quarta-feira, 1 de maio de 2013

Poética do Dia do Trabalhador



Revolta

Hélion Póvoa Filho*

Revolta é o pão
Do homem sem grão.

Revolta é o berro
Do homem sem terra.

Revolta é o choro
Do homem sem louro.

Revolta é o brado
Do homem sem fado.

Revolta é a fome
Do homem sem nome.

Revolta é a dor
Do homem sem cor.

Revolta é o pego
Do homem sem ego.

Revolta é a vida
Do homem sem lida.

Revolta é a sorte
Do homem sem porte.

Revolta é a morte
Do homem sem norte.

Comentários:

- esta poesia foi publicada no livro “As Estações da Vida”, do médico e poeta Helion Povoa. Editora Scorpio, RJ, 1984.

- a capa é da artista plástica Heloisa Pires Ferreira.

- o prefácio, bastante elogioso, é do também médico e escritor, já falecido, o grande memorialista Pedro Nava.

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