movimento surgido no século 1) franceses, lembrando que Kardec também (era) francês.

Meu amigo Genaro é falecido, mas quero virtualmente, enviar um grande abraço a ele e seja muito feliz na dimensão em que se encontra.

Na linha do tempo: reverências aos Kátharos (amigos de Deus), gratidão Kardec, obrigado Louis-Joseph Antoine (1846-1912) fundador do Antonismo, valeu Genaro !

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Literaturas Bíblica e Budista



Reis Magos do Oriente, Budistas?


Cremos que sim! A Bíblia é bem clara nesse item: “eis que vieram uns magos do Oriente” (Mateus 2:1). O texto sagrado não específica a quantidade, mas popularmente passou-se a considerar Três Reis Magos.

Em nossa interpretação, eram Lamas Budistas que estavam procurando o tulku (reencarnação de um Buda da antiguidade) Jesus.

Era uma comitiva de monges budistas, como os praticantes reverenciam o Buda, o Darma (doutrina) e a Sanga (ordem), talvez resida aí o detalhe do Três Reis. Essa é uma multimilenar antiqüíssima tradição. Eles são avisados pelos Espíritos que em tal lugar renasceu o Ser de Luz e assim seguem para lá.

Os recentes filmes sobre o Tibet e o Dalai Lama esclarecem bem esta prática.

Estudiosos sabem que 1 século antes de Jesus nascer já existiam missionários budistas pregando naquela região.

Estes “magos” vieram preparar os pais de Jesus para que, aos 13 o menino fosse estudar nos monastérios da Índia, Nepal e Tibet, ficou lá até os 30. Período em que a Bíblia não fala nada, dos 13 aos 30 anos.

Portanto, nossas reverências à equipe que veio do Oriente visitar Jesus.

Hoje, as pessoas chamam “Chá de bebê”, normalmente se faz, às vésperas do nascimento da criança, mas a Bíblia diz que os “magos” se perderam um pouco no caminho, digamos que foi um “Chá de Bebê Espiritual”, com o menino já nascido.

Outro detalhe: aprendi na Espanha que o Dia de Reis é uma importante data da Cristandade. As pessoas colocam três bonequinhos de pano nas janelas para os Reis Magos trazerem os presentes para as famílias e então há a troca comemorativa de presentes. Também serve para pedir que os Reis Magos abençoem e protejam o Lar onde estão os três bonequinhos de pano.

Nas padarias as pessoas compram pães e bolos com prendas indicando os presentes dos Reis. É uma ótima comemoração.

E a noite, em Madrid há um belo desfile de carros alegóricos trazendo simbolicamente presentes e boas vibrações para a capital e todo o país.

Em 2011, fazia um frio doido, mas lá estavam eu, minha filha e meu genro, em meio a multidão, presenciando a venerável festa.

Bem que os brasileiros podiam adotar essa festa religiosa, com pâes, bolos, prendas, bonequinhos nas janelas e o desfile de carros alegóricos.

O Dia dos Reis Magos é o ponto de união, na vida de Jesus, entre a sabedoria do Ocidente e do Oriente.

Reverências !


domingo, 5 de janeiro de 2014

Literatura Budista Primitiva




Buda e o Criador


Geoffrey Parrinder (1910-2005) foi professor visitante nas universidades King’s College London, Oxford, Austrália,  Nigéria. Pastor Metodista conceituado, foi professor do então seminarista Desmond Tutu, hoje Arcebispo da Igreja Anglicana na África do Sul e amigo do falecido líder Mandela.

Em seu livro “La Sabiduría de los Primeros Budistas”, ediciones Lidium, Buenos Aires,1980, afirma que o mais antigo texto que se conhece do clássico budista Dhammapada (A Senda da Virtude), está em língua Gandhari e, provavelmente, data do século I ou II.

O trecho a seguir faz parte de sua obra “A Sabedoria dos Primeiros Budistas”, páginas 62 e 63:

“O jovem sacerdote brahmanista Vasetthar disse: Ouvi que o Venerável Gótama (Buda) conhece o caminho da união com o Criador?

E Sidarta declarou: Para Buda não há nenhuma dúvida sobre o caminho que conduz o mundo ao Criador.

Vasetthar tornou a dizer: Então que o Buda nos mostre o caminho da união com o Criador e nos salve.

E Buda respondeu: Deixe que tua mente preencha o mundo com pensamentos de amor. Esse é o caminho para a união com o Criador”.




quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Paz Literária



Literatura PL

Todo ano a Instituição Religiosa Perfect Liberty publica um bonito calendário com ótimas reflexões.

È bom lembrar também que, todo dia 1º, a PL realiza em todo o mundo a “Cerimônia do Dia da Paz”, para que todos reflitam sobre a importância de cultivarmos a data em nossos interiores, em casa, nas ruas, nos trabalhos, em todo canto, sem paz não se vive, ou se vive muito mal.

A mensagem deste primeiro dia em 2014 diz: “Ultrapasse as fronteiras, tenha amor por todo o nosso planeta. O mundo está transbordando de problemas. Ore pela paz de toda a humanidade, sem se limitar ao seu país”.

É muita fácil orarmos/meditarmos por quem simpatizamos, precisamos então, ultrapassar o obstáculo e fazermos preces por todos, incluindo adversários, inimigos... etc... e assim deixam de ser inimigos.

É um treinamento espiritual, mas vale o esforço correto que recomendava Buda.

A PL é uma filosofia que vem do Japão, fundada por um monge budista da linhagem Zen Obáku e um devoto do mestre Kobo Daishi, do Budismo Esotérico, que vivia nas montanhas.