sábado, 12 de maio de 2012

O Mantra da Compaixão


Marcelle Lalou foi diretor da Escola de Altos Estudos de Paris, seu livro “Las Religiones del Tibet”, editora Barral, Barcelona, 1974, nos diz à página 29 importante assunto:

“Om Mani Padme Hum é o Mantra (jaculatória místico-esotérica) do Bodhisatva da Compaixão (...) Traduzido comumente por “Salve, ó Jóia do Lótus”, seu verdadeiro significado é muito mais complexo e profundo, estando relacionadas, cada uma de suas seis sílabas, com multidão de conceitos e símbolos doutrinais. De um modo geral o sentido das palavras centrais do Mantra, Mani (jóia) e Padme (forma vocativa de Padma, Flor de Lótus) pode ser interpretado como: “O conhecimento da Realidade se encontra no coração da Doutrina”, sendo Om e Hum os símbolos orais do corpo e do espírito, respectivamente”.

As seis sílabas nos remetem às Seis Perfeições: 1) Generosidade, oferta, serviço, caridade ; 2) Plena Atenção, a prática da meditação, da introspecção, do relaxamento, da serenidade, da tranqüilidade ; 3) Tolerância, paciência, suportar e transformar as coisas ruins em boas ; 4) Perseverança, esforço correto, energia, dedicação para superar questões adversas ; 5) Meditação, aquietamento, silêncio ; 6) Sabedoria, requisito básico para vivermos bem em todos os momentos.

Observe que, cada um dos itens acima citados tem os seus desdobramentos e assim vamos aprendendo e praticando a Doutrina Budista.

Logo, “Om Mani Padme Hum” pode ser vivenciado como uma síntese do Caminho que o Buddha ensinou.

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